As razões para este aumento na prevalência não são totalmente compreendidas e provavelmente complexas. Alguns possíveis fatores que foram propostos incluem uma melhor sensibilização e rastreio do autismo, mudanças nos critérios de diagnóstico e fatores ambientais ou genéticos.
Por que tantas crianças estão nascendo com autismo?
A reforma psiquiátrica, numero como a principal causa para o aumento das crianças com diagnóstico de autismo. Este foi um fenômeno que ocorreu na década de 1980, também conhecido como reforma antimanicomial.
As razões exatas para o crescimento ainda são desconhecidas, mas a medicina tem levantado algumas hipóteses, como maior conhecimento dos médicos sobre o TEA, mais acesso da população a diagnóstico, aumento de pais em idade avançada (o que é um fator de risco), até um “afrouxamento” da definição de autismo, que estaria ...
Cientistas acreditam ter descoberto o que poderia estar na raiz do autismo – e não são as vacinas ou outras ocorrências infundadas que circulam muitas vezes na internet. De acordo com um novo estudo, o autismo deve estar ligado ao fato de uma pessoa nascer com conexões cerebrais em excesso, as chamadas sinapses.
Uma pesquisa da USP cruzou dados de pacientes e mostrou que a exposição da gestante a fatores ambientais e psicossociais (como estresse, exposição a produtos químicos e perda de um ente querido, por exemplo) pode aumentar a possibilidade do desenvolvimento do autismo nos filhos.
Por que os diagnósticos de autismo estão crescendo tanto?
Quem carrega o gene do autismo, o pai ou a mãe?
Em 2010, foi revelado pela primeira vez o peso do fator genético no TEA, com a comprovação de que o distúrbio é altamente herdável, ou seja, passa com facilidade de pai para filho.
O que fazer para evitar que o bebê nasça com autismo?
Embora ainda haja muita incerteza sobre a causa exata do autismo na gravidez, estudos³ sugerem que uma dieta equilibrada e saudável, com ênfase em ácido fólico, pode ajudar a reduzir o risco de autismo. Além disso, evitar o consumo de álcool, tabaco e drogas durante a gravidez também pode ajudar.
A etiologia do transtorno do espectro autista ainda permanece desconhecida. Evidências científicas apontam que não há uma causa única, mas sim a interação de fatores genéticos e ambientais.
Sim, pessoas com TEA podem chegar à vida adulta, vivendo de maneira independente. Mas, tudo depende do grau do transtorno e de quanto a pessoa foi estimulada durante a vida. Como já diz o nome do transtorno, o autismo enquadra um espectro, ou seja, uma variedade de graus.
“Este transtorno do neurodesenvolvimento se manifesta desde cedo na vida, não se manifesta apenas na vida adulta. Sabe-se que a influência genética é altíssima para o seu aparecimento”, afirma o psiquiatra Marcelo Calcagno.
A exposição a toxinas ambientais como pesticidas, consumo de certos medicamentos durante a gravidez (como antiepilépticos e antidepressivos, por exemplo), certas infecções maternas durante a gravidez e consumo de álcool durante a gestação também podem ser outras razões pelas quais temos maiores incidências de bebês ...
Embora o autismo seja sem dúvida subdiagnosticado em meninas, a maioria dos especialistas diz que é mais prevalente em meninos. O autismo tem fortes raízes genéticas, e alguns estudos têm sugerido que as diferenças entre os sexos podem resultar, pelo menos em parte, de diferenças biológicas inatas.
Fatores ambientais, como idade avançada dos pais, também podem contribuir para uma variação no número de pessoas com TEA. Em 2000, os Estados Unidos registraram um caso de autismo a cada 150 crianças observadas. Em 2020, houve um salto gigantesco: um caso do transtorno a cada 36 crianças.
De acordo com os cientistas que coordenaram a pesquisa, níveis de folato quatro vezes mais altos do que o considerado adequado na mãe logo após dar à luz estão associados a um risco duas vezes maior de o filho desenvolver Transtorno do Espectro Autista.
“De 97 a 99% é causa genética. Não é apenas herdado dos pais, mas também é causado por fatores ambientais, como poluição, agrotóxicos, idade avançada dos pais, infecções e medicamentos usados durante a gestação… Isso tudo gera alterações do gene”, explica a especialista.
Segundo a pesquisa, publicada periódico cientifico Molecular Psychiatry, a idade avançada do pai, da mãe ou de ambos aumenta o risco de autismo. Os resultados mostraram que quando os pais têm mais de 50 anos, o risco de autismo da criança é 66% maior em relação aos filhos de pais com 20 anos.
Em 2013 alguns trabalhos revisitaram essa questão, corrigindo os problemas iniciais. Eles apontaram que 1–5% dos autistas realmente conseguem sair do espectro. Agora foi publicado mais um trabalho confirmando essas observações: o autismo é reversível.
O estudo também mostrou que uma criança com vários irmãos autistas tem 37% de chance de ter TEA, porcentagem maior do que uma criança com apenas um irmão no espectro, com 21% de probabilidade.
Esse crescimento da prevalência do TEA pode estar associado a três fatores principais. “Primeiro, pelo aumento do acesso aos serviços de diagnóstico, por maior esclarecimento da população, menos estigma e maior disponibilidade de serviços. Segundo, o diagnóstico dos casos mais leves, que antes não eram identificados.
Quais medicamentos podem causar autismo na gravidez?
O autismo é outro risco do medicamento durante a gestação, chegando a 20%. “Nossas descobertas sugerem uma associação entre o uso prolongado de acetaminofeno e um aumento no risco de autismo e TDAH”, disse Ilan Matok, principal autor do estudo, ao Daily Mail.
Uma doença de origem multifatorial, como o nome sugere, é aquela que se manifesta como consequência de vários fatores combinados. Estes fatores podem ser tanto genéticos quanto ambientais. Atualmente ainda não é possível rastrear condições desse tipo de origem durante a gravidez.
O que faz o feto aumentar as chances de ter autismo?
A literatura científica também já deu indícios de que o ambiente a que a mãe foi exposta durante a gestação (contato com poluição e metais pesados, uso de drogas, ganho de peso e presença de doenças como diabetes) pode elevar as chances de o bebê ter autismo.
Em resumo, mesmo que não possamos prevenir totalmente o autismo, adotar cuidados e medidas preventivas durante a gravidez pode minimizar os riscos associados e promover um desenvolvimento saudável para o bebê.
Bem, ainda que possamos dar exemplos significativos como o de Murilo, é importante nos basear principalmente em evidências cientificamente comprovadas. A verdade é que, sim, o grau de autismo pode diminuir!