Imunobiológico contra Leishmaniose pode voltar ao mercado em breve. No ano passado, o Ministério da Agricultura e Pecuária anunciou a suspensão da fabricação e venda da vacina Leish-Tec®, contra a Leishmaniose, produzida pelo laboratório CEVA. A justificativa foi evitar riscos à saúde animal e humana.
Por que a vacina contra leishmaniose foi suspensa?
Após fiscalização realizada entre os dias 08 e 11 de maio constatar desvio de conformidade do produto que pode ocasionar falta de eficácia da vacina, gerando risco à saúde animal e saúde humana, foi determinado o recolhimento de oito lotes. A empresa fabricante já iniciou o recolhimento do referido produto veterinário.
A única vacina contra a leishmaniose que era aplicada no país foi suspensa pelo Ministério da Agricultura por problemas no componente que induz a imunidade nos animais. A fabricante das vacinas não fez as alterações necessárias para ela voltar a ser liberada.
A Vacina para a Leishmaniose é eficaz a reduzir a intensidade da doença, incluindo os sinais clínicos e a carga parasitária no baço e nos gânglios linfáticos.
A fabricação e a venda da Leish-Tec, única vacina contra a leishmaniose visceral canina em comercialização no Brasil, foi suspensa pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O motivo foram "desvios" de conformidade detectados em lotes do produto.
No ano passado, o Ministério da Agricultura e Pecuária anunciou a suspensão da fabricação e venda da vacina Leish-Tec®, contra a Leishmaniose, produzida pelo laboratório CEVA. A justificativa foi evitar riscos à saúde animal e humana.
Por que não temos vacinas para humanos? Hoje existe apenas uma vacina para leishmaniose canina. Ela é feita de proteínas (partes do vírus que induzem a resposta imune), e usa um adjuvante para estimular a resposta. Só que esse adjuvante, chamado saponina, ainda não é aprovado para uso em humanos.
Locais com acúmulo de fezes de animais, restos de vegetais e folhas costumam atrair os mosquitos vetores da doença. O mosquito-palha, por exemplo, procura locais sombreados e com acúmulo de resíduos orgânicos em decomposição para se reproduzir.
Além disso, o remédio tem custo elevado, entre R$ 700 e R$ 1.800. O tratamento envolve um coquetel de outros medicamentos, como antibióticos, suplementos e vitaminas, além do uso de repelentes. Ainda que o animal reaja bem ao tratamento, exames periódicos são necessários para monitorá-lo.
Apesar de grave, a Leishmaniose Visceral tem tratamento para os humanos. Ele é gratuito e está disponível na rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Os medicamentos utilizados atualmente para tratar a LV não eliminam por completo o parasito nas pessoas e nos cães.
Sim, pois cada animal responde à vacinação de acordo com sua capacidade imunológica. Segundo o fabricante, a pesquisa obteve como resultado 96,41% de proteção contra a Leishmaniose Visceral Canina no grupo vacinado, o que corresponde a 71,3% de eficácia vacinal, ou seja, não chega a 100% dos animais.
É possível escolher entre duas versões: enquanto a V8 auxilia na prevenção da cinomose, hepatite infecciosa canina, parainfluenza, parvovirose, coronavirose e leptospirose (sorovares Canicola e Icterohaemorrhagiae); a V10 protege contra todas estas doenças e mais algumas cepas de leptospirose (Grippotyphosa e Pomona).
Quais os efeitos colaterais da vacina da leishmaniose?
A Leish-Tec®, é a vacina licenciada pelo MAPA, porém, apresenta em alguns casos reações adversas, como apatia, dor no local da aplicação, tremores musculares, entre outros.
As vacinas são cobradas por dose e o preço da vacina V10 pode variar bastante conforme a clínica que você escolher e a cidade onde você morar. A estimativa é que a dose custe entre R$ 60 e R$ 90. Como você precisará pagar por três doses, o valor ficará entre R$ 180 e R$ 270.
Outros cuidados que podem ajudar são: plantar citronela e quaisquer outras plantas sabidamente repelentes de insetos. Óleo de citronela é barato, fácil de ser encontrado, atóxico e pode ser usado no ambiente, diluído em água, nos cães e até em humanos, como repelente do mosquito.
Lembre-se: as épocas de risco máximo de transmissão de Leishmania infantum são entre finais de junho e princípios de julho, e também entre setembro e princípios de outubro, especialmente ao anoitecer e durante a noite, quando o flebótomo desenvolve fundamentalmente a sua atividade.
O maruim como os outros mosquitos se reproduz em lugares alagados, como banhados, e em regiões onde existe matéria orgânica em decomposição (madeiras apodrecidas, touceiras de bananeira e fezes de animais). Onde se reproduz? Ele coloca seus ovos em locais úmidos e ricos em matéria orgânica em decomposição.
Esses insetos são pequenos e têm como características a coloração amarelada ou de cor palha e, em posição de repouso, suas asas permanecem eretas e semiabertas. O ciclo biológico do vetor ocorre no ambiente terrestre e passa por quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto (forma alada).
Em estudos de laboratório, incluindo provocação experimental com Leishmania infantum, a vacina reduziu a intensidade da doença, incluindo os sinais clínicos e a carga parasitária no baço e nos gânglios linfáticos. Início da imunidade: 28 dias após a vacinação. Duração da imunidade: 1 ano após a vacinação.
A coleira Scalibor protege a saúde do seu cão da forma mais eficiente possível, pois tem como princípio ativo a Deltametrina, que combate pulgas, carrapatos, moscas e mosquitos, sobretudo o transmissor da Leishmaniose.
Como ainda não existem vacinas para essa doença, a VaxLeish representa um marco importante na prevenção e no tratamento da leishmaniose visceral, uma doença negligenciada que afeta milhares de pessoas no Brasil e em outros países endêmicos”, ressalta Bianca.
Existe uma vacina contra Leishmaniose para cães no Brasil, e mesmo registrada no Ministério de Agricultura e Pecuária, não existem estudos que comprovem a eficácia na redução da doença em humanos. Por isso, o seu uso é restrito à proteção dos cães e não como ferramenta de saúde pública.
Não existe uma vacina para uso humano contra a leptospirose no Brasil. A vacinação de animais domésticos e de produção (cães, bovinos e suínos) evita o adoecimento e transmissão da doença por aqueles sorovares que a vacina protege.