Sendo assim, Platão descreve uma sociedade perfeita que foi intitulada A República. A República deveria ser governada por filósofos, porque somente eles têm a sabedoria para um bom líder.
Ao concluir, Platão resume a discussão e reafirma as condições que, por natureza, são necessárias ao futuro filósofo-governante: ter uma boa memória; ser rápido para adquirir conhecimento; ser capaz de pensamentos grandiosos; ser dotado de elegância ou graça no pensar; ser amigo da verdade, da justiça, da coragem e da ...
Sofocracia (de sophrosine: virtude da moderação), ou governo dos sábios, é a teoria filosófica antiga de um sistema político defendido por Platão em A República. Neste sistema, só poderá governar quem contemplou a ideia de Bem, o filósofo.
Para Platão o Estado justo só é possível com pessoas educadas. Para Platão somente o melhor guardião deverá governar o Estado. São necessárias soberanas virtudes guerreiras e pacíficas. O exercício do poder supremo está condicionado ao fato de uma educação perfeita.
Platão descendia do grande legislador Sólon e era parente Cádimes e Crítias[2], tiranos que assumiram o poder em Atenas. No modelo aristocrático ateniense, o governo era exercido diretamente pelos cidadãos reunidos na assembléia.
No modelo político ideal de Platão, seria a característica dos governantes e legisladores também, pois a capacidade racional e o intelecto os levaria a um modo de governar justo e que atendesse da melhor forma o interesse de toda a cidade.
A adoção de uma ou outra variava de acordo com o contexto político e social: se o momento fosse de tranquilidade, paz e estabilidade, a monarquia seria o melhor governo; se de convulsão e de conflitos extremos, a república corresponderia à melhor alternativa.
Platão, nesse livro, propõe um Estado ideal, uma utopia. Nessa utopia, todas as peças da sociedade deveriam estar perfeitamente encaixadas no lugar certo, pois somente assim tudo funcionaria corretamente. Em primeiro lugar, o objetivo do Estado ideal deve ser a Justiça e o Bem.
Qual é a visão de Platão sobre o governo ideal conforme descrito na República?
Platão acreditava que todas as formas de governo poderiam ser corrompidas pelos homens porque os mesmo não possuíam a educação e a virtude adequada. Sendo assim, Platão descreve uma sociedade perfeita que foi intitulada A República.
Perceba como ele colocou a Tirania como a consequência ruim de uma Monarquia. A Oligarquia, como o desvirtuamento da Aristocracia. E, um sistema de Anarquia como a consequência ruim da Democracia.
Para o filósofo Porter, há algo mais a destacar. Embora a ideia de ser governado por aristocratas nos cause ruído, no fundo o que Platão queria era uma liderança de pessoas desinteressadas em prazeres vazios, porque assim seriam incorruptíveis e, graças à sua educação, tomariam decisões acertadas, almejando a virtude.
Em suma, Platão criticava a democracia por acreditar que ela não era capaz de garantir um governo justo e estável, e via a relação entre democracia e justiça como problemática devido à falta de conhecimento e sabedoria dos governantes democráticos.
Platão defendia o Inatismo, nascemos como principios racionais e idèias inatas. A origem das idéias segundo Platão é dado por dois mundos que são o mundo inteligivel, que é o mundo que nós, antes de nascer, passamos para ter as idéias assimiladas em nossas mentes.
De acordo com Platão (A República 458a-460e), no Estado Ideal, compreende-se que o controle seletivo para constituir a elite aristocrática – governantes ou guardiães do Estado – deve se realizar pelo conúbio dos melhores homens com as melhores mulheres.
Nesse sentido, a democracia, em sua forma extrema e desmesurada, seria o regime que, ao ver de Platão, institucionalizaria o amadorismo e o diletantismo como práticas políticas correntes e cotidianas, instaurando um governo dos ineptos que põe em risco a ordem moral e institucional da pólis.
A oligarquia, era para Platão, o governo dos ricos, ávidos por poder e dinheiro. [...] Também Aristóteles definiu a oligarquia como uma das três formas de governo possíveis, com a monarquia – o governo de um – e a democracia – o governo de muitos.
Ele defende que os cidadãos deveriam se dividir em três classes: as pessoas comuns, os soldados e os guardiões. Apenas esses últimos poderiam exercer o poder político. Segundo o pensamento platônico, para afastar o mal era necessário conhecer e respeitar a justiça.
Existem hoje três sistemas de governo: presidencialista, semipresidencialista e parlamentarista. Neste último, incluem-se as monarquias, nas quais o poder de fato é exercido pela figura do Primeiro Ministro, como é o caso da Inglaterra.
Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política é a ciência que tem por objetivo a felicidade humana e divide-se em ética (que se preocupa com a felicidade individual do homem na Cidade-Estado, ou pólis), e na política propriamente dita (que se preocupa com a felicidade coletiva).
A democracia, de acordo com o ponto de vista de Platão na República, agrupa todos os males em uma única constituição, logo é nesse sentido que ela é necessariamente uma corrupção da oligarquia, visto que surge do conflito entre os pobres e os ricos da pólis oligárquica.
Seguindo a mesma linha de raciocínio, Platão acreditava que a aristocracia representava a junção da sabedoria e da virtude, pois, os cidadãos capacitados intelectualmente poderiam atender a todos, sem fazer distinção.
O idealismo platônico é o que há de mais marcante em sua obra. Com base na noção de que o conhecimento das Ideias ou Formas puras, imutáveis e perfeitas é o único conhecimento verdadeiro (obtido pelo intelecto), o filósofo afirmou que o nosso conhecimento sobre a matéria (obtido pelos sentidos) é enganoso.