1. Nunca reencapar agulhas após o uso. O reencape aumenta o risco de acidentes com perfurocortantes. Essa recomendação existe desde a década de 1980, mas, até hoje, acontecem acidentes com perfurocortantes em profissionais que mantém o hábito de reencapar agulhas.
Portanto, aderir à recomendação de não re- encapar agulhas pode ser entendido como um comportamento preventivo à exposição ocupa- cional ao HIV, HBV e HCV resultante das lesões envolvendo agulhas8.
As agulhas descartáveis devem ser desprezadas juntamente com as seringas, quando descartáveis, sendo proibido reencapá-las ou proceder a sua retirada manualmente.
Em relação a equipamentos para infusão periférica, o Coren/SP (CONSELHO REGIONAL DE SÃO PAULO, 2009), preocupado com os acidentes com os profissionais de Enfermagem, emitiu parecer a respeito da NR 32 (BRASIL,2005), ratificando que é vedado o reencape e a desconexão manual de agulhas.
A higiene das mãos e dos locais de aplicação é fundamental para proporcionar a necessária segurança quanto à reutilização do conjunto seringa/agulha. Com base nessas considerações, consideramos adequada sua reutilização por até 08 aplicações, sempre pela mesma pessoa.
Outros autores recomendam(15) a reutilização por até seis vezes, considerando que acima desta freqüência, as agulhas tornaram-se rombudas e as aplicações de insulina dolorosas.
O descarte inadequado de agulhas usadas no tratamento do diabetes e outras doenças pode contaminar o meio ambiente e ferir gravemente quem trabalha com o lixo. Há ainda a possibilidade da transmissão de doenças como hepatites e HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana).
Os serviços que, por algum motivo, não possuam tais dispositivos devem promover o uso da mesma agulha para aspiração e aplicação do medicamento em um mesmo paciente, visto que nestes casos os riscos para os profissionais superam os possíveis benefícios para o paciente.
São vedados o reencape e a desconexão de agulhas.?
32.2.4.15 São vedados o reencape e a desconexão manual de agulhas. 32.2.4.17.1 A todo trabalhador dos serviços de saúde deve ser fornecido, gratuitamente, programa de imunização ativa contra tétano, difteria, hepatite B e os estabelecidos no PCMSO.
Durante o preparo da seringa (ao preenchê-la com o medicamento), pode-se reencapar a agulha usando a técnica de “pescar” a capa com apenas uma mão (1). Você evita a exposição excessiva da agulha, não se corta e, como não há sangue na agulha, não se expõe a contaminações. Isso é também conhecido como “reencape passivo”.
Quais os cuidados com os perfuros cortantes conforme a NR 32?
Segundo o item 32.2.4.14 da NR 32, os trabalhadores que utilizarem objetos perfurocortantes devem ser responsáveis pelo seu descarte, após a utilização. Este descarte deve ser realizado imediatamente após o uso.
O Manual de Procedimentos de Vacinação do Ministério da Saúde(1) recomenda que dever ser utilizada na administração da vacina a mesma agulha que foi usada na aspiração da dose(Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação, pág 76).
A pratica do reencape leva ao maior nº de acidentes com perfuro cortantes. Considera-se que essa medida não deve ser adotada visando minimizar os riscos individual e coletivo.
A profilaxia pós exposição (PEP) é a primeira coisa que vem à cabeça, mas não podemos esquecer que a conduta imediata é o cuidado com a área exposta. Deve-se realizar uma lavagem exaustiva do local, com água e sabão, sendo o uso de soluções anti-sépticas degermantes uma opção adicional ao sabão.
Os acidentes ocasionados por picada de agulhas são responsáveis por 80 a 90% das transmissões de doenças infecciosas entre trabalhadores de saúde. O risco de transmissão de infecção, através de uma agulha contaminada, é de um em três para Hepatite B, um em trinta para Hepatite C e um em trezentos para HIV(3).
Em diversos estudos a prática de reencapar agulhas foi responsável por 15 a 35% dos acidentes com objetos perfurocortantes, enquanto o descarte de agulhas em local inadequado (saco de lixo comum, cama e mesa de cabeceira do paciente, campos cirúrgicos, bandejas) ocasionou de 10 a 20% dos acidentes com profissionais de ...
Podemos destacar ainda, conforme a literatura, alguns prejuízos relacionados ao reaproveitamento de agulhas: perda de lubrificação, perda de afiação e alterações no bisel da cânula, podendo causar bloqueio do fluxo na agulha (pela cristalização da insulina), desconforto e dor durante a aplicação, desperdício de ...
As agulhas e seringas reutilizáveis devem ser esterilizadas no autoclave (esterilização a vapor) ou com calor seco. Esterilização a vapor: 121°C, a uma pressão de 106 kPa (15 lbs/pol.
Uma opção é ferver as seringas e agulhas por, pelo menos, 20 minutos. Lembrando, água sempre limpa! Se você optar por isso, não se esqueça: as partes da seringa e agulha devem ser, completamente, desmontadas e enxaguadas antes da fervura para tirar o excesso de material, principalmente, do interior da agulha.