São os dois pilares principais. Desejo de comer terra e morrer, durante a escravidão. E a necessidade nutricional, pela sobrevivência.” Com mesma intensidade, há também o desejo de retorno.
Comer terra e outras substâncias que não são alimentos podem causar distúrbios no estômago, no fígado, nos rins, nos intestinos, além de infecções e infestações por vermes. Embora muitas vezes as pessoas tenham dificuldade em falar sobre esses desejos com o médico, é importante que isso seja feito.
No Rio de Janeiro, como no norte e nordeste, a farinha de mandioca era o alimento que constituía a base da alimentação escrava. Era complementada por milho, feijão, arroz, bananas e laranjas. Na zona rural podiam contar com suas roças.
“A alimentação habitual dos escravos na capital consiste em farinha de mandioca, feijão, arroz, toucinho e bananas; no interior do país, normalmente nas casas mais pobres, às ve- zes têm que se contentar durante meses com laranja e farinha.
COMO ERA A VIAGEM DOS ESCRAVOS DA ÁFRICA EM UM NAVIO NEGREIRO
Onde os escravos faziam suas necessidades?
Senzala é o nome dos alojamentos onde os escravizados eram encarcerados. A maioria desses locais era mantida em condições precárias. Ouça o texto abaixo! Senzala era o nome dado aos alojamentos que encarceravam os escravizados no Brasil durante o período colonial.
É o caso da rabada, feijoada, galinha com quiabo, acarajé, canja, pirão, angu e canjica. Como foi contado acima, alguns alimentos não eram nativos do Brasil, como é o caso do quiabo e do inhame.
Para sustentar a família, fazia canecas e assadeiras com lata, criava galinhas, plantava abobrinha e mandioca e preparava rapaduras. Depois, saía para vender os ovos, utensílios e doces por fazendas da região. "Ele tinha um cavalinho e, como era muito grande, arrastava os pés no chão.
O banho diário era raro: apenas índios e escravos tomavam banhos diários em rios. Europeus, principalmente em regiões mais urbanas raramente se banhavam de corpo inteiro. A limpeza era normalmente feita com toalhas e se ocupava apenas de algumas partes do corpo. Sabões eram produtos raros na colônia.
Escravos acostumados a uma rotina exaustiva. "Os escravos acordavam muito cedo, por volta de 4, 5 horas da manhã, faziam uma fila indiana em frente a senzala, faziam a contagem e eles tomavam o café e iam pro cafezal. Almoçavam entre 9 horas da manhã, nesse período. Jantavam 13 horas, mais ou menos.
Detalhes. Maria sentia vontade de comer barro, areia, gelo, tijolo e limão. O médico explica que esse sintoma é comum nas pessoas que têm falta de ferro.
O tratamento depende da causa do transtorno e pode incluir mudanças na dieta, suplementação de nutrientes - em casos de deficiência - e orientação psicológica e terapêutica, para desenvolver habilidades e estratégias para lidar com as questões relacionadas.
O uso de giz em alimentos é inegável, o principal é fazê-lo direito. É importante prestar atenção a isso, já que o cálcio em sua forma pura não é muito bem absorvido. Comer até mesmo uma grande quantidade de giz não satura o corpo com as substâncias necessárias.
Essa mania de comer coisas estranhas, sem gosto e bem nojentas tem um nome: alotriofagia, também conhecida como Síndrome de Pica, é uma rara condição e se caracteriza por um apetite por substâncias não nutritivas, como terra, alimentos crus, palito de dente, esmalte, desinfetante, carvão, tecido e tijolo.
A análise de pesquisas já existentes sobre o tema revela que a prática de comer substâncias terrestres (como terra), também conhecida como geofagia, possivelmente proteja o organismo contra invasores patológicos – como germes e parasitas.
A ingestão de terra ajuda principalmente na neutralização de substâncias tóxicas presentes nos alimentos consumidos pelas aves, mas também pode auxiliar na aquisição de minerais específicos e no combate a endoparasitos.
As práticas de tortura foram utilizadas com o intuito de controlar e punir as ações dos cativos frente aos seus senhores além de servir de exemplo para a obediência e bom comportamento dos outros cativos. O chicote, o tronco, a máscara de ferro, o pelourinho eram os recursos mais comuns.
Na Roma antiga, aqueles que faziam suas necessidades em uma latrina pública possivelmente usavam um tersorium para se limpar. O artefato antigo consistia em um bastão que continha uma esponja embebida em vinagre ou água salobra na ponta.
Na Antiguidade, a ausência de redes encanadas e esgotos era suprida com a utilização de copos e bacias que permitiam a realização do banho. Geralmente, as pessoas se sentavam em uma cadeira enquanto despejavam pequenas porções de água nos lugares a serem higienizados.
No que se refere à mortalidade geral de escravos, com base na média de idade de falecimento obtida por meio dos registros de óbitos, concluímos que a expectativa de vida de um escravo, na Freguesia de Lamim, era de 25 anos, um pouco maior que a encontrada por Schwartz, que girava em torno de 19 anos.
Roque José Florêncio, morto em 1958, era o “escravo reprodutor” de fazenda do interior de São Paulo. (Foto: Marc Ferrez/Domínio Público) Escravos com seus filhos em uma plantação de café do sudeste em 1885.
Mas como surgiu a feijoada, afinal? A feijoada ainda carrega uma forte mitologia. Por muito tempo se considerava que a feijoada seria um prato “inventado” nas senzalas. Os escravos cozinhariam o feijão preto (originário) da América com os restos de carne que os senhores de engenho desprezavam.
Vieram da África, entre outros, o coco, a banana, o café, a pimenta malagueta e o azeite-de-dendê. Sobre este, dizia Camara Cascudo: “O azeite-de-dendê acompanhou o negro como o arroz ao asiático e o doce ao árabe”. No Nordeste, são também populares o inhame, o quiabo, o gengibre, o amendoim, a melancia e o jiló.
Dos terreiros e das senzalas, saberes ancestrais de mulheres escravizadas construíram paladar do país. Quiabo, coentro, inhame, leite de coco, pimenta malagueta, noz moscada, café, gengibre, jiló, amendoim e azeite de dendê.