Após a tireoidectomia, a iodoterapia pode eliminar eficazmente qualquer resíduo microscópico de tecido tireoidiano canceroso, reduzindo significativamente o risco de recorrência do câncer.
Em pacientes que foram submetidos à retirada da Glândula Tireoide (tireoidectomia total), pode ser necessário o tratamento complementar com Iodo Radioativo.
Quanto tempo depois da cirurgia da tireoide faz a iodoterapia?
Cerca de 30 dias após a cirurgia, com o paciente em estado de hipotireoidismo é que o tratamento de radioiodoterapia pode ser iniciado. Além disso, o paciente também deverá evitar o consumo de qualquer alimento que contenha iodo. Durante a radioiodoterapia o paciente deverá permanecer internado.
Uma de suas principais funções é eliminar células neoplásicas que possam ter permanecido após a cirurgia, inclusive aquelas invisíveis a olho nu, como metástases microscópicas. Este tratamento faz uso de iodo radioativo (I-131) administrado oralmente.
A iodoterapia é amplamente indicada para pacientes com câncer de tireoide papilífero ou folicular. “O iodo radioativo consegue encontrar as células cancerígenas da tireoide que eventualmente não foram retiradas no tratamento cirúrgico. A tireoide e o câncer de tireoide captam o iodo.
POR QUE DEVO TOMAR IODO DEPOIS DA CIRURGIA DA TIREOIDE?
Quais os riscos da iodoterapia?
Os efeitos colaterais mais comuns incluem náuseas e inchaço das glândulas salivares, que podem ocorrer temporariamente após a administração do tratamento. Esses sintomas são geralmente leves e passam após alguns dias. Além disso, pode ocorrer um leve inchaço ou dor na região do pescoço onde a tireoide está localizada.
A iodoterapia contribui para a queda de cabelo? “Não. O que pode influenciar a queda de cabelo dos pacientes em iodoterapia são os hormônios da tireoide, principalmente se eles não estiverem bem regulados”, explica o médico.
Em residências com apenas um sanitário, o paciente deverá ficar sozinho no seu imóvel nos dois primeiros dias após receber a dose de Iodo-131, sendo que nos sete dias subsequentes, o uso do banheiro poderá ser comum, desde que sejam observadas todas as recomendações descritas abaixo.
O Iodo-131 é o tratamento mais antigo usado para o hipertireoidismo, principalmente em pacientes idosos. Entre suas indicações, estão pacientes que apresentam a Doença de Graves, e quando outros fármacos antitireoidianos não se mostram eficazes no tratamento.
Os aparelhos eletrônicos (computador, celular etc.) devem ser embalados em filme de PVC. Durante a internação, o paciente usará a roupa e chinelo do hospital.
Quem fez tireoidectomia total tem imunidade baixa?
Além dessas complicações, após a tireoidectomia também podem ocorrer infecções, insuficiência respiratória e afonia com falta de ar. Entretanto, são situações incomuns, sendo o efeito secundário mais comum a necessidade de reposição diária do hormônio tireoidiano.
Porque a pessoa que toma iodo tem que ficar isolada?
Durante alguns dias, após fazer uso da dose de iodo radioativo, seu corpo irá emitir radiação similar ao raio X usado em diagnósticos médicos. Por isso, o contato prolongado com outras pessoas não é recomendável, pois elas estariam sendo expostas de maneira desnecessária à radiação.
Vários autores relatam que para se alcançar o nível de TSH maior ou igual a 30µUI/dL é necessário um período de quatro semanas após a tireoidectomia total, sendo este o período mais frequentemente utilizado para o preparo do exame ou do tratamento (BUCHPIGUEL et al. 2008; LIEL 2002).
Após uma tireoidectomia total, o paciente fica internado por um a dois dias. Após a alta, os pacientes devem descansar por cerca de 10 a 20 dias, dependendo da situação. Durante este período, os pacientes devem ficar longe do trabalho e evitar atividades fisicamente exigentes.
Retirar somente metade da tireoide também pode levar ao aumento do peso, caso a metade que permaneceu não seja capaz de produzir os hormônios de que o corpo necessita. Por isso, além de fazer os exames da tireoide periodicamente, é preciso observar se surgem sintomas relacionados ao hipotireoidismo.
O procedimento de iodoterapia para tireoide é realizado através da administração oral de cápsulas ou líquido contendo iodo radioativo (I-131). Este tratamento é ambulatorial, mas em doses mais elevadas, pode requerer internação hospitalar por um curto período para garantir a segurança devido à radioatividade.
Quanto às metástases, caso sejam identificados gânglios linfáticos maiores de 3cm na região central do pescoço ou na região lateral do pescoço de qualquer tamanho, o doente é encaixado como alto risco e deve ser tratado com maior proximidade e com iodoterapia.
A maior parte do iodo radioativo será eliminada do corpo em aproximadamente 48 horas, principalmente pela urina , e apenas uma pequena quantidade será captada pela tireoide . Para facilitar a eliminação do iodo, aconselha-se a ingestão de bastante líquido durante e alguns dias após o tratamento.
Além disso, o excesso de iodo pode diminuir a produção de hormônios tireoidianos (causando hipotireoidismo), pode causar gosto metálico na boca e aumentar a produção de saliva, bem como irritar o trato digestivo e causar uma erupção cutânea.
Este medicamento é administrado durante 2 dias, fazendo-se a iodoterapia no 3º dia. A maioria dos médicos também recomenda que o paciente siga uma dieta pobre em iodo durante 1 ou 2 semanas antes do tratamento.
SOMENTE ALIMENTOS SEM SAL OU COM SAL SEM IODO (encontrado nas farmácias de manipulação). Legumes, hortaliças e vegetais. Frutas frescas (apenas evite comer banana). Gorduras: margarina sem sal, óleos (não usar derivados de soja, de preferência derivados de girassol, milho ou oliva).
Muitos dos efeitos colaterais da iodoterapia estão relacionados ao sistema salivar, devido à captação de iodo radioativo por estas glândulas. A xerostomia, ou boca seca, é uma queixa comum, resultando em hipossalivação. Isso pode conduzir a sialoadenite, uma inflamação das glândulas salivares.
Em geral, o período de internação deve limitar-se a 3 dias, sendo que a alta é por critérios clínicos e radiométricos (medidas diárias da radiação do paciente).
Morangos: Uma das poucas frutas que contém grande quantidade de iodo. Uma xícara de morangos contém 12,96 mcg de iodo ou 8,6% da RDA (Recursos: Descrição e Acesso).