A decisão de fechar lojas, segundo Gamboa, tem relação direta com os juros altos, a escassez de crédito e a situação econômica das famílias. "Também existem possíveis problemas de gestão nas empresas, decorrentes de dificuldades que podem ter começado na pandemia.
Embora todas as empresas da lista façam parte do mesmo setor – o varejo – e tenham enfrentado problemas comuns nos últimos anos – como a pandemia, seguida por surto inflacionário, aperto monetário e avanço da inadimplência –, o fechamento maciço de lojas ocorre por motivos diferentes.
Os anos de 2023 e 2024 têm sido marcados por profundas crises de gigantes do varejo nacional. Durante este período, empresas como Americanas, Casas Bahia, Tok & Stok, Super – mercados Dia e Polishop se alternaram entre pedidos de recuperação judicial e extrajudicial e um amplo fechamento de lojas.
Nos primeiros meses de 2024 foi registrado abertura de empresas acima de 300 mil empresas e extinção de empresas acima de 200 mil. Todos os meses registraram saldo de registro de empresas (quantidade de empresas abertas menos quantidade de empresas fechadas) acima de 140 mil empresas.
Por que lojas varejistas estão fechando? Especialista responde
Por que as lojas estão falindo?
A decisão de fechar lojas, segundo Gamboa, tem relação direta com os juros altos, a escassez de crédito e a situação econômica das famílias. "Também existem possíveis problemas de gestão nas empresas, decorrentes de dificuldades que podem ter começado na pandemia.
Última atualização em 15 de março de 2024 às 08:12. Sofrendo com sucessivos prejuízos desde que chegou ao país em 2001, o Grupo Dia está jogando a toalha com um amplo plano de reestruturação, ao fim do qual manterá apenas 244 lojas em São Paulo, onde está concentrada sua operação.
Ao anunciar o fechamento de lojas, o grupo disse que a decisão ocorreu devido aos “persistentes resultados negativos do Dia no Brasil”, e que as medidas fazem parte do plano de ajustes para “tornar a operação viável”.
Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o e-commerce nacional alcançará o faturamento de R$ 205,11 bilhões em 2024. Se confirmado o resultado, isso representaria um aumento de 10,45% em relação a 2023.
As instituições ouvidas pelo Boletim Focus acreditam que 2024 terá crescimento do PIB de 2,10%. Na semana passada, a estimativa era de 2,09%, mesmo nível de quatro semanas atrás. Para o ano que vem, o mercado espera crescimento de 1,97%, projeção abaixo da semana passada (1,98%) e de quatro semanas atrás (2%).
As projeções dos especialistas em varejo para 2024, que mostravam um cenário mais otimista que nos anos anteriores à pandemia, parecem estar se concretizando. Apesar de ainda estar sofrendo o rescaldo da covid-19, os grandes varejistas estão reestruturando suas estratégias em busca de recuperação.
O consultor de negócios Carlos Rogério da Costa entende que a falta de capital de giro e o baixo volume de vendas são os principais motivos para o fechamento de pequenas e médias empresas.
O Grupo Casas Bahia anunciou, na noite deste domingo, que entrou com um pedido de recuperação extrajudicial para o reperfilamento de dívidas financeiras, estimadas em R$ 4,1 bilhões.
Isso ocorreu na Casas Bahia porque fatores aceleraram um cenário já complexo, de uma empresa já alavancada no curto prazo e com erros na tomada de ações especialmente em 2022, dizem diversas fontes consultadas de dentro da empresa, e que estiveram na linha de frente na última gestão.
Diversas empresas têm anunciado o fechamento de lojas no Brasil, uma delas é a Renner. Empresa anunciou desempenho pior do que esperado para os meses de março e abril de 2023.
Falta de gestão financeira e lentidão na adaptação às mudanças que estão ocorrendo no mundo tem feito com que empresas com dezenas de anos de atividades entrem em recuperação judicial e sucumbam ao fechamento de suas lojas.
A morosa retomada do consumo, afetado pela inflação e pela perda de renda da população — que também está muito endividada — são fatores adicionais para não vermos a retomada de vendas na proporção necessária para gerar o caixa que as empresas precisam.