Tal segmento do funk, modernamente também conhecido como “Trap” trata de questões como a violência, a desigualdade, o racismo, o preconceito e a política. Letras mais fortes e com ritmos mais agressivos vem com o intuito de fazer o ouvinte não apenas curtir o som mas principalmente refletir sobre a realidade social.
Assim como outras manifestações da cultura negra e periférica do passado — caso do samba e da capoeira —, o funk sofre perseguições. “Atribuo isso ao preconceito de classe e ao racismo, por ser originário de um território marginalizado, como favelas, e ser cantado majoritariamente pela juventude preta”, reflete Gomes.
Para as comunidades, o funk é uma maneira de expor as vivências do cotidiano. Ao mesmo tempo em que o funk é visto como uma forma de manifestação cultural, pode também ser responsável pela inserção dos jovens no meio artístico e no ativismo social.
Ouvir Funk é bom? Contracultura, discriminação e periferia | mimimidias
Qual é o público alvo do funk?
“O funk permite múltiplas opções de negócios com qualquer área comercial ou industrial, já que o público vai de cinco a 50 anos, entre classes sociais diversas”, explica Afonso Marcondes.
Inicialmente as letras falavam sobre drogas, armas e a vida nas favelas, posteriormente a temática principal do funk veio a ser a erótica, com letras de conotação sexual e de duplo sentido.
A sugestão alcançou quase 22 mil assinaturas e agora tramita no Senado. Ela classifica o funk de “falsa cultura”, acusando os bailes de serem um recrutamento organizado para atender “criminosos, estupradores e pedófilos”, entre outros crimes.
Aspectos negativos: Alguns acham vulgar, na dança ou no palavreado. Muitas vezes faz apologia a drogas, estupros, e várias violências. as músicas tem graves muito altos.
Qual a importância de o funk retrata as injustiças sociais?
É tratar de temas como liberdade de expressão, o direito à cidade, racismo, juventudes e violência. Nesse sentido, o funk e a forma como o Estado lida com ele expõem as contradições e fraturas da sociedade brasileira.
Isso significa que, mesmo que uma parcela da sociedade se incomode que o ritmo trate de questões como violência, sexo e drogas ou outros temas, são questões que ocorrem na sociedade geral e, por isso, que devem ser debatidas.
Nesse contexto, o funk, como produto cultural, determina o modo de ser jovem, reforça valores, envolve-o nas representações identitárias, ligadas a um desejo simultâneo de autoafirmação, de liberdade, de inclusão e de resistência.
Desde DJs e produtores até dançarinos e vendedores ambulantes, a economia do funk é vasta e diversificada. Além disso, o sucesso comercial de muitos artistas de funk tem contribuído para a economia criativa do Brasil, mostrando que a cultura das periferias pode ser uma fonte significativa de riqueza e inovação.
Nascido na favela, marginal, alvo de preconceitos, associado ao erotismo, à violência e à criminalidade, criticado, perseguido e no topo das paradas da música pop internacional. Esse é o funk, gênero musical que, na última semana, teve uma série exibida pela TV Brasil - Funk: das favelas do Brasil para o mundo.
Para 50% dos entrevistados, o funk deve ficar de fora. Em contrapartida, o sertanejo está no topo da lista de favoritos para 19%, seguido pelo rock, que conquistou a preferência de 16%. E se você pensa que existe hora e lugar para escutar música, está enganado!
No dia 24 de outubro de 1999, os bailes funk do Rio de Janeiro chegaram a ser proibidos após três adolescentes serem mortos em um confronto entre galeras.
No entanto, no seu próprio país, o gênero ainda é alvo de criminalização por grande parte da população. A visão deturpada do funk pinta o gênero e seus artistas, os mcs, como representantes do tráfico, da violência social e a denúncia da violência policial, além de outros elementos.
O funk é ótimo para entender o país, porque ele reflete a nossa realidade social. Tem muita gente que diz que, mais do que reprimir o funk proibidão, que fala das facções criminosas, é preciso estudar as letras, porque elas contam a história, digamos assim, não oficial do Rio de Janeiro.
O Funk não possui os elementos fundamentais, como harmonia e melodia, que são necessários para ser considerado música. Portanto, como categorizar o Funk? - Quora. O Funk não possui os elementos fundamentais, como harmonia e melodia, que são necessários para ser considerado música.
Resumo. O funk é hoje considerado uma das maiores manifestações culturais de massa do Brasil e está diretamente relacionado aos estilos de vida e experiências da juventude oriunda de favelas, portanto ele reflete a vida cotidiana em morros e comunidades do Rio de Janeiro.
O funk é um estilo musical brasileiro, criado no ano de 1970 e até então, ele é consumido por diversas classes sociais, desde bailes de favela até festas de luxo. O funk tem raízes das músicas negras norte americanas, que desde sempre mostra a sua força e resistência!
Atualmente, o funk é visto como parte da cultura brasileira. Nos últimos anos, ele ganhou subgêneros, um número cada vez maior de artistas surgiram, ganhou destaque internacional e até mesmo se tornou tema de série. O que poucos compreendem é que esse é um ritmo que tem uma importância muito grande para o Brasil.
O funk é uma forma de introduzir temas como empoderamento feminino, liberdade e desigualdade. Também de falar de duras realidades com outras perspectivas, com novos olhares e novas formas de lidar.