“As tranças acabam tento um papel muito importante na resistência negra contra a escravidão. Muitas vezes o cabelo era trançado como um mapa com caminhos para os quilombos, assim como sementes para serem plantadas eram tranças junto do cabelo para serem levadas aos quilombos.
A origem da trança raiz pode ser rastreada até a região da Namíbia, na África. Em muitas tribos africanas, as tranças eram uma maneira de identificar a filiação a um grupo étnico específico. Os padrões das tranças eram indicativos da tribo, idade, estado civil, riqueza, poder e religião de uma pessoa.
Com a chegada dos europeus à África, as tranças tornaram-se um símbolo de resistência e identidade cultural para os africanos escravizados, pois eles continuaram a usar tranças para se conectarem com suas culturas e raízes africanas, apesar da pressão para adotar o estilo de cabelo liso, por exemplo.
Na África os penteados sempre foram carregados de grande simbologia. Os penteados indicavam: status, estado civil, identidade étnica, região geográfica, religião, classe social, status dentro da própria comunidade e até detalhes sobre a vida pessoal do indivíduo.
"Após combinarem com os homens, elas concordaram que iam usar as tranças, os penteados, como um código secreto que indicava os caminhos por onde deveriam escapar.” As escravizadas tornaram-se cartógrafas sem lápis nem papel, criando e usando na cabeça mapas desenhados com cabelos.
Hoje muitos usam tranças pela estética mas antigamente a trança era literalmente um meio de fuga da escravidão, pois ao trancar os cabelo uns dos outros os negros e negras traçavam caminhos para a liberdade.” relata Mari Helena Santos, 28 anos, trancista do espaço Los Santos Hair.
As tranças realmente eram um dos penteados mais usados pelos vikings, e isso tem um motivo: como o cabelo era, geralmente, longo, as tranças facilitavam qualquer ação de ataque e, com o tempo, virou um símbolo entre a cultura viking.
Acredita-se que as tranças tenham sido usadas e vistas pela primeira vez por volta de 3100 a.C. pelos povos egípcios antigos. Registros de pinturas e esculturas encontradas em túmulos egípcios mostram que as tranças eram um penteado popular tanto para homens quanto para mulheres egípcias.
O uso de turbantes, dreadlocks, tatuagens e outros símbolos também pode ser considerado apropriação cultural quando feito sem a compreensão do seu significado para grupos culturais historicamente ligados a esses símbolos.
A técnica de trança africana foi utilizada por mães escravas que trançavam arroz em suas filhas antes da jornada dos escravos, para que pudessem plantar arroz e ter comida para comer. As recém escravizadas plantavam esse arroz escondido no meio da plantação.
Falar sobre esse penteado em pessoas brancas ainda é tabu, já que as tranças são muito comuns em mulheres negras justamente porque possuem um significado histórico e de resistência para o povo preto através da estética.
Em muitas tribos africanas as tranças eram uma forma de identificação de cada grupo. Os padrões das tranças eram uma indicação da tribo, idade, estado civil, riqueza, poder e religião de uma pessoa.
Penteados com tranças abrangem um amplo terreno social: religião, parentesco, estado, idade, etnia e outros atributos de identidade podem ser expressados em penteado.
A Bíblia diz em 1 Pedro 3:3-4: “O vosso adorno não seja o enfeite exterior, como as tranças dos cabelos, o uso de jóias de ouro, ou o luxo dos vestidos, mas seja o do íntimo do coração, no incorruptível traje de um espírito manso e tranqüilo, que és, para que permaneçam as coisas.”
Egípcios e uma grande variedade de etnias africanas, chineses, gregos clássicos,celtas antigos, Europa medieval, nativos americanos, entre outros, faziam uso das tranças.
De acordo com registros de alguns estudiosos, as primeiras tranças foram encontradas há 22 mil anos antes de Cristo nas estátuas de Vênus de Brassempouy e a de Willendorf. Porém, a técnica de traçar os cabelos foi notada mais tarde, há 3.500 anos antes de Cristo na África.
Elas são um estilo de penteado popular em muitas culturas africanas e foram usadas como uma forma de expressão cultural, religiosa e social. Diferentes tribos africanas usavam tranças como uma forma de identificação, com penteados específicos que indicavam idade, status social e posição na comunidade.
A história das tranças começa, aproximadamente, no ano 3.500 a.C. Desde aquela época vem sendo usada como um verdadeiro símbolo social, especialmente de resistência. Originária da Namíbia, situada na África, as tranças carregam em seus detalhes muitos traços de arte e histórias relevantes.
Ele tem origem na cultura africana. "As tranças nagô eram utilizadas para desenhar rotas de fugas para os quilombos. Nagô é o dileto Jejê, assim é chamado os falante da língua Iorubá, como foi denominado pelo traficantes de escravos. As tranças são testemunhas da resistência", disse.
Você sabia que as tranças eram usadas para ajudar os escravizados a escapar da escravidão? :o. Os escravizados usavam tranças para transferir informações e criar mapas para o norte. Como os escravizados não podiam ler nem escrever, eles tinham que passar informações através de tranças.
Como o próprio termo sugere, "apropriação cultural" é quando uma pessoa adota símbolos e elementos de outra cultura e as tira do seu contexto original. Uma das principais e graves consequências deste comportamento é o apagamento cultural, que acontece ao não valorizar e ignorar toda a história por trás destes símbolos.
Ela aponta que entre os homens a variação chegava a 40 cm, os mais baixos teriam 1,54 cm e os mais altos 1,93 cm (ainda que alguns chegassem a 2 m), tendo assim a média de 1,72 cm de altura entre os homens.
Não por acaso, eles tomavam cerca de três banhos em um só dia. Para muitos especialistas, o ritual acabou afugentando essa civilização de várias epidemias e pragas comuns à Antiguidade.