Pesquisas comprovam: se manter em silêncio pode elucidar ideias, fortalecer sua memória, ajudar no tratamento de depressões além de prevenir doenças cardiovasculares. O silêncio é o ponto de encontro entre o sono e a meditação.
O silêncio funciona como uma ferramenta para desbloquear novas maneiras de pensar e agir. Mesmo sem o estímulo sonoro, nossos cérebros permanecem em atividade.
"O silêncio interno, ou seja, o estar atento, é fundamental para ouvirmos melhor o outro e também para deixar que o outro fale por si, sem ser conduzido pela interpelação do nosso raciocínio. Este é o verdadeiro ouvir: respeitar o silêncio", diz a psicanalista Karin Szapiro.
“O silêncio nos convida a ter 'espaço mental', ou melhor, nos revela que temos um espaço interno. No dia a dia não entramos em contato com esse espaço, pois ele está o tempo todo preenchido por algum ruído, barulho: música, trabalho, texto, filmes, discussões, reuniões, o que for”, diz ele.
O silêncio é uma ferramenta que pode ajudar no processo de compreensão, principalmente sobre o seu próprio sentimento. "É uma ótima estratégia para que a gente possa regular o nosso cérebro para que possamos ajustar a nossa saúde integral, ou seja, corpo, alma e espírito", explica a psicóloga Carla Campos.
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O que o silêncio nos traz?
O silêncio pode acalmar, ferir, amparar ou violentar. Em algumas ocasiões pode trazer paz, em outras, tempestades. O silêncio também pode corresponder à reflexão, a um turbilhão de pensamentos pulsando dentro de nós. Às vezes, o silêncio é solidão, vazio, dor e tristeza.
O silêncio nos ensina que devemos ter paciência e resiliência para saber a hora de todas as coisas e também aceitar com muito amor os sofrimentos que temos que passar.
O poder transformador do silêncio está em nos libertar de nossos pensamentos, medos e desejos, dissipando as tensões do passado e as expectativas em relação ao futuro. Só no presente podemos descobrir quem realmente somos, alcançando assim a paz e a alegria que estão dentro de nós.
Ficar em silêncio é uma forma de transmitir emoções, tanto positivas como negativas. Em algumas culturas, o silêncio demonstra desconforto. Em outras, respeito e concordância.
O silêncio é importante para o equilíbrio e a saúde mental.
O ruído, o barulho tem levado a diversas síndromes como o Burnout ou Síndrome do Esgotamento e a outras doenças psicossomáticas. O silêncio restaura e revigora as energias do corpo, da alma e do espírito.
Quem controla as suas palavras é sábio, e quem mantém a calma mostra que é inteligente. Até um tolo pode passar por sábio e inteligente se ficar calado.
“A solidão associa-se a psicopatologias, como ansiedade, depressão e stress, mas também em nível físico, como a hipertensão e problemas cardiovasculares”, diz a psicóloga Ana Valente.
A ideia do “calado vence” (frase que tornou-se tônica para fugir de encrencas nas redes sociais) tem sido defendida por especialistas em saúde e bem-estar como o útimo grito do autocuidado, com aplicação fácil: basta falar menos, ouvir mais e aproveitar os momentos de silêncio.
Mas você sabia que o silêncio pode ter também um efeito poderoso? É uma das lições que a Bíblia nos ensina: Provérbios 17.28: “Até o insensato passará por sábio se ficar quieto e, se contiver a língua, parecerá que tem discernimento.” Provérbios 21.23: “O que guarda a boca e a língua guarda das angústias a sua alma.”
É o jeito jovem de dizer aquilo que sua avó sempre te aconselhou, sobre ficar calado até que as coisas deem certo, que não se deve contar para todo mundo os seus planos ou eles podem falhar miseravelmente. Tem coisas na vida que são assim mesmo, é melhor não contar para não estragar.
O silêncio é acima de tudo, uma comunicação profunda! No silêncio, encontramos um caminho de volta para nós próprios. Longe do tumulto do mundo exterior, é no silêncio que podemos ouvir os batimentos do coração, refletir sobre os pensamentos mais profundos e conectarmo-nos com quem somos.
O silêncio traz paz interior, que, por sua vez, é capaz de incentivar a criatividade, auto satisfação e bem-estar, tão importantes para a manutenção da saúde e da qualidade de vida. Além disso, produz a sensação de relaxamento e diminui o estresse.
Inspirado no sonho, Freud associa o silêncio com a morte e com o recalque, cujo trabalho alia ao das pulsões. Ao falar das Moiras, que representam uma tripartição da divindade responsável pelo Destino do homem, Freud escreve que a mudez é uma figura- ção usual da morte.
O silêncio nos ensina, que gritar não traz respeito, que ouvir ainda é melhor que muito falar, e em respeito a você, eu me calo, me silencio, para que você possa ouvir o seu interior que quer lhe falar, desejar-lhe um dia vitorioso e confirmar que você é especial.
Enquanto as palavras formam a base da linguagem, o silêncio complementa a comunicação humana, transmitindo nuances e emoções que as palavras por si só podem não ser capazes de expressar. O silêncio é uma pausa reflexiva que dá tempo para a reflexão, permitindo que as palavras adquiram significado e profundidade.
O silêncio é um bem muito apreciado porque nos permite pausar e ponderar antes de agir ou falar. Precisamos cuidar de nosso ambiente para que não entre barulho excessivo, embora muitas vezes busquemos no silêncio o refúgio por medo de sermos julgados ou questionados.
O que acontece é que quando não verbalizamos nossa experiência e não contamos das nossas necessidades não atendidas, a tendência é que os incômodos se acumulem e acabem sendo ditos de maneira que machuca.
O silêncio pode levar a sentimentos de rejeição, abandono e isolamento, o que pode levar à depressão e ansiedade. Se você está enfrentando o tratamento do silêncio em um relacionamento, é importante agir de maneira assertiva para lidar com a situação.