Em relatório, pesquisadores do Cepea reforçam a preocupação quanto à perda de grãos já colhidos. “Além disso, algumas estradas estão interditadas, o que também dificulta o carregamento do cereal. Esse cenário aumenta as incertezas quanto à produtividade da safra 2023/24”, aponta.
“Ao longo dos últimos 12 meses, esses quase 25% de reajuste no preço do arroz é consequência da redução da área plantada no Brasil, principalmente no estado do Mato Grosso, onde ocorreu uma boa rentabilidade no plantio de soja e milho, principalmente em 2021/2022, e parte da área teve uma substituição reduzindo a área ...
A dobradinha feijão e arroz deve manter a alta de preços em 2024, após temporadas de cultivo difícil – ora por excesso de chuva, ora por seca prolongada nas principais regiões produtoras do país – e também devido à elevação das cotações internacionais.
Com a pandemia, alguns dos principais fornecedores globais de arroz, como a Índia e a Tailândia, se retiraram do mercado, fazendo com que houvesse uma maior procura pelo cereal brasileiro.
Ministro do Desenvolvimento Agrário afirmou que há um movimento de conversão da produção de milho e de soja para o arroz; meta é que os 5kg cheguem aos R$ 20. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, disse nesta 5ª feira (11. jul. 2024) que o governo espera uma diminuição no preço do arroz.
“Tivemos a necessidade de importação para garantir acesso ao arroz aos trabalhadores brasileiros em virtude do aumento dos preços do produto após as enchentes do Rio Grande do Sul, Estado responsável por 70% da safra nacional”, acrescentou o diretor-presidente da Conab.
No entanto, o cenário de oferta restrita global e a desvalorização da moeda brasileira contribuíram para esse avanço nos preços internos, de acordo com informações do Cepea.
Não vai faltar arroz no Brasil, apesar do governo Lula criar alarme no mercado. Mesmo com a tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul, a safra gaúcha de arroz, que atende 70% do consumo nacional, deverá ser apenas 1,24% menor do que no ano anterior, atingindo 7,15 milhões de toneladas.
Feijão, arroz, batata e cenoura já têm alta superior a 10% em 2024. Os preços dos alimentos consumidos nos domicílios das famílias brasileiras vêm subindo acima da inflação desde outubro do ano passado.
Apesar disso, os órgãos de monitoramento estão atentos à previsão de uma seca severa para 2024 e a Defesa Civil do estado fez um alerta à população que mora em áreas que costumam ser afetadas para que comecem a guardar água, alimentos e remédios.
Publicado em 23 de abril de 2024 às 06h09. De acordo com um relatório publicado pela Oxford Economics, os preços globais de alimentos devem cair em 2024. Segundo a firma de análise econômica, a previsão é de que o preço das commodities caia, reduzindo o valor do varejo de alimentos para o consumidor.
Governo federal firmou um acordo com produtores e indústria do arroz para monitorar o abastecimento e os preços do grão no Brasil. Agricultores e indústria se comprometeram em manter uma oferta regular de arroz e preços justos ao longo da cadeia – até chegar ao consumidor.
Os principais fornecedores de arroz para o Brasil são os vizinhos do Mercosul (Paraguai, Uruguai e Argentina), que, inclusive, chegaram a elevar em até 30% o preço do grão, após o governo brasileiro ter anunciado um leilão em maio, que acabou sendo cancelado.
O objetivo da importação do arroz é garantir o abastecimento e estabilizar os preços do produto no mercado interno, que tiveram uma alta média de 14%, chegando em alguns lugares a 100%, após as inundações no Rio Grande do Sul em abril e maio deste ano.
Não há risco [de falta de alimento]. O que há é excesso de fake news. O que o governo detectou é uma possibilidade de haver uma quebra na produção de arroz no Brasil em função desses desastres climáticos no Rio Grande do Sul.
Contexto econômico. As flutuações de preço de alimentos nos primeiros meses de 2024 é uma consequência das mudanças climáticas (segundo análise do do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo do IBGE), mas também da inflação (aponta levantamento do Observatório PUC-Campinas).
O que vai acontecer com a economia do Brasil em 2024?
A economia brasileira chegou até a metade de 2024 tendo crescido 2,5% nos 12 meses anteriores — o que coloca o país em 6º lugar entre as economias do G20 que mais cresceram neste ano.
É porque as condições climáticas impactaram de forma negativa tanto a produção de arroz quanto a de feijão no último semestre de 2023. Segundo os dados do IPCA, só entre janeiro e dezembro do ano passado, o arroz teve um aumento de 18%.
O aumento dos valores da saca em meio a um período de baixa oferta deve trazer reajustes maiores aos consumidores no varejo. O saco de 5kg já varia de 25 a 40 reais e as promoções devem se tornar cada…
Nesse contexto, o mercado estima que o preço do arroz deve se manter em patamares elevados em 2024. A recuperação da produção e a menor oferta de importantes países exportadores, indicam que a demanda pelo grão continue crescendo ao longo do ano. Isso deverá puxar os preços para cima.