Como a autorregulação funciona na prática Alguns autistas sentem-se sobrecarregados com o excesso de estímulos sensoriais, o que significa que se acalmam afastando-se de sons, cheiros, luzes e outros estímulos. Outros regulam suas emoções buscando mais informações sensoriais do ambiente.
E, por último, questões comportamentais também podem ser o ponto inicial de uma desregulação. Quando o autista tem muita necessidade de controle e falta de flexibilidade mental, por exemplo, é comum que mudanças de rotina ou de planejamento sejam gatilhos.
De forma geral, promover ambientes estruturados e previsíveis nos diferentes contextos ajuda a reduzir a ansiedade e facilita a autorregulação. Um exemplo é o uso de rotinas e suportes visuais com figuras para aumentar a previsibilidade e facilitar a comunicação da criança com TEA e seus parceiros.
Sinais de que um autista está emocionalmente desregulado
Pode ocorrer, por exemplo, um aumento de comportamentos motores repetitivos (estereotipias), incluindo batucar, chacoalhar as mãos ou os pés ou balanço do corpo em movimentos que vão para frente e para trás.
Crianças com autismo frequentemente enfrentam dificuldades em identificar, compreender e expressar suas próprias emoções, assim como em interpretar as emoções de outras pessoas. Isso pode levar a questões emocionais, à ansiedade, dificuldade em lidar com a frustração e comportamentos interferentes.
Um estudo recente do MIND Institute, ligado à Universidade da Califórnia, detectou que a gravidade dos sinais de autismo de uma criança pode mudar significativamente entre a idade de 3 e 11 anos. Ou seja, o estudo reforça que existem evidências de mudanças, e não exatamente piora.
Sim, pode piorar. Portanto, um paciente com autismo nível 1 pode passar para o nível 2 ou 3, e sofrer com a complicação no quadro. Assim como também é possível regredir as limitações, e promover uma qualidade de vida melhor à pessoa com TEA.
Nesse caso, seja objetivo e utilize frases curtas. Por exemplo: em vez de dizer “filho, fique quieto e sente-se”, diga apenas “sente-se”. Por segurança, leve a criança para longe de um espaço que ofereça perigo, como prateleiras cheias de objetos ou locais com vidro.
As técnicas utilizadas como, reforço diferencial, treino de comunicação funcional, introdução de ferramentas de comunicação alternativa, etc., possuem muita efetividade na regulação cognitiva, regulação emocional e regulação comportamental e emocional, principalmente em relação aos comportamentos mais externalizantes.
Os autistas podem ficar ansiosos por vários motivos. Listamos alguns comuns a seguir: O processamento sensorial, ou seja, se é mais ou menos sensível a barulhos, cheiros, luzes, cores, sabores, entre outros. Dificuldade de prever ou de se adaptar a algumas situações, sejam sensoriais ou sociais.
Considere criar uma sala sensorial ou um canto em casa com ferramentas calmantes à mão e mantenha sempre alguns desses objetos no carro ou na carteira para estar preparado e pronto para intervir quando necessário (os objetos variam de criança para criança e podem alternar entre um simples spinner ou um trampolim.
Segundo a pesquisa, publicada periódico cientifico Molecular Psychiatry, a idade avançada do pai, da mãe ou de ambos aumenta o risco de autismo. Os resultados mostraram que quando os pais têm mais de 50 anos, o risco de autismo da criança é 66% maior em relação aos filhos de pais com 20 anos.
Além disso, os estudos apontam que a idade média com que uma pessoa diagnosticada com autismo morre é de apenas 36 anos, sendo que para a população em geral a expectativa de vida ultrapassa os 70 anos. Ou seja, pessoas com autismo vivem, em média, metade do tempo que a população em geral.
O transtorno de espectro autista dificulta o desenvolvimento da teoria da mente, mas em graus variados. Algumas pessoas podem apresentar um atraso no desenvolvimento, enquanto em casos mais severos pode haver um desenvolvimento muito empobrecido ou nenhum desenvolvimento da teoria da mente mesmo na idade adulta.
Crianças com autismo não aceitam coisas novas em seu mundo, sendo assim há uma grande dificuldade em apresentar o mundo a elas. Para que a aprendizagem e o desenvolvimento do raciocínio lógico aconteçam, as invasões do mundo que a cercam são fundamentais, mas dificilmente serão aceitas por ela.
O que é uma crise no autismo? Os colapsos são uma perda temporária do controle emocional pelo indivíduo. Eles se caracterizam por choros, gritos e movimentos repetitivos intensos. Algumas vezes podem trazer momentos de auto ou hétero agressão.
Ficar repetindo palavras ou frase em locais inapropriados. Não responder quando é chamado pelo nome como se fosse surdo. Acessos de raiva. Dificuldade em expressar seus sentimentos com fala ou gestos.