A dependência digital começa quando se usa a internet como uma válvula escape da realidade. A pessoa começa a ter uma preocupação excessiva em ficar conectado, e em seu cérebro, a sensação de prazer que a liberação de dopamina promove a cada novo like nas redes sociais vai transformando o hábito em vício.
Quanto maior o tempo dedicado ao mundo digital, maior é a tolerância à exposição às telas, o que gera o aumento da necessidade de mais horas de uso. Assim, quem fica muito tempo conectado todos os dias acaba se isolando socialmente e pode apresentar desempenho insatisfatório nos estudos ou no trabalho.
Se o uso da ferramenta passa a dar prazer, é porque o cérebro aumenta a liberação de um neurotransmissor chamado dopamina. A função dessa substância é dar um feedback positivo, uma recompensa ao organismo.
“O celular ativa continuamente o Sistema de Recompensa, estrutura do cérebro que recebe toda atividade prazerosa. Esse estímulo constante é o que gera dependência, em um processo similar à atuação de drogas ilícitas”, diz o psicólogo e professor da Uninter, Ivo Carraro.
A dependência digital começa quando se usa a internet como uma válvula escape da realidade. A pessoa começa a ter uma preocupação excessiva em ficar conectado, e em seu cérebro, a sensação de prazer que a liberação de dopamina promove a cada novo like nas redes sociais vai transformando o hábito em vício.
Drenagem cerebral: celular em excesso é prejudicial | Jornal da Band
O que o vício do celular faz?
Nomofobia é uma doença cada vez mais comum, mas que pouca gente conhece. Quanto você não consegue deixar o celular ou o computador, cuidado, você pode estar sofrendo de dependência do seu dispositivo eletrônico. Estresse, depressão, tristeza, falta de sono, dificuldade de se relacionar.
Entre as causas mais reconhecidas da dependência das redes sociais se encontra a baixa autoestima, a insatisfação pessoal, a depressão ou hiperatividade e, inclusive, a falta de afeto, carência que muitas vezes os adolescentes tentam preencher com os famosos likes.
Não é novidade para ninguém que a tecnologia transformou a vida e o cotidiano das pessoas. Ela vem assumindo um papel fundamental em nossa sociedade, desde estreitar nossa comunicação, melhorar a nossa qualidade de vida e até nos ajudar na tomada de decisão.
O vício em tecnologia e internet, muitas vezes chamado de "dependência digital", é caracterizado por um padrão de comportamento compulsivo e descontrolado em relação ao uso de dispositivos eletrônicos, redes sociais e jogos online.
Ela é consequência de um isolamento, de um processo depressivo, de um processo de fobia social, dificuldade de interação. Outras vezes, ela é a causa”, confirma a assistente social Ana Miriam Garcia Barbosa, que trabalha há 16 anos com esse público.
Segundo uma pesquisa realizada pelo professor de Psicologia Organizacional e Saúde da Universidade de Lancaster, Cary Cooper, o uso excessivo de smartphone, tablet e aparelhos afins pode levar à depressão, estresse e insônia.
“A utilização do smartphone leva à liberação de dopamina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e bem-estar. Com esse uso excessivo, o corpo ativa a substância com mais frequência e pode gerar uma dependência emocional.
A dependência digital provoca compulsão, depressão, TOC (transtorno obsessivo-compulsivo), agitação, irritabilidade, perda de sentimentos e perturbação.
A Dependência de internet trata-se de um padrão de comportamento, que envolve um desejo disfuncional de utilização por longos períodos de tempo não regulados e excessivos, que podem resultar em prejuízos psicossociais e funcionais significativos.
As causas que podem levar um indivíduo a uma dependência das novas tecnologias, podem ser divididas em factores individuais, familiares e sociais. Existe uma associação frequente de determinadas patologias psiquiátricas com estas dependências nas novas tecnologias.
Ela traz inúmeras vantagens, como a facilidade na comunicação, melhoria na qualidade de vida e aumento da produtividade. No entanto, também pode ter um impacto negativo, como o aumento da dependência digital, a disseminação de informações falsas e a ameaça a privacidade dos indivíduos.
Há uma relação entre o uso excessivo das redes sociais, jogos muito violentos e séries com o surgimento de sintomas de ansiedade patológica, depressão e privação do sono. Na fase da juventude, o uso excessivo da tecnologia afeta o desenvolvimento e faz perder outras experiências sociais importantes.
Especialistas que estudam o uso da internet afirmam que o fascínio magnético da mídia social decorre da forma como o conteúdo influencia nossos impulsos e conexões neurológicas, de modo que os consumidores têm dificuldade em se afastar do fluxo de informações que chega.
Outro fator que leva ao vício nas telas é a liberação de dopamina, substância química responsável pelo prazer e muito comum no vício de drogas e álcool. Ao longo do tempo, a pessoa precisa de cada vez mais tempo em frente às telas para que satisfaça o mesmo prazer de antes.
Considera-se dependência de tecnologia quando o indivíduo não consegue controlar o uso da tecnologia, principalmente quando esse uso está tendo impacto negativo nas principais áreas da vida (relacionamentos interpessoais, desempenho nos estudos/trabalho, saúde física, etc.).
Quais são os problemas que a tecnologia pode causar?
Entre os prejuízos para a saúde física, causados pelo uso excessivo de aparelhos com conexão à internet, especialistas listam a tendinite, cansaço visual e a dor de cabeça. Outro ponto que chama atenção é o transtorno de ansiedade.
Expostos de forma intensiva às telas brilhantes a poucos centímetros do rosto, muitos jovens começaram a apresentar olho seco e miopia. O excesso de estímulos visuais também está associado a distúrbios do sono, que desencadeiam queda no rendimento escolar, crises de enxaqueca, irritabilidade e dependência.