A toxicidade da amônia no sistema nervoso central (SNC) é mediada por uma série de alterações celulares e metabólicas, principalmente nas células astrogliais. Nesse sentido, a busca por moléculas com potencial terapêutico no SNC é extremamente relevante.
Tem sido descrito que a alta concentração de amônia induzida pelo exercício físico pode gerar distúrbios momentâneos no funcionamento do sistema nervoso central (CNS) semelhantes àqueles encontrados em fases iniciais de diversas doenças relacionadas a hiperamonemia e/ou doenças neuro-degenerativas.
A amônia é um composto tóxico para o organismo por se liga aos intermediários do ciclo de Krebs promovendo a depleção de ATP ou por precisar de íons H+ o que pode desencadear quadros de alcalose metabólica.
Por que o íon amônio é tóxico para o sistema nervoso central?
O íon amônio não é tóxico e não causa problemas para os organismos, enquanto que a forma não ionizada tem efeito tóxico. Acima de pH 9, a amônia não ionizada é a forma predominante no meio e pode atravessar membranas celulares mais rápido à medida que aumentam os valores de pH.
Ingestão causa náusea, vômitos e inchação nos lábios, boca e laringe. O Amoníaco concentrado produz em contato com a pele necrose dos tecidos e profundas queimaduras. Contato com os olhos resulta em lacrimejação, conjuntivites, irritação na córnea e cegueira temporária ou permanente.
NH3 - Amônia: Por que é usada? Perigos da exposição! Uso dos Detectores de Gases! (NR36 - NR15)
Quais os benefícios da amônia?
A amônia serve de matéria-prima para um número elevado de aplicações. Ela é utilizada na fabricação de fertilizantes agrícolas, fibras e plásticos, de produtos de limpeza, de explosivos, etc. Entre tantos empregos, podemos destacar: Fertilizantes: sulfato de amônio, fosfato de amônio, nitrato de amônio e uréia.
A toxicidade da amônia no sistema nervoso central (SNC) é mediada por uma série de alterações celulares e metabólicas, principalmente nas células astrogliais. Nesse sentido, a busca por moléculas com potencial terapêutico no SNC é extremamente relevante.
O que é o amónio? O amónio é um composto que contém um átomo de azoto e quatro átomos de hidrogénio (NH 4+). Enquanto o amoníaco é uma molécula neutra não ionizada (base fraca), o amónio é um ião com carga positiva. Além disso, o amoníaco emite um odor forte, enquanto o amónio é totalmente inodoro.
O glutamato é o aminoácido mais abundante no sistema nervoso central (SNC) agindo como neurotransmissor excitatório. Além disso, atua no desenvolvimento neural, na plasticidade sináptica, no aprendizado, na memória e possui papel fundamental no mecanismo de algumas doenças neurodegenerativas.
Em um paciente saudável, o fígado consegue metabolizar e ”limpar” a amônia da veia porta convertendo-a em GLUTAMINA e posteriormente em ureia (que será excretada pelos rins), impedindo assim sua entrada na circulação sistêmica.
Com relação a condições e patologias que podem levar ao acúmulo de amônia no sangue podemos citar Síndrome de Reye, hepatites virais, cirrose, nefropatias agudas e crônicas, tabagismo, sangramento gastrintestinal, choque hipovolêmico, miopatias mitocondriais, insuficiência cardíaca congestiva e infecção por bactéria ...
É um distúrbio metabólico, portanto potencialmente reversível. A amônia está relacionada à sua gênese, ao lado de várias neurotoxinas e fatores diversos, como o edema cerebral, o tônus GABAérgico e elementos como zinco e manganês. Seu alvo comum via de regra é o astrócito.
A amônia intestinal é derivada da degradação bacteriana dos aminoácidos da dieta no intestino, e da ureia endógena que se excreta no intestino e no rúmen. Também pode ser produzida pelo fígado a partir do catabolismo dos aminoácidos teciduais e da dieta, mas, neste caso, imediatamente é convertida em ureia.
A amônia é um composto químico que pode ser tanto sintetizado no laboratório pelo homem quanto pode ser encontrado na natureza. Neste último caso, ele é produzido no solo por meio dos animais, das plantas ou até mesmo das bactérias.
Por se tratar de uma substância potencialmente tóxica para o sistema nervoso central, o acúmulo de amônia causa encefalopatia hepática, coma hepático nos estados terminais de cirrose hepática, insuficiência hepática, necrose hepática aguda e subaguda, e síndrome de Reye.
A amônia é um gás mais leve que o ar, no entanto, quando em ambiente úmido, torna-se mais pesado. Isso facilita a inalação e pode causar danos ao tecido respiratório.
Por que a amônia não pode ficar biodisponível no organismo?
A amônia é uma molécula que participa de várias situações metabólicas. Aumentos na produção e/ou diminuição na remoção podem causar prejuízos ao funcionamento do sistema nervoso central (SNC) como demonstrado em pacientes com encefalopatia hepática.
O odor diferente da urina, como a amônia, por exemplo, pode indicar um quadro de infecção urinária, já uma urina com cheiro adocicado está relacionada ao diabetes.
O tratamento de intoxicação por amônia deve ser rápido e baseia-se na administração de ácido acético, para diminuir o pH ruminal e a absorção de amônia.
Existem vários métodos para neutralizar a amônia, incluindo a adição de ácidos, a oxidação química e a adsorção. A adição de ácidos, como ácido sulfúrico ou ácido clorídrico, pode ajudar a neutralizar a amônia, convertendo-a em sais não voláteis.
A principal fonte de amônia é a quebra de glutamina por enterócitos e catabolismo de fontes nitrogenadas pelas bactérias colônicas. A amonemia aumenta no paciente cirrótico devido a alterações no ciclo da ureia, shunts portosistêmicos e redução da massa muscular.