Crase é a contração da preposição a com outro a, que pode ser artigo definido ou pronome demonstrativo (aquela, aquele, aquilo). É indicada pelo acento grave. Como regra geral, só se usa crase antes de palavras femininas. A exceção são os pronomes demonstrativos aquele e aquilo.
Antes de pronomes indefinidos que não admitem artigo (seguidos ou não de “s”): alguém, alguma, nenhuma, cada, certa, determinada, pouca, quanta, tal, tamanha, tanta, toda, ninguém, muita, outra, tudo, qual, qualquer, quaisquer.
A crase é a fusão da preposição "a" com o artigo feminino "a" ou com pronomes demonstrativos. Não se usa crase antes de palavras masculinas, verbos, pronomes pessoais, pronomes de tratamento, pronomes indefinidos, artigos indefinidos e em expressões com palavras repetidas.
Usa-se a crase, ainda, antes dos relativos "que", "qual" e "quais" quando o "a" ou "as" puderem ser substituídos por "ao" ou "aos". Usa-se a crase nas indicações de horas, desde que determinadas. Chegou às 8 horas.
Há casos em que não ocorre crase (união da preposição a com o artigo definido a), mas o acento grave é usado por motivos de clareza: à força, à medida, à míngua, à faca, à noite, à tarde, à mão, à distância.
Neste caso, escreve-se com o acento indicativo de crase: Disse à minha mãe que voltaria cedo. Conclusão sabida e regra repetida: o uso da crase antes do pronome possessivo é facultativo. Quer dizer, pode-se omitir o acento que não fica errado.
Antes de pronomes possessivos femininos: “Encomendei uma torta a (à) minha mãe.” Depois da preposição “até”: “Poderemos ir até a (à) escola”. Antes de nomes próprios femininos: porém, em casos que o nome próprio está determinado, é obrigatório o uso da crase.
Em "Quem tem boca (ou "Sabrina') vai a Roma", por exemplo, o "a" que antecede "Roma" não pode receber acento grave por uma razão muito simples: não ocorre crase, ou seja, o "a" não resulta da fusão de coisa alguma.
Qual a diferença entre à toa, atoa ou à-toa? Atualmente, a única maneira de escrever o termo é à toa (com crase e sem hífen), com duas funções. A primeira é de locução adverbial que significa ao acaso, ao léu, sem rumo, inutilmente.
A crase não deve ser empregada junto a pronomes pessoais. Os pronomes pessoais são aqueles que apontam para as pessoas do discurso ou a elas se referem. Eles podem ser pessoais do caso reto (eu, tu, ele e etc.) ou pessoais do caso oblíquo (me, te, o, lhe, mim, ti e etc.).
Amanhã vamos /a/ praia. Na escrita, adicionamos o acento indicador de crase, mas a pronúncia é de apenas um “a”. Amanhã vamos à praia. Na fala, usamos o recurso da crase o tempo todo, e isso não se limita à vogal A, ou seja, fundimos os dois sons vocálicos idênticos em um único som em muitas situações.
ABENÇOAR. Após o Novo Acordo Ortográfico, palavras terminadas em “oo”, como “abençoo”, perderam o acento circunflexo (Exemplo: Eu os abençoo.). É importante lembrar que, em “abençoe”, não se emprega “til” (Exemplo: Que Deus os abençoe.). Observe-se que, nos exemplos, empregou-se o termo “os”, e não “lhes” (Erros: 1.
Por exemplo: "Vou a Bahia" ou "Vou à Bahia"? Mudando a frase, vemos que dizemos "Sou da Bahia", e não "Sou de Bahia" - ou seja, utilizamos sempre o artigo "a" antes do substantivo "Bahia", portanto, há crase.
Se você quer saber com mais rapidez se deve IR À ou A algum lugar (com ou sem o acento da crase), use o seguinte “macete”: Antes de IR, VOLTE. Se você volta “DA”, significa que há artigo: você vai “À”; Se você volta “DE”, significa que não há artigo: você vai “A”.
Portanto, nesse caso, o “a” antes de padaria é com acento grave: Estou indo à padaria. Por quê? Porque há o “a” – exigido pelo verbo ir (ir a algum lugar) + outro “a” – que acompanha “padaria” – a padaria. Então a + a = à ( usamos só uma letra” a”, e a outra representamos pelo acento.