Elas sofrem diariamente com o preconceito que impacta seu autoconceito, autoestima e a forma como são vistas socialmente. Dessa forma, as pessoas com Transtorno de Espectro Autista (TEA) percebem suas vidas sendo limitadas a categorizações e estereótipos sociais.
Em sua maioria, os indivíduos autistas são tão isolados socialmente e prejudicados intelectualmente que têm dificuldades de emprego, não se casam e não têm filhos. São necessárias pesquisas que abordem as causas do distúrbio, assim como as causas de variações em suas manifestações.
Dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual, identificar expressões faciais e compreender gestos comunicativos, expressar as próprias emoções e fazer amigos. Dificuldade na comunicação, caracterizado por uso repetitivo da linguagem e dificuldade para iniciar e manter um diálogo.
Ao discriminar uma pessoa autista, estamos negando-lhe o direito básico de ser tratada com igualdade e de ser incluída na sociedade. Isso vai contra os princípios fundamentais de respeito aos direitos humanos e à dignidade de cada indivíduo.
Por ser uma deficiência não visível, muitas pessoas da nossa convivência não aceitam que ele seja autista e, mesmo ao exercer um direito garantido em lei, acabamos sofrendo algum tipo de constrangimento, seja em estacionamentos ou filas, por exemplo", ressalta.
VERDADE!! Toda pessoa gosta de carinho – os autistas não são diferentes. O que faz essa ideia se disseminar é a falta de compreensão a respeito das condições do autista: o contato físico pode ser sufocante ou extremamente desconfortável em alguns casos, onde a pessoa tem hipersensibilidade.
Crianças autistas, em geral, não fixam a atenção nos olhos
No caso das crianças com autismo, a observação padrão é diferente. Enquanto as típicas têm um padrão de olhar triangular – focando olhos e boca -, as autistas têm um padrão retangular, que não passa pelos olhos.
Ao contrário do que a maioria das pessoas possa imaginar, autistas têm uma tendência de perceber o mundo mais próximo da realidade, pois são menos influenciados pelo conhecimento prévio do mundo como são a maioria das pessoas neurotípicas.
Porém, todos os autistas necessitam de compreensão e de apoio para melhorar os processos de comunicação e de interação social. Mediante isso, tanto os pais quanto os professores devem oferecer apoio contínuo ao desenvolvimento de novas habilidades.
Reunir provas é fundamental para exigir direitos. Discriminar pessoas com deficiência, entre elas os autistas, é crime previsto em lei e pode resultar em prisão por até cinco anos ou pagamento de multa.
Desta maneira, parece que o autismo vem acompanhado pelo signo linguístico 'não' na forma de um discurso social desanimador: não apresenta linguagem, não fala, está fora da linguagem, resiste ao contato de outras pessoas, foge ao olhar, não gosta de mudanças na rotina, não usa a imaginação de maneira adequada.
Evite julgamentos: Em vez disso, tente entender as razões por trás de seus comportamentos e ações! Respeite suas rotinas: isso ajuda a reduzir a ansiedade e o estresse. Não crie uma agenda sobrecarregada e cheia de afazeres, a abordagem terapêutica do autista já é intensa!
Um valor que as pessoas com autismo trazem para os relacionamentos é sua franqueza: elas tendem a verbalizar sem muita enrolação o que está em sua mente. Seu estilo de comunicação honesto e direto pode ser um alívio no mundo do namoro, onde as pessoas geralmente são muito sutis com sua autoexpressão.
E não há como ser diferente considerando o amor. Se, por um lado, autistas sentem algo intenso como o amor com uma intensidade mais forte ainda, por outro lado possuem menor habilidade social para relacionamentos. Isso pode fazer com que aspectos dos relacionamentos interpessoais sejam associados a sofrimento psíquico.
Na hipossensibilidade a pessoa busca incessantemente por estímulos, ela pode querer estar sempre em movimento, falar alto, etc. Nesse caso a pessoa pode gostar muito de abraços, pois ela procura por estímulos e um abraço apertado pode ajudar na busca sensorial. Isso significa que autistas podem sim gostar de abraços.
– Só o ser humano desenvolve emoções sociais como vergonha, inveja e ciúmes. É nestas emoções que o indivíduo com o Transtorno do Espectro Autista tem mais dificuldade de interpretar o sentimento – explicou.
Uma das mais presentes e responsável por crises em autistas é a hipersensibilidade auditiva, que é quando a criança apresenta desconforto ou mostra-se assustada quando ouve sons altos. Existem relatos de pessoas dentro do espectro que afirmam sentir dor física quando estão expostos a barulhos altos.
No autismo, o azul estimula o sentimento de calma e de maior equilíbrio para as pessoas. Ou seja, em uma sobrecarga sensorial, o azul auxilia para o bem-estar da criança, trazendo mais tranquilidade e leveza ao Autista. As cores laranja e amarela, por serem muito próximas, pode ajudar no estímulo social dos pequenos.
Preconceito é uma atitude ou opinião negativa e infundada que uma pessoa ou grupo de pessoas mantém em relação a outro indivíduo ou grupo, com base em características como raça, gênero, orientação sexual, religião, nacionalidade, entre outras.