Os países situados nas zonas tropicais possuem maior índice pluviométrico e, como o Brasil é o maior deles, consequentemente, um maior número de descargas atmosféricas incidem sobre seu território. Para se ter uma ideia dessa dimensão, por ano, de 50 a 100 milhões de raios tocam o solo brasileiro.
No Brasil, caem 77.8 milhões de raios por ano e a explicação é geográfica: é o maior país da zona tropical do planeta - área central onde o clima é mais quente e, portanto, mais favorável à formação de tempestades e de raios.
O Brasil é o país com maior incidência de raios em todo o planeta. Por ano, são mais de 70 milhões de descargas elétricas registradas aqui. Para se ter uma ideia, um raio possui cerca de mil vezes mais intensidade que um chuveiro elétrico.
No Brasil, o município recordista é Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, com 13 raios por km² anuais. Campo Grande é a quarta cidade sul-americana e ocupa a posição de número 20 no ranking mundial.
Por que no Brasil há uma quantidade expressiva de raios?
O destaque do Brasil fica por conta de sua área central, onde a abundante disponibilidade de umidade e calor favorecem o crescimento das nuvens e a ocorrência de tempestades elétricas, principalmente nos meses mais quentes do ano (de janeiro a março).
BRASIL tem a MAIOR incidência de RAIOS do Mundo, Por que?
Porque o Brasil tem mais raios no mundo?
Os países situados nas zonas tropicais possuem maior índice pluviométrico e, como o Brasil é o maior deles, consequentemente, um maior número de descargas atmosféricas incidem sobre seu território. Para se ter uma ideia dessa dimensão, por ano, de 50 a 100 milhões de raios tocam o solo brasileiro.
Por que o Brasil é o país campeão mundial em incidência de raios?
A explicação para isso é geográfica: é o maior país da zona tropical do planeta — área central onde o clima é mais quente. Portanto, é mais favorável à formação de tempestades e de raios.
No Brasil, a fiscalização e a regulamentação de para-raios em prédios são de responsabilidade do Corpo de Bombeiros de cada estado, de acordo com as normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Os raios caem nos pontos mais altos porque eles sempres procuram achar o menos caminho entre a nuvem e a terra. Árvores altas, torres, antenas de televisão, torres de igreja e edifícios são pontos preferidos pelas descargas atmosféricas.
Um raio completamente formado pode conduzir correntes em torno de 10 a 80 KA (quiloampères), mas existem registros em torno de 250 KA. A forma a corrente é unidirecional, sendo de polaridade negativa em boa parte das ocorrências. A duração total das descargas varia entre 0,1 milissegundo e 1 segundo.
A Oceania é o continente com menos pontos, apenas 10. Na África, a região com maior densidade de raios (205 por km2 por ano) é a República Democrática do Congo.
Roy Cleveland Sullivan (7 de fevereiro de 1912 — 28 de setembro de 1983) foi um guarda florestal nos Estados Unidos, em Shenandoah National Park, Virginia. Entre 1942 e 1977, Sullivan foi atingido por raios em sete diferentes ocasiões e sobreviveu a todas elas, o que lhe rendeu o apelido de "Para-raio Humano".
Segundo dados do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), vinculado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de 2018 a 2022, a média anual de descargas atmosféricas no país ficou em 590 milhões.
Ao atingir uma pessoa, o raio pode causar sérias queimaduras e outros danos ao coração, pulmões, sistema nervoso central e outras partes do corpo, através do aquecimento e de uma variedade de reações eletroquímicas. A chance de sobreviver é de apenas 2%.
A pesquisa do Inpe mostra que o maior número de acidentes com raios acontece no campo. São as pessoas que trabalham em lugares abertos. Mas um dado surpreendeu os pesquisadores: a nossa própria casa pode ser uma armadilha. Quase 20% dos acidentes com raios acontecem dentro de casa.
O próprio corpo pode emitir sinais de alerta: a pele coçando e os pelos arrepiados podem ser sinais que um raio está perto de cair. Neste caso, os bombeiros orientam que o procedimento correto é se ajoelhar e se curvar para frente, colocando as mãos nos joelhos e sua cabeça entre eles.
“A antena do celular é muito pequena e, teoricamente, está baixa, na altura do ser humano. Então a tendência é que, pelo próprio tamanho e altura da antena, isso dificulte que ela possa atrair raios. É muito improvável que isso aconteça”, explica.
As árvores isoladas, em geral, atraem mais raios que cercas e animais. Mesmo no caso de uma cerca devidamente protegida (aterrada e seccionada), se um raio cair sobre ela e se junto dela estiver um rebanho, provavelmente o resultado será catastrófico.
Espelho atrai raios? Não. A crença surgiu na época em que os espelhos tinham grandes molduras metálicas – elas, sim, um grande atrativo para os raios. Não há necessidade de cobrir espelhos durante uma tempestade.
Um para-raios comum ponta Franklin – quando posicionado a uma altura de 5 metros acima do ponto mais alto de um prédio – gera um raio de proteção de 8,3 metros. E este engloba apenas a edificação. Já o para-raios ionizante Indelec modelo Prevectron, na mesma situação, pode proteger um raio de 79 metros ao seu redor.
Em casa, permaneça longe de portas e janelas. Evite áreas altas, busque refúgio em lugares baixos. Durante uma tempestade, não utilize aparelhos eletrodomésticos, mantenha-os desligados das tomadas e, também, desconecte da antena externa o televisor, assim você estará reduzindo danos.
O para-raio residencial é o mais barato dos três, com preços começando em R$1000, e é adequado para a maioria das residências. Por outro lado, o para-raio industrial é mais caro, com preços a partir de R$5000, e é direcionado para uso em prédios comerciais.
2 de 3 São José dos Campos é a cidade da região com maior incidência de raios desde 2021; veja ranking. — Foto: Guilherme Schild/ELAT-INPE. São José dos Campos é a cidade da região com maior incidência de raios desde 2021; veja ranking. — Foto: Guilherme Schild/ELAT-INPE.
“Frentes frias que vêm do Sul, umidade que vem da Amazônia, montanhas e temperaturas altas. Essas quatro coisas se combinam muito bem para gerar essa grande incidência de raios no Brasil”, diz Osmar Pinto Júnior, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. E é no verão que eles mais acontecem.
O desmatamento na Amazônia, a elevação da temperatura e o fenômeno La Niña se unem ao fato de que o Brasil é a maior área tropical do planeta com verão quente e úmido. Combinação perfeita para a formação de tempestades.