Segundo a economista e líder do Comitê da Economia do Ibef-ES, Flávia Rapozo, o aumento ocorre em função das questões climáticas, em especial, por conta do excesso de chuvas fortes que afetaram o país nos últimos meses.
Paraenses pagaram bem mais caro por hortaliças, verduras e legumes no primeiro semestre de 2024, em comparação ao ano anterior. A alta nos preços foi puxada pela entressafra e pelas fortes mudanças climáticas, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Escalada dos preços da batata pode ser atribuída à diminuição na oferta nacional, influenciada por fatores climáticos adversos. Publicado em 11 de junho de 2024 às 11h09.
As questões climáticas estão entre os principais fatores do aumento dos valores das mercadorias no supermercado e a professora da Fucape, Dr. ª Flávia Rapozo, explica como as fortes chuvas dos últimos meses podem influenciar essa variação de preço.
O excesso de chuvas que ocorreu nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, no final de 2023, acabou afetando demais a produção dos hortifrútis, segundo Alê Delara, diretor da Pine Agronegócios. "Por isso, vimos alta de preço excessiva nesses alimentos", diz.
MUITO CARO! ENTENDA AS PRINCIPAIS CAUSAS DO AUMENTO DOS PREÇOS DE FRUTAS, VERDURAS E LEGUMES
Porque o tomate está caro em 2024?
Não apenas pelo excesso, mas, sim, a chuva que prejudica o processo de colheita. Considerando duas condições sazonais, isso já tem uma variação de preço. E o que aconteceu em 2024 foi que essas duas condições climáticas (temperatura e chuva) foram intensificadas pela condição do El Niño ", conta.
Segundo a economista e líder do Comitê da Economia do Ibef-ES, Flávia Rapozo, o aumento ocorre em função das questões climáticas, em especial, por conta do excesso de chuvas fortes que afetaram o país nos últimos meses.
“Isso porque o frio torna mais lento o desenvolvimento dos frutos”, completou. O clima é um desafio. O verão 2023/24 registrou termômetros lá no alto, que estressaram os bananais. Além disso, em fevereiro, chuvas volumosas ocorreram, causando alagamento em algumas localidades.
A safra de maçã no Brasil enfrentou sérios desafios em 2024, resultando em uma quebra significativa na produção. As condições climáticas adversas, especialmente as chuvas intensas nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, impactaram negativamente as plantações.
Escassez de mão de obra, mudanças climáticas e doenças do mamão têm deixado a produção e mercado mais sensíveis, ressalta. “Precisamos nos movimentar e buscar acordos lá fora, na União Europeia, para vendermos mais, pois existe um mercado exterior muito grande.
No entanto, o cenário de oferta restrita global e a desvalorização da moeda brasileira contribuíram para esse avanço nos preços internos, de acordo com informações do Cepea.
Em 2024, o alho ficou 32% mais caro no mercado, com quilo custando R$ 50. A cebola, com alta de 20%, está a R$ 15 o quilo. A principal razão para a alta da cebola é o clima, que afetou a produção.
De acordo com o secretário de Agricultura de Caxias do Sul, Valmir Antonio Susin, os altos preços deste ano estão relacionados à safra prejudicada no ano passado devido às fortes chuvas que atingiram a região.
Além de atender um mercado interno maior, os produtores brasileiros estão mais requisitados fora do país. Isso porque as plantações de outros países da América do Sul também foram prejudicadas pelos extremos climáticos.
Quem for ao sacolão provavelmente vai se assustar com o preço da banana-prata, a mais consumida pelos brasileiros. A fruta está bem mais cara em todo o país em 2024.
Por que as pessoas estão estocando comida? As justificativas para estocar comida vão desde catástrofes naturais até profecias do fim do mundo. Há ainda aqueles que apontam um momento de vulnerabilidade econômica como razão.
Seu significado está ligado ao sangue e, por isso, à Paixão de Cristo. Para os medievais, a ato de comer era sagrado e indiretamente ao beber o vinho e comer a hóstia comiam Deus, morto para redimi-los do pecado. A partir do século XIII, a maçã passou a ocupar o principal lugar como fruto proibido.
A razão principal, sem dúvida, é o impacto do dólar sobre os valores dos insumos. Maiores gastos com energia e financiamento também fizeram a conta subir. Além disso, o clima neste semestre não amenizou a elevação dos custos.
Um novo estudo realizado por cientistas da Universidade de Wageningen, na Holanda, alertou que a banana, fruta mais consumida no Brasil e no mundo, corre risco de ser extinta nos próximos anos. O responsável, de acordo com a AgTechNavigation, seria a expansão de uma praga, a murcha de fusarium.
Economistas anteveem aumento nos preços dos alimentos em 2024 sob consequência do fenômeno climático El Niño. A alta nos preços dos alimentos afeta, principalmente, a inflação dos mais pobres, revertendo em parte os ganhos de 2023.
Uma boa margem de lucro para os hortifrutis é de 20% a 40% acima do preço de compra das mercadorias. Portanto, você pode formar o seu preço de venda calculando quanto pagou no quilo da mercadoria que adquiriu e adicionando sua margem de lucro à ela.
Nos Estados Unidos, os consumidores aumentaram o consumo de frutas e hortaliças nos últimos 20 anos. É o que diz a pesquisa The Packer's Fresh Trends 2023, divulgada recentemente.