Pernas. O que muita gente não sabe é que a endometriose também pode impactar pernas e ombros. A dor nas pernas associada à endometriose pode ocorrer devido à inflamação ou a compressão no nervo ciático, condição conhecida como endometriose ciática. Esse acometimento não é muito comum, mas pode ocorrer.
A resposta é sim. A endometriose foi descrita por von Rokitansky em 1860. É definida como a ocorrência de tecido endometriótico (glândulas endometriais, estroma ou ambos) fora do útero. As áreas mais afetadas são o peritônio pélvico, ovários e septo retovaginal.
Dor pélvica – Esta é a sintomatologia mais comum da endometriose. A dor pode variar de ligeira a grave e pode ser sentida no abdômen, nas costas e no quadril. Pode haver dor ao urinar ou durante a evacuação intestinal. Cólicas – A dor pode ser agravada durante a menstruação.
Em alguns casos, a dor nas pernas pode passar espontaneamente após alguns dias e não precisar de atenção médica e, em outros, pode exigir um tratamento sério. Estima-se que 40% ou mais de todas as mulheres com endometriose experimentam dor nas pernas.
Celulite: uma infecção da pele e tecidos moles, ou osteomielite, infecção nos ossos. Inflamação das articulações das pernas em razão da gota ou artrite. Danos nos nervos: o que costuma ocorrer em alcoólatras, fumantes e diabéticos. Varizes: nem sempre são dolorosas.
A dor pélvica que irradia pela perna é um sintoma comum de várias condições médicas que afetam a região pélvica inferior. A causa mais comum desse tipo de dor é ciática, que é causada pela irritação ou compressão do nervo ciático. Outras causas incluem a síndrome piriforme, estenose lombar espinhal e hérnia de disco.
Em geral, a endometriose chega aos nervos sacrais ao infiltrar os ligamentos que prendem o útero às paredes pélvicas. Isso produz sintomas como dor no lábio vaginal, no ânus ou atrás da perna (nervo ciático).
Não há também relação com dor ou inchaço das pernas. Em casos raros, o útero pode aumentar consideravelmente de volume, sendo palpável no abdome, geralmente quando ultrapassa 500cc. Nestes casos excepcionais, pode haver um pequeno aumento de peso e do volume abdominal.
Essa dor ocorre pelo fato de que o tecido endometrial que não é liberado junto com a menstruação, aparece em outros lugares do corpo. Nesse caso, a mesma se instala no ligamento uterossacro (ligação entre o útero e o osso sacro). A instalação do endométrio nesse local faz com que os nervos se inflamem, provocando dor.
Já a dor no ombro está associada à Síndrome da Endometriose Torácica (TES), que acontece quando o tecido endometrial chega ao diafragma (músculo que separa o tórax do abdome), à pleura (membrana que reveste o pulmão) e ao pulmão.
A dor em cólica durante o período menstrual atinge 15% a 50% das mulheres jovens, e pode ocorrer em associação com outros sintomas como náuseas, vômitos, alterações do hábito intestinal (diarréia ou prisão de ventre), cansaço, tontura, sensação de peso nas pernas, dor de cabeça entre outros.
Uma condição que caracteriza-se por ser mais que uma exaustão corriqueira, a pessoa fatigada sente cansaço logo ao acordar e assim passa boa parte do dia. Irritabilidade, sonolência, sensação de pernas pesadas e letargia são outros sintomas que indicam a ocorrência de fadiga.
O que fazer quando a endometriose está doendo muito?
Junto à medicação, a paciente pode recorrer a medidas não farmacológicas que também ajudam a diminuir os sintomas dolorosos da endometriose. O uso de compressas com água quente, por exemplo, reduz a intensidade das cólicas e da dor na lombar.
Em casos assim, é possível encontrar a endometriose de septo retovaginal, tecido que separa a vagina do reto. Além disso, os sintomas tendem a ser mais intensos no período menstrual.
Ao evoluir para um quadro de endometriose profunda, órgãos importantes podem ser comprometidos. ''Em casos graves podemos ter quadros de semi-obstrução intestinal, dilatação dos ureteres com comprometimento dos rins e acúmulo de sangue ou ar (hemotórax e pneumotórax) nos pulmões.
A endometriose profunda é o estágio mais grave dessa doença ginecológica. O primeiro passo para o diagnóstico é a suspeita clínica. Ainda mais no quadro profundo, que se manifesta nas mulheres com dores intensas.
Nesse tipo de exame deve-se elevar a perna da paciente de forma passiva entre 30º e 60º para compreender melhor como a dor se apresenta. Entre os exames complementares, a ressonância magnética é o mais eficaz para confirmar o diagnóstico de endometriose no nervo ciático.
Assim como ao inchar o colo do útero comprime órgãos internos, também pode comprimir vasos sanguíneos dificultando a irrigação da pélvis e das pernas, bem como o retorno sanguíneo causando dores, inchaços nas pernas e tornozelos.
A dor na coluna que irradia para as pernas é comumente associada à compressão ou irritação das raízes nervosas que emergem da coluna vertebral. Essas raízes se combinam para formar o nervo ciático, que se estende da região lombar até os pés, passando pelas pernas.
A endometriose no nervo ciático é um achado raro em mulheres no período fértil. Os achados dos exames de imagem como ultrassonografia e ressonância magnética (RM) associados à sintomatologia tornam-se importantes na precisão de um diagnóstico.
Estou me sentindo muito cansada e com dores nas pernas?
A principal causa do cansaço nas pernas é a má circulação, também chamada de insuficiência venosa crônica, que dificulta o fluxo de sangue, provocando o surgimento de varizes e sintomas como peso nas pernas, formigamento, dor e cãibras.
A "Sensação de Agonia nas Pernas" que surge principalmente ao deitar é causada principalmente pela Síndrome das Pernas Inquietas (SPI). A Síndrome das Pernas Inquietas é uma condição neurológica comum e atinge 5% da população geral.
O que fazer quando estiver sentindo muita dor nas pernas?
Alongar e massagear a musculatura pode ajudar no alívio da dor. Lesões esportivas menores, como entorses e estiramento muscular, podem ser tratadas com gelo e repouso. O ortopedista pode incluir o uso de anti-inflamatórios em alguns casos selecionados.