Os antecedentes históricos que motivaram a imigração árabe ao Brasil e ao Paraná foram a perseguição pelo Império Turco Otomano, a escassez de terra, a visita de D. Pedro II ao Oriente Médio no final do Séc. XIX (Egito em 1871 e Líbano em 1876) e as duas grandes guerras mundiais.
A opção de grande parte dos árabes no Brasil foi pelo comércio. Embora muitos dos imigrantes fossem de origem camponesa, a miséria que enfrentavam no meio rural no Oriente Médio fizeram com que os árabes preferissem se estabelecer no meio urbano brasileiro.
Qual foi o motivo da vinda dos libaneses no Brasil?
O Líbano passava por uma crise religiosa e política, levando muitos cristãos a fugirem do domínio muçulmano do Império Otomano. O Brasil contou com outras ondas migratórias libanesas ao longo dos anos, contribuindo para o crescimento da comunidade, principalmente nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
A HISTÓRIA dos LIBANESES, ÁRABES e TURCOS no BRASIL
Como se deu a presença árabe no Brasil?
As primeiras imigrações ao Brasil aconteceram por influência de Dom Pedro II. Em suas viagens realizadas ao oriente médio (a Líbano, Síria, Egito e Palestina), em 1871 e em 1876/77, ele convidou populações árabes locais a fazerem parte do processo de povoamento do território brasileiro.
"Junto com os colonizadores, no século XVI, desembarcaram heranças da língua, música, culinária, arquitetura e decoração, técnicas agrícolas e de irrigação, farmacologia e medicina", escreveu Oswaldo Truzzi, em artigo para a Revista de História da Biblioteca Nacional.
Os antecedentes históricos que motivaram a imigração árabe ao Brasil e ao Paraná foram a perseguição pelo Império Turco Otomano, a escassez de terra, a visita de D. Pedro II ao Oriente Médio no final do Séc. XIX (Egito em 1871 e Líbano em 1876) e as duas grandes guerras mundiais.
Quantos descendentes de árabes há no Brasil? De acordo com dados da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, cerca de 12 milhões de árabes e descendentes vivem no Brasil e correspondem a 6% da população brasileira.
A cultura árabe tem origem com os povos semitas que descendem de Ismael. De acordo com os relatos bíblicos, Ismael foi o filho de Abraão, patriarca conhecido como pai da fé. Foi na Península Arábica que os povos árabes desenvolveram sua cultura.
Esta imigração foi motivada especialmente pelo comércio paraguaio e pela busca de maior qualidade de vida. Iguaçu, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, 2000. Estas diversas instituições formaram-se sob prismas de interesses diversos dentro da comunidade árabe ao longo do tempo.
A escolha da data se deve ao fato de que os árabes se fixaram inicialmente em São Paulo, com estabelecimentos comerciais concentrados na rua 25 de Março e seus arredores, até hoje a mais movimentada área de comércio popular da cidade.
Os árabes veem o Brasil como um país amigo, mas distante dos problemas políticos. Além disso, existe uma influência histórica dos países europeus na política da região.
Entre cidadãos e descendentes, a Associação Cultural Brasil-Líbano fala em algo em torno de 8 milhões de pessoas. Isso faz do Brasil o país com a maior comunidade de libaneses e descendentes do mundo, à frente até mesmo da população do próprio Líbano, que é de cerca de 5,5 milhões atualmente.
Como a maioria dos descendentes de árabes sabe, nossos antepassados eram chamados de turcos porque chegavam à América com o passaporte ou identidade turco-otomana.
Qual a diferença entre turcos árabes e muçulmanos?
O árabe é um idioma e também uma composição étnica que possui, em torno de si, uma grande variedade de troncos etnolinguísticos interligados. Já muçulmano é o nome dado a quem pratica o Islamismo, a religião fundamentada nos princípios estabelecidos pelo profeta Maomé.
Acredita-se geralmente que o primeiro povo turco era nativo da região que se estendia da Ásia Central à Sibéria. Alguns estudiosos afirmam que os hunos eram uma das primeiras tribos turcas, enquanto outros defendem a origem mongólica dos hunos.
Porque o Libanês não gosta de ser chamado de turco?
Na Europa e nas Américas, o nome turco era bastante desprestigiado. Os libaneses foram chamados de turcos de acordo com o seu passaporte e tiveram que arcar com as conseqüências.
Os palestinos são os árabes levantinos de religião cristã e muçulmana cujas famílias habitavam o atual território de Israel, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza antes de 1948. Seus antepassados foram parte do Império Otomano até a Primeira Guerra Mundial e do Mandato Britânico nas décadas posteriores.
A data foi estabelecida em virtude da Rua 25 de março, em São Paulo, cidade onde se concentra a maior comunidade árabe do Brasil. Até 1920 mais de 58 mil imigrantes da etnia haviam entrado no país, sendo que 40% deles se fixaram em São Paulo.
Nas tradições islâmica e judia, os árabes são um povo semita que tem sua ascendência em Ismael, um dos filhos do antigo patriarca Abraão com a egípcia Hagar. Genealogistas árabes medievais dividiram os árabes em dois grupos: os "árabes" do sul da Arábia, descendentes de Catã (identificados com o Joctã bíblico).
Os libaneses, dominados pelos otomanos, vieram para Brasil que estava em processo de industrialização e urbanização com esperança em nova oportunidade de vida. Eles se concentraram em dois principais polos econômicos do país: a Amazônia, que passava pelo ciclo da borracha; e o Sul que estava no ciclo do café.
A arquitetura árabe se desenvolveu atrelada à religião e à política. Por isso, as primeiras construções que mais se destacavam em termos de elementos arquitetônicos foram as mesquitas, banhos públicos e mercados. Nessas edificações, os traços mais marcantes são abóbadas monumentais, cúpulas de pedras e tijolos.
Em quais regiões do território brasileiro os árabes foram morar?
A maioria dos imigrantes árabes se dirigiu para São Paulo, menor número foi para o Rio de Janeiro e Minas Gerais; poucos foram para o Rio Grande do Sul e Bahia. Até 1920, mais de 58.000 imigrantes árabes haviam entrado no Brasil, sendo que o Estado de São Paulo recebeu 40% deste total.