Quais os dois modelos de educação de Paulo Freire?
Segundo Freire, há duas espécies gerais de educação: a educação dominadora e a educação libertadora. A dominadora apenas descreveria a realidade e transferiria conhecimento; a libertadora seria ato de criação do conhecimento e método de ação-reflexão para a transformação da realidade.
Paulo Freire afirma, em sua obra Pedagogia da autonomia, que ensinar exige segurança e competência profissional, assim como rigorosidade metódica, tanto no estímulo da capacidade crítica do aluno, quanto no ensino de conteúdos e atitudes éticas.
Ao elaborar um método pedagógico, Freire revolucionou o ensino no país e, desde então, o “Método Paulo Freire” se tornou referência para o desenvolvimento educacional. O método de alfabetização criado por Paulo Freire é dividido em três etapas: investigação, tematização e problematização.
Sendo assim, a educação formal tem um espaço próprio para ocorrer, ou seja, é institucionalizada e prevê conteúdos, enquanto a educação informal pode ocorrer em vários espaços, envolve valores e a cultura própria de cada lugar.
Pedagogia do Oprimido - Entrevista com Paulo Freire
Qual o modelo de educação atual?
A educação contemporânea permanece orientada para as provas, baseando-se em memorização e exercícios mecânicos como uma abordagem primária, e usa das pontuações dos testes como o critério único para avaliar os alunos.
Especialistas afirmam que o modelo ideal é aquele mais adaptado aos valores da família. A filosofia que norteia os princípios pedagógicos de uma instituição de ensino deve estar de acordo com as expectativas dos pais em relação à educação de seus filhos.
Quais características da educação libertadora para Paulo Freire?
A educação libertadora, ou problematizadora, é um método de ensino dialógico, em que os aprendizados são assimilados pelo aluno por meio do diálogo com outros conhecimentos e com questionamentos diversos. Ou seja, o aluno participa de maneira ativa do processo, sem se permitir ser apenas um recipiente de conhecimentos.
O que Paulo Freire fala sobre a educação não-formal?
Podemos dizer que a educação não formal é um processo de aprendizagem social, que tem como foco o educando, com propostas e atividades fora do sistema formal de ensino. Segundo Paulo Freire: “...a educação é uma forma de intervenção no mundo.” (Pedagogia da Autonomia, pg 96).
Na visão de Educação Bancária, os conteúdos são automaticamente desligados da situação existencial do aluno. A comunicação é unilateral. E a Metodologia Didática é a exposição oral pelo professor, teoria antidialógica, em que o opressor encontra sua possível ação, ou seja, uma relação de poder unilateral.
Paulo Freire compreendia que o sujeito aprende para se humanizar. De acordo com o educador, aprender é complemento da formação do sujeito como humano. “Se aprende na relação com o outro, no diálogo com outro, na aproximação dele com o conhecimento do outro.
Um dos principais conceitos da teoria de Paulo Freire fala sobre uma educação orientada para a cidadania. Para o pedagogo, um processo de aprendizagem bem conduzido leva em conta a realidade dos estudantes e da comunidade escolar, estabelecendo uma conexão entre cultura, conhecimento e sociedade.
A metodologia de Paulo Freire é baseada na relação mútua, na troca de experiências, nesse processo, não só o aluno aprende, mas o professor também aprende com o seu aluno, o homem tem necessidade de se relacionar, o que permite com que o mesmo reconheça sua importância no mundo.
Na teoria freiriana, professor e aluno são sujeitos na construção do conhecimento, ou seja, não há uma hierarquia, não há uma autoridade. Isso porque, para o método freiriano, o estabelecimento de uma autoridade dificulta o desenvolvimento da criticidade e da conscientização.
Que tipo de educação era defendida por Paulo Freire?
Mais do que uma proposta de alfabetização de jovens e adultos, Freire criou uma filosofia da educação, com um corpo teórico consistente que contempla uma pedagogia voltada à prática e à ação transformadora. Era o contrário da ideia de neutralidade, demonstrando que a neutralidade é impossível no ato educativo.
A educação é vista por Freire como pedagogia libertadora capaz de torna-la mais humana e transformadora para que homens e mulheres compreendam que são sujeitos da própria história. A liberdade torna o centro de sua concepção educativa e esta proposta é explícita desde suas primeiras obras.
A educação, segundo Freire, deveria passar necessariamente pelo reconhecimento da identidade cultural do aluno, sendo o diálogo a base de seu método. O conteúdo deveria estar de acordo com a realidade cultural do educando e com a qualidade da educação, medida pelo potencial de transformação do mundo.
Para Paulo Freire “a educação sempre implica programa, conteúdo, método, objetivos”, o respeito ao saber circundante, direito que as pessoas têm de saber melhor aquilo que elas já sabem.
Neste cenário, a educação se apresenta em diferentes formatos e características sendo: a educação não formal, informal e formal para a prática educativa. Estas modalidades de ensino não são substitutivas, mas se complementam nas suas ações de tal forma que o ensino e a aprendizagem perpassem por elas.
“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”, já dizia Paulo Freire. Neste tempo de tantas incertezas, a educação segue sendo a força necessária para compreendermos quem somos e o que precisamos transformar a nossa volta.
Quais são as principais características do pensamento pedagógico de Paulo Freire?
Sua filosofia baseia-se no diálogo entre professor e aluno, procurando transformar o estudante em um aprendiz ativo. Nesse sentido, ele criticava os métodos de ensino em que o professor era tido como o detentor de todo o conhecimento, e o aluno apenas um “depositório” — o que ele chamava de “educação bancária”.
Quais são os dois modelos de educação de Paulo Freire?
Segundo Freire, há duas espécies gerais de educação: a educação dominadora e a educação libertadora. A dominadora apenas descreveria a realidade e transferiria conhecimento; a libertadora seria ato de criação do conhecimento e método de ação-reflexão para a transformação da realidade.
No ensino tradicional, o professor é a principal fonte de conhecimento e autoridade em sala de aula. Já no ensino moderno, os professores assumem o papel de facilitadores do aprendizado, orientando e apoiando os alunos em suas jornadas educacionais, incentivando a autonomia e a descoberta.
No método tradicional de ensino, o educador é considerado figura central e único detentor do conhecimento. Este, por sua vez, é repassado aos estudantes em aulas expositivas. Nesse modelo, o estudante é reduzido a espectador em sala de aula. A ele, cabe apenas memorizar e reproduzir os saberes.