Crianças que passam por situações de abandono desenvolvem danos ao psicológico que podem ser irreversíveis e em muitos casos são permanentes. Ser desprezado por um dos pais faz com que a autoestima seja afetada, além de influenciar no molde do caráter.
por Benczik (2011) ainda afirma que a ausência paterna tem potencial para gerar conflitos no desenvolvimento psicológico e cognitivo da criança, bem como influenciar o desenvolvimento de distúrbios de comportamento agressivos.
O fato da ausência continuada do pai, seja ela sentimental, física, pode eventualmente ser uma causa perigosa para mudanças em várias questões do Portanto, a relação pai e filho mostra-se essencial para evitar o surgimento de conflitos de personalidade e impasses para relacionar-se socialmente.
A ausência do pai ou o exercício da paternagem inadequada pode tratar-se de, além do abandono físico, o abandono psicológico; a indiferença; a competição velada ou declarada em relação ao potencial do filho; a opressão e o autoritarismo; a violência; a instabilidade e a fragilidade de pais adictos; enfim, “antimodelos” ...
Estudos sociológicos apontam que a ausência do pai pode estar associada a uma série de problemas sociais, como maior incidência de pobreza, menos desempenho acadêmico e maior propensão á deliquência entre os filhos.
Consequências da FALTA DO PAI na vida adulta | Jhanda Siqueira
Quanto tempo é considerado abandono afetivo do pai?
De acordo com a decisão colegiada, a prescrição nesse caso ocorre 3 anos após a maioridade do filho, conforme dispõe o artigo 206, §3º, V, do Código Civil. A autora contou que é fruto de um relacionamento de cerca de um ano entre seus genitores.
A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família aprovou o Projeto de Lei 3012/23, da deputada Juliana Cardoso (PT-SP) que torna ato ilícito o abandono afetivo de filhos por pai, mãe ou representante legal, desde que efetivamente comprovadas as consequências negativas do abandono.
Como a ferida da ausência paterna se manifesta na vida adulta?
Para ele, muitos problemas registrados na fase adulta podem ser facilmente justificados pela ausência paterna, como compulsão alimentar, dificuldades em manter relações amorosas e até mesmo problemas de confiança e autoestima.
O que é um pai ausente? Não, não é aquele que se separou e, por isso, não vê os filhos todos os dias. “Trata-se da figura paterna que pouco ou nada contribui para a formação e a educação dos filhos, independentemente do fato de morar ou não na mesma casa”, esclarece a psicóloga Alaide Degani de Cantone.
Aqui estão algumas estratégias que podem ser eficazes: Buscar apoio: É importante que a família busque apoio emocional de amigos, familiares ou profissionais de saúde mental. Falar sobre os sentimentos e ter uma rede de apoio pode ajudar a aliviar o peso da ausência paterna.
A psicóloga Juliana Bogéa esclarece que abandono paterno pode trazer consequências invariantes, como a perda de autoestima, dificuldade na construção de novos vínculos, de estabelecer confiança com diversas pessoas, além dos desdobramentos na vida escolar dos filhos.
“Não consigo pensar em nenhuma necessidade da infância tão intensa quanto a da proteção de um pai.” (Freud, em O MAL-ESTAR NAS CIVILIZAÇÕES, 1930). A importância paterna é indiscutível mesmo no senso comum se pensarmos que uma mãe precisa se sentir segura o suficiente para cuidar dos filhos de maneira bem sucedida.
E quando o pai não é presente? A falta da figura paterna pode gerar insegurança ou até agressividade para a criança. Na escola, por exemplo, isso pode se refletir através da dificuldade de concentração e baixo rendimento escolar. No entanto, isso não é uma regra ou algo que não possa ser restaurado.
O grande problema da falta da figura materna ou paterna, não permite estabelecer um vínculo entre eles e as crianças, podendo desenvolver problemas de saúde e até aversão a presença dos pais. Além disso, sua presença é crucial na formação de caráter e afetividade que o pequeno desencadeará com outras pessoas.
A ausência da figura paterna ou a existência de uma relação pouco harmoniosa entre pai e filho na adolescência pode ser considerada como um fator de risco para o desenvolvimento psicológico, cognitivo e social do adolescente (Sganzerla & Levandowski, 2010).
Portanto pais ausentes e sem autoridade criam filhos problemáticos, por não compreenderem que a responsabilidade que cuidar e de criá-los é deles. A Bíblia diz: “ Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre, o seu galardão”.
O abandono afetivo por parte dos pais pode causar inúmeros danos aos filhos. O abandono emocional ocorre quando o pai não consegue fornecer à criança sustento emocional, levando a sentimentos de solidão, insegurança e vulnerabilidade.
As consequências do abandono afetivo podem ser profundas e duradouras na vida da criança ou do adolescente afetado. Dentre os efeitos mais comuns estão a baixa autoestima, dificuldades nos relacionamentos, problemas emocionais e psicológicos, desenvolvimento social prejudicado e dificuldades acadêmicas.
Mais do que um vazio físico, a figura de um pai ausente pode causar transtornos e traumas emocionais em diferentes níveis, gerando, inclusive, conflitos no desenvolvimento psicológico e cognitivo da criança.
A perda de um pai também causa modificações significativas na dinâmica familiar. A mãe, avós e os filhos podem arcar com papéis distintos do habitual e adquirir novas responsabilidades. É preciso repensar as contas, trabalho, estudo, alimentação, consumo de bens, entre outros, com uma pessoa a menos na família.
A ausência de um pai esculpe na psique da filha a falta de autoaceitação, matando sua vitalidade, criatividade e intensificando a angústia interna da falsa sensação de existência.
O direito à indenização por abandono afetivo é válido para as crianças e adolescentes que se encontram sem a atenção e guarda do seu genitor. Quando se é menor de idade, em qualquer tempo, o seu representante legal pode entrar com a ação.
O QUE DIZ A LEI? Iniciemos pela Constituição brasileira que nos informa que: “Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade” (artigo 229, CF).