Sabe-se que em algumas circunstâncias tribos eram assoladas pela fome e tentavam se alimentar do que se achava ao seu redor. Alguns estudiosos acreditam que uma das opções era a terra e com o tempo foram se acostumando com esta escolha, que passou a fazer parte do cardápio.
Alimentar a escravaria era uma preocupação dos senhores, pelo custo e por desviar terras e trabalhadores da lavoura de exportação. Muitos fazendeiros entregavam aos cativos lotes para que cultivassem alimentos, nos quais também criavam animais.
“Ao redor do mundo, mulheres e crianças são os consumidores mais comuns. A explicação mais contraintuitiva da geofagia é que o hábito serve para desintoxicar agentes patogênicos, já que ele absorve moléculas perigosas antes de elas entrarem na nossa corrente sanguínea.
A geofagia é frequentemente associada ao transtorno alimentar denominado Pica, que pode ser perigoso porque o indivíduo viciado em substâncias terrosas não distingue as seguras das perigosas que podem conter elementos ou compostos químicos tóxicos e/ou microrganismos patogénicos (bactérias e fungos).
Comer terra e outras substâncias que não são alimentos podem causar distúrbios no estômago, no fígado, nos rins, nos intestinos, além de infecções e infestações por vermes. Embora muitas vezes as pessoas tenham dificuldade em falar sobre esses desejos com o médico, é importante que isso seja feito.
Depoimento com o ex-escravo Manoel Deodoro Maciel de como foi a abolição da escravatura.
É normal querer comer terra?
Essa mania de comer coisas estranhas, sem gosto e bem nojentas tem um nome: alotriofagia, também conhecida como Síndrome de Pica, é uma rara condição e se caracteriza por um apetite por substâncias não nutritivas, como terra, alimentos crus, palito de dente, esmalte, desinfetante, carvão, tecido e tijolo.
É o caso, por exemplo, de quem sente uma vontade de comer terra e pode estar com deficiência de ferro ou de zinco. A alotriofagia pode acontecer especialmente durante a gestação, com a mãe apresentando desejos e vontades que fogem um pouco às normas.
A análise de pesquisas já existentes sobre o tema revela que a prática de comer substâncias terrestres (como terra), também conhecida como geofagia, possivelmente proteja o organismo contra invasores patológicos – como germes e parasitas.
Segundo Lívia, ela pode ter diversas causas: deficiências nutricionais - principalmente ferro e zinco - e presença de transtornos mentais, muitas vezes com consequências psicóticas.
Alojado na hemoglobina, pigmento do glóbulo vermelho, o ferro possui nobre missão: a de transportar oxigênio aos tecidos do organismo. Sua deficiência implica em palidez, fadiga, sono excessivo e inapetência. O hábito de comer terra, sabão e até gelo também pode sinalizar a anemia ferropriva.
Geofagia foi praticada também por nativos americanos que comeriam a terra com bolotas e batatas para neutralizar alcalóides potencialmente prejudiciais.
A pagofagia (ingestão de gelo), geofagia (ingestão de terra ou barro) e as miscelâneas (combinações muito estranhas de alimentos) são as vontades mais comuns na picamalácia e não representam risco para a gestação.
Guilherme Furtado conversou com alguns especialistas. O médico perguntou se é mito ou verdade que algumas mulheres têm vontade de comer terra e barro durante a gestação. A nutricionista Lilian Assis disse que isso realmente pode acontecer: “Está muito relacionado com gestantes que têm deficiência de ferro ou cálcio”.
É o caso da rabada, feijoada, galinha com quiabo, acarajé, canja, pirão, angu e canjica. Como foi contado acima, alguns alimentos não eram nativos do Brasil, como é o caso do quiabo e do inhame.
Feitas de chapa de aço laminada, eram trancadas com um cadeado atrás da cabeça, possuindo orifícios para os olhos e nariz, mas impedindo totalmente o acesso à boca. Um tipo de máscara, usada no Brasil.
Nas palavras de Oliveira Mendes, o banzo era uma das principais moléstias de que sofriam os escravos, uma "paixão da alma" a que se entregavam e que só se extinguia com a morte, um entranhado ressentimento causado por tudo o que os poderia melancolizar: "a saudade dos seus, e da sua pátria; o amor devido a alguém; a ...
Como todos os comportamentos instintivos têm uma vantagem evolucionária - ou não teriam sido mantidos por milhões de anos -, a probabilidade é que esse hábito também nos ajudou a sobreviver como uma espécie. E, de fato, evidências cada vez mais fortes sugerem que comer terra é bom para desenvolver a imunidade.
De acordo com a professora Roseli de Moura Espíndola, como algumas parasitoses levam à perda sanguínea, acredita-se que as pessoas que têm esse desejo podem apresentar uma deficiência de ferro e, por isso, a vontade de comer terra estaria associada à necessidade de repor o mineral, abundante no solo, perdido pelo ...
"Embora sua causa não seja totalmente compreendida, várias teorias sugerem a presença de fatores emocionais e deficiência de nutrientes, como ferro e zinco, como possíveis razões para o consumo de itens que não possuem valor nutricional.
Geralmente, a alotriofagia acontece com pacientes que apresentam algum tipo de deficiência nutricional e a vontade de comer essas coisas incomuns seria uma forma de compensar e de ajudar o organismo a repor esses nutrientes.
Para explicar por que cachorro come barro, já mencionamos que, além da falta de nutrientes, a desintoxicação pode ser um motivo para o ato. Contudo, existem outras causas para a geofagia, como os problemas comportamentais.
A ingestão frequente de terra por crianças a que é devido? Quando não se confirma o diagnóstico de Anemia ou Verminoses, a próxima hipótese a ser considerada é de Sindrome de Pica, um transtorno alimentar que se caracteriza pela ingestão compulsiva de substâncias não nutritivas.
É claro que ingerir terra também pode ser perigoso. Juntamente com minerais e materiais desintoxicantes seria possível ingerir bactérias, vírus, vermes parasitas e quantidades ameaçadoras de chumbo e arsênico, não intencionalmente.
A "GEOFAGIA": a vontade de comer terra, é um dos sintomas de parasitoses intestinais. É bem provavel que precise de um tratamento para verminose. É um tratamento simples, eficaz e com poucos efeitos colaterais.