“Os terremotos mais fortes ocorrem nas bordas das placas tectônicas. O Chile está ao longo do limite entre a placa oceânica de Nazca (parte do fundo oceânico do Pacífico) e a placa da América do Sul. Já o Brasil está no meio da placa Sul-Americana, longe das suas bordas”, explica Assumpção.
Especialistas explicam que o Brasil não está em borda de placa tectônica, mas pressões internas causam tremores de baixa magnitude. O país teve eventos de grande magnitude no passado, como o recorde de 1955 no Mato Grosso.
De acordo com o serviço geológico do Brasil, em nosso país ocorrem cerca de 20 sismos maiores que 3,0 e apenas 2 sismos maiores que 4,0 anualmente. Estima-se que terremotos de magnitude 7,0 ocorram 1 vez a cada 500 anos no Brasil, sendo que no Chile (localizado mais perto do limite da placa) isso ocorre a cada 3 anos.
Atualmente, a não existência de vulcões no Brasil deve-se ao fato de o nosso território encontrar-se em uma área continental das placas tectônicas, isto é, ele está mais afastado da zona de encontro entre uma placa e outra.
Mas o que torna os terremotos tão raros por aqui é que os brasileiros estão praticamente no meio desta placa – bem longe das bordas, onde ocorrem as colisões. O choque entre duas placas tectônicas, portanto, não costuma gerar terremotos no Brasil.
Qual foi o maior terremoto já registrado no Brasil?
A intensidade também foi medida em 6,6 graus na Escala Richter, mas o órgão apontou profundidade maior, de 630 km. Segundo o Serviço Geológico dos EUA, o maior terremoto registrado no Brasil foi em 9 de novembro de 1963, também em Tarauacá, com magnitude 7,6.
O local paradisíaco é resultado de uma cadeia de montanhas submersas que se formaram por meio das atividades vulcânicas no País, há mais de 10 milhões de anos. No entanto, o vulcão mais antigo do Brasil está localizado na região amazônica, entre os rios Tapajós e Jamanxim, e teria sofrido com a ação do intemperismo.
As últimas erupções do Cumbre Vieja foram em 1949 e 1971, e, embora tenha havido deslizamentos de terra, nenhuma movimentação anormal foi registrada. As chances, portanto, do Brasil ser atingido por um grande tsunami são ínfimas, praticamente nulas.
Onde se localiza a maior falha geológica do Brasil?
Samambaia é a maior falha geológica do Brasil. Tem 38 km de comprimento por cerca de 4 km de largura e atravessa os municípios de Parazinho, João Câmara, Poço Branco e Bento Fernandes. Sua profundidade varia entre 1 e 9 km.
O sismólogo do Centro de Sismologia da USP, professor Bruno Collaço, responsável pela implantação da Rede de Sismográfica Brasileira, explica que os tremores não têm ligação com o Brasil, mas com a Cordilheira dos Andes, e que são chamados de “sismos andinos”.
Embora o Brasil não esteja situado sobre uma zona de alta atividade sísmica, o país não é completamente imune a terremotos. A presença de falhas geológicas e a possibilidade de sismos induzidos por atividades humanas são fatores que podem contribuir para a ocorrência de tremores no território brasileiro.
1. Valdivia, Chile, 1960 (9,5) O maior tremor já registrado na história ocorreu na América do Sul, perto da cidade de Valdivia, no Chile. Por cerca de dez minutos, a terra tremeu ao longo da costa chilena, promovendo tsunamis e causando a morte de 5,7 mil pessoas, assim como destruição de inúmeras estruturas.
Portanto, o Brasil não está totalmente livre da ocorrência de terremotos, porém, esses tremores ocorrem sem que haja grande destruição de construções e infraestrutura, pois o território brasileiro encontra-se distante da zona de instabilidade tectônica, ou seja, longe das zonas de convergência entre placas.
O tsunâmi no Brasil em 1755 foi uma catástrofe natural ocorrida no nordeste do litoral brasileiro, em 1º de novembro de 1755. O desastre teve caráter sísmico e originou-se a partir do sismo de Lisboa.
As ondas do tsunami provocado pelo terremoto chegaram até a costa brasileira. No Brasil, essas ondas chegaram a 1,90m de altura e inundaram áreas a até 4km da costa. Os impactos foram mais sentidos entre as regiões hoje conhecidas como Paraíba e Pernambuco, mas há relatos de efeitos até no Rio de Janeiro.
A última vez que isso aconteceu foi em outubro 1971 e desde então ele é monitorado por pesquisadores de universidades locais e dos Estados Unidos. “Pode acontecer a qualquer momento”, afirmou Novaes.
Qual cidade brasileira foi construída em cima de um vulcão?
Poços de Caldas é conhecida nacionalmente por se encontrar na cratera de um vulcão que, para delírio dos mais afoitos, pode entrar em erupção a qualquer momento. Mas isso não passa de lenda. Segundo o engenheiro de minas, Resk Frayha, ex-prefeito de Poços, a cidade se encontra em uma região de origem vulcânica.
É verdade que Ribeirão Preto foi construída em cima de um vulcão?
A lenda é antiga e surgiu a partir de um terreno com turfa, na zona Norte. A resposta para essa questão (se Ribeirão Preto está sobre um vulcão adormecido?) é NÃO. O acidade on já tinha explicado essa situação em 2021, mas novos vídeos com informações 'fake' no YouTube trouxeram a lenda de volta.
Em 8 de outubro de 2010 a terra tremeu como jamais se havia visto em Mara Rosa, cidade com 10 mil moradores no norte de Goiás. Passava um pouco das 5 da tarde daquela sexta-feira e as pessoas se preparavam para o fim de semana quando o chão balançou tão intensamente a ponto de se tornar difícil ficar em pé.
Em 22 de abril de 2008, a cidade de São Paulo vivenciou uma experiência parecida como o tremor de terra sentido na noite de ontem. Pessoas em alguns bairros da cidade, sobretudo em prédios, sentiram seus apartamentos balançando e foram tomadas por um certo pânico.
Os cientistas apontam que o risco sísmico depende de três componentes fundamentais: fonte, caminho e local. A partir dos dados analisados, eles descobriram que podem ocorrer terremotos prejudiciais com mais de 5,2 na escala Richter na região Nordeste do país, provavelmente, nos próximos 50 anos.