'Marmanjo', 'ratiá', 'apurado', 'apinchar', 'bocó', 'largatear' e 'calor de estalar mamona' são algumas expressões e gírias usadas no primeiro estado que forma o Sul do Brasil; confira quais são os seus significados.
O sotaque do gaúcho sofre forte influência do espanhol falado pelos vizinhos Platenses e das colonizações alemã e italiana, muito expressivas naquele estado. A principal característica do gauchês, que o distingue do português falado no restante do Brasil, é o uso do tu como pronome, ao invés de você.
O sotaque sulista é sem dúvida a característica mais distintiva do sotaque. Esse sotaque geralmente envolve o alongamento das vogais nas palavras. Por exemplo, a palavra monossílaba “I” pode ser pronunciada como “ah” ou “ah-ah”, transformando efetivamente uma vogal em um ditongo ou duas sílabas.
Resume cão pequeno, vira-lata. Sinônimo de guaipeca. A palavra é usada sozinha ou em expressões populares como “frio de renguear cusco” (frio insuportável) ou “mais perdido que cusco em tiroteio”. “Amiga, adotei um cusquinho tão lindo.”
A interjeição “che” pode ser empregada com dois sentidos: a) como expressão de espanto e dúvida; como o sentido de companheiro, amigo, irmão, camarada. Há controvérsias quanto à sua etimologia. Uma das versões diz ser originária do dialeto falado pelos índios guaranis, em que “che” significa eu, meu, ei.
Logo, tudo que era muito bom (ou muito ruim, ou muito qualquer coisa), era três vezes bom, então era “tri.” Porém, o que decorreu disso foi que o porto-alegrense pegou gosto pelo tal do “tri” e eventualmente começou a dispensar o adjetivo que vinha depois, quando se tratava de coisa boa.
Os dados demonstraram que a variante mais usada pelos nortistas e sulistas é carne moída. Mas também foi possível concluir, entre outros aspectos, que há variantes que apontam para áreas dialetais específicas em cada região, como é o caso de picadinho no Norte e guisado no extremo Sul do país.
Devido à proximidade do espanhol rioplatense, o pronome já circulava na boca do povo da então Província de São Pedro antes das fronteiras do Estado serem como conhecemos hoje. Depois, os italianos que chegaram ao Rio Grande do Sul, por também terem tu em seu idioma materno, incorporaram o “tu” gaúcho com facilidade.
Já em (18) a (20), "capaz" equivale a "não". Novamente o falante demonstra não ter dúvidas em relação ao que lhe é perguntado ou proposto e a resposta, nos três casos, é imediata.
Comum no linguajar dos estados do Paraná, em algumas partes de Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul e sul do estado do Mato Grosso do Sul para identificar uma criança do sexo masculino. "Piá" foi registrado como um termo caipira em 1920, significando "menino".
No Rio Grande do Sul, a formação do sotaque é ainda mais curiosa, pois além dos italianos e alemães, há a influência do espanhol falado nos países que fazem fronteira com o estado.