Qual a importância do funk para a cultura brasileira?
O funk é hoje considerado uma das maiores manifestações culturais de massa do Brasil e está diretamente relacionado aos estilos de vida e experiências da juventude oriunda de favelas, portanto ele reflete a vida cotidiana em morros e comunidades do Rio de Janeiro.
Por que o funk tem uma importância muito grande para o Brasil?
O funk dá visibilidade às favelas no cenário musical e incentiva os jovens das periferias a acreditar em outras possibilidades através das letras das músicas.
No Brasil, o funk chegou no final dos anos 1970. O primeiro disco do gênero, “Funk Brasil”, do DJ Marlboro, marcou o início do funk no país. Hoje, com mais de 30 anos de história, o funk já faz parte do calendário oficial, sendo celebrado todo 7 de julho.
Para as comunidades, o funk é uma maneira de expor as vivências do cotidiano. Ao mesmo tempo em que o funk é visto como uma forma de manifestação cultural, pode também ser responsável pela inserção dos jovens no meio artístico e no ativismo social.
Qual a importância do funk para a sociedade brasileira?
Resumo. O funk é hoje considerado uma das maiores manifestações culturais de massa do Brasil e está diretamente relacionado aos estilos de vida e experiências da juventude oriunda de favelas, portanto ele reflete a vida cotidiana em morros e comunidades do Rio de Janeiro.
História do Funk | Conheça a trajetória do gênero musical que, quando toca, ninguém fica parado
Qual o propósito do funk?
Inicialmente as letras falavam sobre drogas, armas e a vida nas favelas, posteriormente a temática principal do funk veio a ser a erótica, com letras de conotação sexual e de duplo sentido.
O Funk é um estilo muito em alta atualmente, ele abrange várias temáticas, porém geralmente transmitem sentimentos de descontração, por isso é tão popular. O Pagode, apesar de ser igualmente descontraído, ele tende a retratar os assuntos amorosos, seja de decepção ou de alegria.
Nesse contexto, o funk, como produto cultural, determina o modo de ser jovem, reforça valores, envolve-o nas representações identitárias, ligadas a um desejo simultâneo de autoafirmação, de liberdade, de inclusão e de resistência.
“O funk é tudo isso, mistura musical, poesia que expressa a realidade das pessoas e é também festa, é música feita pra dançar, é corpo, é uma forma de lidar com o corpo e com a sexualidade”, conta. “É uma expressão artística de vanguarda, inovadora, transgressora, que desafia regras, códigos e limites”.
Para começar a recontar as origens das músicas de funk no Brasil é preciso voltar ao final dos anos 50 e início dos anos 60, quando músicas do estilo soul, rhythm and blues e até mesmo o gospel americano chegaram ao Brasil e começaram a influenciar o gosto musical por aqui.
Fernando Luís Mattos da Matta, conhecido como DJ Marlboro, foi o principal responsável por fazer o gênero se tornar o que é hoje. Ele quem introduziu a bateria eletrônica no gênero musical, recurso esse que perdura até os dias atuais. No final da década de 1980, o DJ lança seu primeiro disco, intitulado “Funk Brasil”.
Como dissemos, quando o funk chegou no Brasil, ele nada mais era que a reprodução dos funks clássicos norte-americanos. Ou seja, as músicas tão conhecidas por lá se tornaram populares aqui. Além disso, aqueles que se aventuravam a criar suas próprias canções, seguiam o mesmo ritmo tão conhecido por Brown e Davis.
Porque o funk se tornou uma manifestação cultural?
Cantado em português, o funk frequentemente se tornou um canal para se relatar as dificuldades da vida na comunidade. Em meio à denúncia, entretanto, o tom raramente soa resignado ou melancólico. Muito mais comum nas letras é o orgulho da favela, da sua potência criativa e capacidade de animação.
O Funk carioca foi o segundo gênero musical mais escutado em 2022; já o Funk ostentação ocupou a 12ª posição. Neste primeiro semestre de 2023, as regiões Sudeste e Sul dominam o ranking dos estados brasileiros que mais escutam os estilos, segundo o Spotify.
O ritmo característico das favelas e periferias fluminenses, ganhou uma conotação pejorativa durante a década de 2000 com o surgimento de letras que faziam apologia ao crime, uso de drogas e objetificação do corpo da mulher com sua vertente intocável nas rádios: os chamados proibidões.
Suas letras e composições muitas vezes abordam questões sociais, políticas e culturais, dando voz às camadas mais marginalizadas da sociedade e, ao mesmo tempo, promovendo maior representatividade.
Popularmente, o funk tem a função de aumentar a interação social e serve para difundir os interesses dos alunos de uma forma descomplicada, onde a prioridade é se divertir e passar o tempo da melhor forma possível, longe do preconceito ou estereótipo midiático.
Segundo Bruno Ramos, o funk já provou que salva vidas. "Ele tira crianças das mãos do crime, dá um caminho profissional para muitos jovens, permite espaços de liberdade e o reconhecimento para as mulheres e para a comunidade LGBTQIA+, que são esses corpos estigmatizados pela grande mídia”, enfatizou.
Ao mesmo tempo, o ritmo também passa a retratar a dura realidade nas comunidades, como a violência, o porte de armas e o crime. Com o surgimento dos “bailes proibidões”, começaram as acusações de que o ritmo estaria relacionado ao tráfico. Um exemplo disso é a canção 'Rap das Armas', de Cidinho e Doca, lançada em 2009.
O funk (pronúncia: [fânc]) é um gênero musical que se originou em comunidades afro-americanas em meados da década de 1960, quando músicos afro-americanos criaram uma nova forma de música rítmica e dançante através da mistura de soul, jazz e rhythm and blues.
O funk surgiu entre as décadas de 1950/60 nas comunidades negras dos Estados Unidos, quando misturaram os gêneros musicais soul, jazz e rhythm and blues. A partir de então, surgem os primeiros artistas a serem identificados com o estilo musical que hoje é chamado de funk.
Apesar de ainda ser muito discriminado por grande parte da sociedade, o funk vem ganhando respeito na música e representando a comunidade. O funk é uma forma de porta-voz da favela, e a maneira como é criminalizado nega espaço às periferias e pautas importantes debatidas, como o racismo e a violência policial.