A Dívida Pública Federal (DPF) do Brasil continuou a crescer no mês de julho. Com alta de 1,02%, o estoque alcançou R$ 7,139 trilhões, ante R$ 7,067 trilhões no mês anterior, em valores nominais, segundo os dados da Secretaria do Tesouro Nacional, divulgados nesta sexta-feira (30).
Dívida pública chegará a 80% do PIB em 2024 e continuará crescendo, diz IFI. Em novo Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF), a Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado aponta dificuldades do governo federal na sustentabilidade dos gastos públicos mesmo com a melhora na previsão do crescimento do país.
O passivo inclui os débitos do governo no Brasil e no exterior. Em maio, o estoque da dívida havia atingido R$ 6,9 trilhões. Ao levar em conta o PAF (Plano Anual de Financiamento), a DPF encerrou o mês dentro do intervalo estabelecido para 2024 (R$ 7 trilhões a R$ 7,4 trilhões).
As Instituições Financeiras permanecem sendo os principais detentores dos títulos da dívida, com participação de 30,41% na DPMFi (Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), seguidas por Previdência (22,90%), Fundos de Investimento (22,73%) e Não-residentes (9,80%).
São US$ 145 bilhões que estão hoje financiando a dívida do país, o equivalente a quase dois terços das reservas internacionais. Esse valor coloca o Brasil como o quarto maior credor dos EUA, atrás apenas de China, Japão e Reino Unido.
Quais os países mais endividados do mundo em 2024?
Quais são os países mais endividados?
Japão: O Japão continua no topo com uma proporção dívida/PIB que ultrapassa 260%. ...
Grécia: Conhecida por sua crise financeira na última década, a Grécia permanece com uma dívida considerável, com uma proporção dívida/PIB em torno de 200%.
O resultado nominal do setor público consolidado é formado pelo saldo das receitas sob as despesas e inclui o pagamento dos juros da dívida pública. O rombo fiscal de R$ 1,128 trilhão corresponde a 10,02% do PIB (Produto Interno Bruto).
No Brasil, a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) é o órgão responsável por “administrar as dívidas públicas mobiliária e contratual, interna e externa, de responsabilidade direta e indireta do Tesouro Nacional”, conforme definido pelo Ministério da Fazenda, em observância ao Decreto nº 4.643, de 24/03/2003.
Título: Japão já é o país mais endividado do mundo
ª Guerra Mundial e tem o crescimento cortado pela metade, diante da crise natural e nuclear que o país enfrenta. Os dados são da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A dívida pública brasileira cresce porque há acelerada piora das contas públicas. Com gastos e déficit em aceleração, o governo precisa tomar mais dinheiro emprestado para fechar as contas – e é exatamente isso que tem ocorrido. Dados do Banco Central mostram que a dívida do governo já soma R$ 6,8 trilhões.
O aumento na estimativa de arrecadação fez o governo reduzir para R$ 28,3 bilhões a estimativa de déficit primário em 2024. O valor é R$ 400 milhões inferior ao limite mínimo da margem de tolerância para o cumprimento da meta.
O estoque da Dívida Pública Federal externa (DPFe) subiu 1,28% (termos nominais) no período, encerrando julho em R$ 317,63 bilhões (US$ 56,10 bilhões). As informações constam do Relatório Mensal da Dívida (RMD) referente a julho de 2024, produzido pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
É verdade que o Brasil é o terceiro país mais endividado?
O Brasil, ao lado da Ucrânia, é o terceiro país mais endividado entre os emergentes, segundo o relatório Monitor Fiscal, do Fundo Monetário Internacional (FMI). O documento projeta que a dívida pública bruta do país vai ficar em 88,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023.
Perguntas Frequentes sobre dívida externa do Brasil Para quais países o Brasil deve? O Brasil deve dinheiro ao Fundo Monetário Internacional (FMI), que é uma instituição supranacional (ou seja, não pertence a nenhum país). Por isso, o Brasil não deve a países específicos.
Mas o financiamento segue na casa das dezenas de bilhões de dólares, de acordo com os dados mais recentes da AidData, que documentou US$ 79 bilhões (R$ 385,65 bilhões) em compromissos para 2021, incluindo subvenções e empréstimos, um aumento de US$ 5 bilhões (R$ 24,41 bilhões) em relação ao ano anterior.
O FMI (Fundo Monetário Internacional) estima que a dívida do Brasil continuará em expansão até, pelo menos, 2029. Segundo a entidade internacional, a dívida fechou 2023 em 84,7% do PIB (Produto Interno Bruto). Avançará a 86,7% em 2024 até chegar a um pico de 93,9% em 2029.