Sem controle da SAF Vasco, por decisão da justiça, a empresa sofre uma forte crise financeira e por isso tomou a decisão. A informação foi veiculada primeiramente pelo jornalista Phillip Auclair, que inclusive informou a saída de Josh Wander, e Paul Brown.
O caos institucional na 777 aconteceu durante o período limite para adquirir os Toffes. Nove meses após concordar em comprar o clube, o grupo foi nomeado em múltiplas ações judiciais e acusado de fraude envolvendo de 600 milhões de dólares.
Hoje, não há mais conversas com a 777, que deixou de controlar o futebol do Vasco tanto pela ação judicial do clube de dois meses atrás - esta que será suspensa - quanto pelas dívidas que levaram a companhia de Josh Wander a ser assumida pela seguradora americana A-CAP.
Eles já foram afastados do conselho de futebol da 777, devido a um processo que corre nos Estados Unidos, que acusa a empresa de fraude por pegar empréstimo de 350 milhões de dólares (R$ 1,7 bilhão, nas cifras atuais) e dar como garantia fundos que não lhe pertencem ou nem mesmo existem.
Além do Vasco da Gama e do Standard Liége, a 777 é sócia do Genoa (Itália), Hertha Berlin (Alemanha), Red Star (França) e Melbourne (Austrália). A empresa também possui uma participação minoritária no Sevilla, da Espanha.
POR QUE O VASCO ENTROU NA JUSTIÇA CONTRA A 777? ANDRÉ HENNING E OCTAVIO NETO COMENTAM!
Porque o Vasco tirou a 777?
A ação foi necessária e motivada por preocupações sobre a capacidade financeira da sócia majoritária, a empresa 777, em cumprir com suas obrigações contratuais.
O negócio envolve ainda a obrigação do comprador de fazer os aportes previstos no contrato da 777 com o Vasco. Assim, o valor total chega a R$ 1 bilhão. Até agora, a 777 integralizou 31% das suas ações na SAF. Ou seja, fez aportes correspondentes a 31% dos 70% que detém da SAF vascaína.
De forma bastante resumida, a intenção da 777 Partners é transformar o Vasco da Gama novamente em uma potência nacional de forma sustentável – apostando bastante também nas categorias de base do clube.
O associativo do clube, comandado por Pedrinho, reassumiu o controle do futebol do Vasco por meio da Justiça. Em maio deste ano, a 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou o pedido do Cruz-maltino e tirou o controle da SAF da 777 Partners.
O norte-americano Josh Wander, homem-forte da 777 Partners, enviou uma carta aberta aos vascaínos neste domingo (14) para falar dos projetos do Vasco para 2024. O executivo efetivou Lúcio Barbosa como novo CEO da SAF do clube. Ele também destacou a manutenção de Ramón Diaz no comando da equipe.
O que acontece com a 777 se o Vasco for rebaixado?
As metas esportivas para a SAF só são válidas a partir de 2026. E as punições no caso de descumprimento são a trava a retirada de dividendos pelos acionistas, no caso a 777.
A 777 Partners aportou R$ 310 milhões no Vasco desde que assumiu a SAF em 2022. Por contrato, a empresa ainda tem mais dois aportes para cumprir, neste ano e em 2025, totalizando os R$ 700 milhões que acordou pagar por 70% do futebol do clube.
Na terça-feira (14), o Vasco associativo entrou na justiça contra a 777, buscando, principalmente, garantias da saúde financeira da SAF. Mesmo em sigilo, o processo faz parte da ruptura entre o clube e a 777, investigada por fraude na justiça dos Estados Unidos.
De acordo com o documento publicado pelo Vasco nessa sexta, o Vasco deve quase R$ 30 milhões ao Vasco SAF - no entanto, a gestão Pedrinho faz a ressalva que este montante estão "pendentes de discussão e entendimento", sem significar concordância com o débito, que teria R$ 22,3 milhões em 2022 e R$ 6,8 milhões de 2023.
Desde 2003, Vasco é o clube que mais vezes foi goleado em jogos da Série A. A derrota por 6 a 1 sofrida pelo Vasco contra o Flamengo entrou para uma estatística incômoda ao torcedor vascaíno.