Isso porque o termo "índio" além de reforçar um estereótipo de que todos os povos indígenas são todos iguais, reforça uma ideia de que são seres do passado ou selvagens. Tratar como Indígena valoriza a diversidade de culturas que há em todos os povos originários da população das Américas.
A palavra “índio” faz alusão a ser exclusivamente selvagem, isolado, completamente desconectado da modernidade. O termo foi usado por colonizadores de forma pejorativa para designar todos os povos que viviam na América, pois achavam que estavam na Índia.
A palavra "índio" foi considerada inadequada por ser um termo amplo e não representar a diversidade dos povos indígenas em território nacional, sem considerar sua diversidade e individualidade.
Erro histórico. A palavra “índio” remete à imagem de um ser exclusivamente selvagem, que vive na floresta, isolado, como se não pudesse atualizar-se. Este foi o termo que os colonizadores usaram para designar todos os povos que aqui viviam, achando que estavam na Índia.
Segundo o texto, a denominação "índio" é um problema porque o conceito de índio provém de um equívoco: o fato de os colonizadores europeus, em sua chegada ao continente americano, acharem que estavam na Índia e estenderem de forma genérica a denominação para todos os habitantes que encontraram vivendo nesse território.
Isso porque o termo "índio" além de reforçar um estereótipo de que todos os povos indígenas são todos iguais, reforça uma ideia de que são seres do passado ou selvagens. Tratar como Indígena valoriza a diversidade de culturas que há em todos os povos originários da população das Américas.
Ele nos remete ao equívoco que Cristóvão Colombo teve ao chegar à América, pensando ter chegado às Índias. Então encontrou ali os índios. O termo mais apropriado é indígena, porque é uma terminologia que se remete aquele que é natural, aquele que é nativo, aquele que é originário daquele lugar.
Isso porque o termo está ligado a uma série de estereótipos que ignoram a diversidade dos 305 povos indígenas brasileiros, e acabam reduzindo-os a uma figura caricata, que vira até “fantasia” em bloco de carnaval e escola.
Tribo. O termo “tribo”, segundo a cartilha dos Quadrinistas Indígenas, remete a uma ideia de uma população primitiva, sem organização ou capacidade. Além disso, carrega um imaginário depreciativo de estereótipos e preconceitos.
A gente sofre preconceito porque a sociedade sempre vê o índio como aquele primitivo que não vai crescer, e quando o índio mostra o seu talento aí vem o preconceito, o racismo. Então escrever é importante para mostrar para a sociedade que nós também podemos fazer a mesma coisa que o outro faz.
A situação ficou tão crítica que o governo brasileiro atual passou a ser considerado “genocida” por boa parte dos segmentos sensíveis aos povos indígenas. Podemos entender que esta omissão por parte do Estado e seu aparelhamento se configura como um tipo de racismo institucional.
Nesse sentido, alguns fatores acabam por acentuar dada prática, comprometendo o respeito e a harmonia brasileira, com destaque para a negligência governamental e a ignorância cultural. Em primeiro lugar, vale dizer que o descaso do poder público para com a pauta indígena estimula sua depreciação.
Os Yanomami, que vivem nos estados de Roraima e Amazonas, chamam os não indígenas de napëpë, que em sua língua significa “estrangeiro ou inimigo”. Os Guarani Mbyá, que vivem nos estados do sul e do sudeste brasileiros, usam comumente o termo jurua, que quer dizer “boca com cabelo”.
O cacique também é figura comum em protestos e mobilizações indígenas em todo o Brasil, seja em pequenos municípios ou na capital federal. Seu nome já foi cotado mais de uma vez para candidato ao prêmio Nobel da Paz, mas a iniciativa ainda não se concretizou.
A data era chamada de "dia do índio". Porém, a Lei 14.402, de julho de 2022, mudou a nomenclatura. Defensores das causas indígenas argumentam que a mudança foi de um termo genérico para uma expressão que considera a diversidade dos povos indígenas que vivem no Brasil.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o termo “índio” é resultado de uma confusão cometida por Cristóvão Colombo, o “descobridor das Américas”. Quando chegou ao continente, ele acreditava estar nas Índias, e por isso os povos originários foram nomeados de “índios”.
Não se falava em diversidade, mas sim em uma unidade. E essa palavra unificada todas essas culturas, na figura do 'índio', desse 'índio' genérico", completou. "O termo 'índio', hoje, evidencia uma carga de preconceito e discriminação", disse o historiador André Figueiredo Rodrigues, professor na Unesp.
Por que o termo índio é equivocado para tratar a população indígena?
"Índio é um termo genérico, que não considera as especificidades que existem entre os povos indígenas, como as especificidades linguísticas, culturais e mesmo a especificidade de tempo de contato com a sociedade não indígena", explica.
Estes termos não os representam, pois traz à tona a ideia de que o indígena é um só, entretanto existem diversas etnias, línguas, crenças e costumes em muitos territórios, aldeias e cidades. A palavra “tribo” está representa o povo indígena como pequenos grupos incapazes de viver sem a intervenção do estado.
A palavra índio está quase sempre ligada a preguiça, selvageria, atraso tecnológico, a uma visão de que o índio tem muita terra e não sabe o que fazer com ela. A ideia de que o índio acabou virando um empecilho para o desenvolvimento brasileiro.
A mudança foi oficializada em julho de 2022 com a aprovação da Lei 14.402. 📊 Motivo: A palavra "índio" é considerada problemática por ser um termo genérico e não considerar a diversidade dos povos indígenas. (Veja mais abaixo.)