Dessa maneira, o registro dos quilombos é muito importante. A partir deles é que conseguimos dar visibilidade a história e a contribuição negra para formação do país”, acrescenta Françoise. As comunidades quilombolas além de contar a história, mantêm tradições seculares como, por exemplo, o congado e rosário.
“Conhecer os quilombos é valorizar a cultura negra além da escravidão, possibilitando ao aluno descobrir um relato plural, feito por outros sujeitos, e descobrir que ainda há lutas que ocorrem no presente, como a dos quilombolas pelo direito a suas terras, cultura e identidade”, acrescenta.
Por que é importante conhecer as comunidades quilombolas?
Os quilombos se constituem como territórios que expressam a luta coletiva da população negra ao longo da história e que resistem mesmo diante dos ataques do racismo estrutural.
A educação quilombola para a comunidade é de fundamental importância, centraliza suas raízes históricas, costumes e conhecimentos, é ela que possibilita novos horizontes.
Com os quilombos, podemos aprender o que é justiça para esses grupos. Trata-se de uma justiça reconciliatória com nosso passado, presente e futuro, baseada na responsabilização de todas as pessoas em reconhecer seus lugares de fala, de escuta e de ação.
O território dos remanescentes de quilombo é utilizado para garantir a sua reprodução física, social, econômica e cultural, pois é nele que acontecem os conflitos, as relações sociais, as paixões humanas, além de ser um elemento base na formulação de políticas voltadas para estes atores sociais.
Na formação inicial e continuada de professores/as para a educação escolar quilombola, as diretrizes destacam a importância da inclusão do estudo de memória, ancestralidade, oralidade, corporeidade, estética e do etnodesenvolvimento, produzido pelos quilombolas ao longo do seu processo histórico, político, econômico e ...
Os quilombos eram comunidades de africanos e seus descendentes que fugiam da escravidão. Nesses locais viviam em liberdade, produzindo o que necessitavam para viver. Eram locais onde tinham a possibilidade de resgatar suas tradições culturais e religiosas.
A escola nas comunidades quilombolas deve ser oferecida com formação específica em seu quadro docente, observando os princípios constitucionais, bem como deve atender à base nacional comum e os princípios que orientam a educação básica brasileira.
Um dos direitos mais importantes dos Povos quilombolas é o direito a terra. Essas comunidades têm o direito de ocupar e utilizar as terras que tradicionalmente ocupam, de acordo com suas práticas culturais e de subsistência. Essa garantia é fundamental para a preservação de sua identidade e modo de vida.
Por que é importante respeitar e valorizar as culturas quilombolas?
Os quilombolas representam uma parte essencial da história e da diversidade cultural do Brasil. Apesar dos avanços legais e constitucionais, ainda enfrentam grandes desafios para garantir seus direitos e a preservação de sua identidade e territórios.
Qual é uma ação para valorizar a cultura quilombola?
Através da capacitação em permacultura, que passa a integrar o projeto, os quilombolas poderão identificar o melhor produto a cultivar na terra disponível e a forma mais adequada de utilizar os recursos que a natureza oferece em suas comunidades.
Qual é a importância das comunidades quilombolas para a cultura brasileira?
Além do significado de resistência que carregam, os quilombos representam também a integração dos diversos povos africanos trazidos para o Brasil e os povos originários. Pela violência do processo colonial, ambas populações tiveram suas vidas e identidades culturais sequestradas repentinamente.
Qual a importância dos povos tradicionais quilombolas?
Estes povos desenvolveram formas de manejo que têm se mostrado muito importantes para a conservação da biodiversidade no Brasil. Esse manejo incluiu a transformação do solo pobre da Amazônia em um tipo muito fértil, a Terra Preta de Índio.
Qual a importância dos quilombos para a cultura negra?
Estes locais, primeiro espaço em que os africanos se sentiram verdadeiramente livres na colônia, movidos por várias interações sociais com diversas camadas da sociedade colonial, possibilitou um encontro de culturas africanas, fazendo com estas culturas, mais à cultura branca e indígena que estava em constate contato ...
Da descoberta das terras brasileiras em 1500 até 1888, a escravidão era parte do sistema de trabalho do país. E os negros que conseguiam fugir de suas senzalaz se refugiavam com outros escravos fugidos em locais isolados no meio da mata. Estes locais eram conhecidos como Quilombos.
As comunidades quilombolas além de contar a história, mantêm tradições seculares como, por exemplo, o congado e rosário. Além das religiões de matriz africana. “Os quilombos fazem parte da manutenção da nossa história e da cultura brasileira.
A educação quilombola é fundamental para a valorização e manutenção de nossa existência – negada pelo Estado e por parte da sociedade –, para que todos conheçam nossa cultura, e possam promover autoestima de crianças e jovens, que desde cedo são vítimas de discriminação.
A falta de infraestrutura escolar, as dificuldades de transporte e o apagamento histórico dos quilombolas no conteúdo das disciplinas são alguns dos entraves. Em 2012, foram criadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica.
Qual a importância de preservar a cultura quilombola?
É um cuidado com as pessoas, com as plantas e os animais, com a terra, com as águas, feito em grande medida pelas mulheres quilombolas. O Estado brasileiro consolidou o entendimento de que a sobreposição de unidades de conservação ambiental e de territórios quilombolas não representa conflitos, mas convergências.
Quilombolas são os descendentes e remanescentes de comunidades formadas por escravizados fugitivos (os quilombos), entre o século XVI e o ano de 1888 (quando houve a abolição da escravatura), no Brasil.
O quilombo é um território importante para a luta do movimento negro no Brasil, pois simboliza um espaço de resistência contra o regime de escravidão e um local de preservação das tradições da população afro-brasileira desde o século 16.
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola, de 2012, estas escolas devem estar inscritas em suas terras, e ter uma pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-cultural de cada comunidade, bem como reconhecer e valorizar sua diversidade cultural.
É a pessoa que, morando ou não em um quilombo, se identifica com a cultura quilombola. Ela pode estar matriculada em qualquer etapa da Educação Básica, bem como na Educação de Jovens e Adultos (EJA).
As crianças quilombolas dão sentido ao que fazem em relação com os significados que produzem sobre o ambiente e isso implica diretamente na constituição de uma noção de pertencimento em relação ao território no qual vivem.