Os babilônios e outros povos antigos usavam 60 como base para suas contagens, e isso se estendeu para a divisão do tempo em unidades menores. Além disso, 60 segundos por minuto permite uma divisão do tempo ainda mais precisa para medições temporais, o que é crucial em contextos científicos, astronômicos e cotidianos.
A escolha é bastante particular, já que a maioria das sociedades humanas escolheu 5, 10 ou 20 como seu número-base. Os sumérios achavam o 60 bastante flexível já que ele é o menor número simultaneamente divisível por 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
A divisão de horas em 60 minutos e do minuto em 60 segundos vem do Oriente Médio – da Babilônia e, antes disso, do Imperio Sumério. Kukula explica que essas civilizações gostavam de usar divisões em 60 partes. "Aparentemente, eles achavam que essa era uma boa forma de fracionar as coisas."
“Como usavam os sistemas numéricos duodecimal (baseado no número 12) e sexagesimal (baseado em 60), os babilônios dividiram a hora em 60 partes, 'inventando' o minuto”, explica o metrologista (especialista em sistemas de medida) Pedro Luiz Montini, do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem-SP).
O grau é originário da Babilônia. Para estabelecerem o grau, os babilônios dividiram o círculo em 360 partes iguais, pois acreditavam que essa era a quantidade de dias referente ao período de um ano e porque seu sistema de numeração era de base sessenta ou sexagesimal.
Os Sumérios (povo residente na mesopotâmia) chegaram a elaborar um calendário, que dividia o ano em 12 meses de 30 dias, sendo que os dias eram divididos em 12 períodos (que equivalem a duas horas), e dividiam cada um destes períodos em 30 partes (aproximadamente 4 minutos).
Em 1267, o cientista medieval Roger Bacon definiu o horário de luas cheias como um número de horas, minutos, segundos, terços e quartos (horae, minuta, secunda, tertia, e quarta) depois do meio-dia de datas específicas do calendário.
Cada 60 minutos forma 1 hora, consequentemente, para transformar minutos em horas, é necessário dividir a quantidade de minutos por 60. Nesses exemplos, os minutos indicavam valores inteiros de hora.
O número sessenta é o menor número divisível pelos seis primeiros números naturais (1, 2, 3, 4, 5 e 6). E também é divisível por 10, 12, 15, 20 e 30. Isso facilita muito na hora de dividir. O número sessenta tem onze divisores fáceis, o que torna dividir em grupos simples uma moleza.
A hora foi definida originalmente pelas civilizações antigas (incluindo o Egito, Suméria, Índia e China) tanto como um doze avos do tempo entre o nascer e o pôr do sol ou como um vinte e quatro avos de um dia.
A Contagem do Tempo na História varia de acordo com as mudanças e evolução de cada povo, época e sociedade. Antigamente, as populações primitivas tinham como referência os ciclos da natureza, suas crenças nos deuses da Antiguidade, hábitos e costumes (como períodos de colheita e caça) para poder se situar no tempo.
Minuto pode se referir a uma unidade de medida do Sistema Internacional de Unidades para intervalos de tempo, (símbolo: min) correspondente a 60 segundos (símbolo: s). Um minuto também pode referir-se a uma unidade de medida de ângulos planos, correspondendo a 1/60 do grau (símbolo: °).
Foi um astrónomo grego chamado Hiparco, que se lembrou de propor que essas 24 partes do dia tivessem a mesma duração e não dependessem do tamanho dos dias ou das noites. E, assim, a hora ficou com o tamanho que conhecemos hoje.
Os segundos já foram derivados da divisão de eventos astronômicos em partes menores, mas isso mudou em 1967. Naquele ano, o segundo foi redefinido como a duração de 9.192.631.770 períodos da radiação decorrente das transições de energia do átomo de césio.
O mais antigo método de medir a passagem do tempo data justamente dessa antiguidade remota: já em 3500 a.C. o ser humano anotava a passagem do dia e da noite com um relógio solar.
Mas foi há cerca de cinco mil anos, na Mesopotâmia, que surgiu a divisão do dia em horas. Os babilônios repararam que, quando o Sol atingia o máximo de altura no céu, ele não projetava sombras — e chamaram esse momento de meio-dia. Em seguida, dividiram o resto da trajetória da sombra em 12 partes.
O padrão de tempo para fins científicos é uma contagem contínua de segundos determinada não através de um mas sim através de vários relógios atômicos espalhados ao redor do globo, sendo este conhecido como Tempo Atômico Internacional (TAI).
Segundo o físico alemão Albert Einstein, o tempo é relativo e pode ser experienciado de maneira diferente dependendo da ocasião. Por exemplo, o tempo em um carro em alta velocidade difere do tempo de uma pessoa sentada em casa.
O criador da Teoria da Relatividade referia-se ao fato de o tempo ser relativo, vinculando-o à velocidade. A noção entre os tempos, observada a sua variação, é uma ilusão na medida em que pessoas vivem tempos distintos, de modo que o que é passado para alguns poderia ser futuro para outros.
Para terminar e respondendo à pergunta, acredita-se que os 360º têm origem no sistema de numeração da Babilónia, que ao contrário do nosso que utiliza a base 10, o deles utilizava a base 60. E sendo assim resulta do facto de e ser assim fácil de sub-dividir o círculo em várias parte iguais.
Não se sabe ao certo se o conceito da medida de ângulo surgiu com os gregos ou se eles, por contato com a civilização babilônica, adotaram suas frações sexagesimais. Mas os gregos fizeram um estudo sistemático das relações entre ângulos - ou arcos - numa circunferência e os comprimentos de suas cordas.