Sepse tem cura? A sepse possui cura, mas por se tratar de uma doença complexa e potencialmente rápida, precisa ser tratada rapidamente, pois pode levar ao choque séptico, em que há queda drástica da pressão arterial e aumento do lactato no sangue, podendo levar à falência múltipla de órgãos e inclusive à morte.
Atualmente, é também uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia, superando o infarto do miocárdio e o câncer. A mortalidade no Brasil chega a 65% dos casos, enquanto a média mundial está em torno de 30 a 40%.
Felizmente, a maioria das sequelas pós-sepse são reversíveis através de um adequado processo de reabilitação. O Reabilita Sepse é uma iniciativa voltada para a educação de sobreviventes de sepse e seus familiares sobre reabilitação e qualidade de vida após infecção grave.
Este é um estágio delicado, em que o organismo já apresentou uma resposta exagerada a infecção atacando até mesmo órgãos que antes estavam saudáveis. O paciente pode começar a apresentar falência de órgãos como fígado, rins, pulmão ou do sistema nervoso central.
Os pacientes pós-sepse podem apresentar alterações cognitivas adquiridas e perda de funcionalidade, além de prejuízos à memória, atenção, fluência verbal, tomada de decisão, por exemplo.
O tempo médio de permanência foi 6 (3-11) dias e a taxa de mortalidade foi 31,1%: 6,1% para SIRS não infecciosa, 10,1% para sepse, 22,6% para sepse grave e 64,8% para choque séptico.
O choque séptico, por sua vez, é a fase mais grave da sepse, caracterizado pela queda brusca da pressão sanguínea, que não consegue ser restabelecida mesmo com a administração de líquidos por via intravenosa.
A infecção, nesses casos, pode limitar-se a um único órgão, entretanto, gera uma resposta inflamatória em todo o organismo, o que pode levar ao comprometimento de outros órgãos e, em alguns casos, levá-los à falência. A sepse é a principal causa de morte por infecção no planeta.
Uma das possíveis sequelas da sepse – também chamada de septicemia ou infecção generalizada – é bem conhecida de médicos e cientistas: o sistema imunológico fica comprometido por até cinco anos depois que a pessoa teve a doença.
A sepse costuma apresentar alguns dos sintomas que são habituais a qualquer infecção comum, como febre alta, náuseas, calafrios, fraqueza, prostração, anorexia, dores articulares, irritabilidade, letargia e dispneia. É preciso ter atenção, pois alguns desses sinais podem surgir apenas quando a infecção já se espalhou.
No Brasil, são registrados cerca de 400 mil casos de sepse em pacientes adultos por ano. Desse total, 240 mil morrem, um índice de 60%. Entre as crianças, o número anual de casos é de 42 mil, dos quais 8 mil não resistem, representando um percentual de 19%.
Quais os tipos de infecção que podem evoluir para sepse? Qualquer tipo de infecção, leve ou grave, pode evoluir para sepse. As mais comuns são pneumonia, infecções abdominais e infecções urinárias. Por isso, quanto menor o tempo com a infecção, menor a chance de surgimento da sepse.
A sepse possui cura, mas por se tratar de uma doença complexa e potencialmente rápida, precisa ser tratada rapidamente, pois pode levar ao choque séptico, em que há queda drástica da pressão arterial e aumento do lactato no sangue, podendo levar à falência múltipla de órgãos e inclusive à morte.
Sepse é uma resposta séria e generalizada do corpo à bacteremia ou a outra infecção juntamente com o mau funcionamento ou insuficiência de um sistema essencial do organismo.
O relatório global da OMS ressalta, ainda, que a sepse ocorre em resposta a uma infecção. Quando não é reconhecida precocemente e tratada imediatamente, pode causar choque séptico, falência múltipla dos órgãos e morte.
O que aumenta a chance de sobrevida do paciente com sepse?
Fatores relacionados aos tratamentos utilizados para salvar a vida do indivíduo na fase aguda: Antibióticos, sedativos, bloqueadores neuromusculares e, até mesmo, a ventilação mecânica, são aliados importantes no tratamento da sepse, especialmente para os casos mais graves, e que aumentam as chances de sobrevivência.
As diretrizes internacionais de manejo da sepse recomendam, para adultos com possível choque séptico ou alta probabilidade de sepse, a administração de antimicrobianos imediatamente, idealmente dentro de 1 hora após o reconhecimento, e até 3 horas para pacientes adultos com possível sepse sem choque(8).
O diagnóstico da sepse é feito com base na identificação do foco infeccioso e na presença de sinais de mau funcionamento de órgãos. Não há exames específicos, mas há exames voltados para a identificação da presença de infecção, além de hemograma para a identificação do foco, radiografia de tórax e exames de urina.
Quais as chances de sobreviver a um choque séptico?
A mortalidade total de pacientes com choque séptico está diminuindo e a média atual é 30 a 40% (faixa de 10 a 90%, dependendo das características do paciente).
O que é choque séptico? Com o objetivo de combater a infecção, o organismo provoca mudanças na temperatura, pressão arterial, frequência cardíaca, contagem de células brancas do sangue e na respiração. Sem o tratamento adequado, pode haver parada cardíaca e falência múltipla dos órgãos levando à morte.
a ficha do protocolo de sepse deve acompanhar o paciente durante todo o atendimento de tratamento das 6 primeiras horas, a fim de facilitar a Page 7 INSTITUTO LATINO AMERICANO DE SEPSE Revisado em: agosto de 2018 comunicação nos pontos de transição entre as equipes de diferentes turnos ou setores e resolver pendências ...