Qual a principal diferença entre a concepção de inconsciente de Lacan e Freud?
No entanto, diferentemente de Freud, que pensava o inconsciente como "intrapsíquico", isto é, como parte tópica do aparelho psíquico, Lacan pensava o inconsciente como um discurso, não estando ele dentro ou fora de alguém, e sim como efeito do significante.
Qual é a principal diferença entre a concepção de inconsciente de Lacan e Freud?
Em Freud o desejo, de algum modo, mobiliza o sujeito para um objeto, enquanto que em Lacan, o objeto acena para o sujeito como causa do desejo e este, enquanto sujeito de alguma falta, é impulsionado. Como já foi abordado em outros episódios, outra diferença entre Freud e Lacan é a questão da angústia.
O termo inconsciente se referia a algo que estava fora da consciência e não a um sistema psíquico autônomo e com leis próprias, sendo empregado de forma puramente adjetiva para designar aquilo que não era consciente.
No texto metapsicológico “O Inconsciente” (1980/1915a), Freud defende a tese da existência de processos psíquicos inconscientes, demonstrando que a equivalência convencional entre psíquico e consciente é completamente inadequada e calcada numa superestima outorgada à consciência.
Qual é a função principal do inconsciente na teoria psicanalítica de Freud?
Segundo a perspectiva freudiana, o inconsciente atua como um repressor de conteúdos que são impedidos de ter acesso ao plano do consciente. Ao longo da análise, o psicanalista precisa dispor de ferramentas e técnicas para ter acesso ao inconsciente do paciente.
E, dentro da teoria criada por Sigmund Freud, está a teoria do inconsciente. Basicamente, porque a inconsciência da mente humana é a premissa fundamental, além de constituir o principal objeto de estudo. A teoria do inconsciente divide a mente humana em consciente e no que denomina como “outro cenário”.
Freud nos mostrou como o Inconsciente existia, como topicamente se localizava em um utópico sistema psíquico e como ele atuava nas emoções, no pensamento e no comportamento humano. Ele nos trouxe seu funcionamento e suas leis gerais com a preocupação de mantê-lo sempre atrelado as suas observações clínicas.
A psicanálise foi fundada por Sigmund Freud. Freud acreditava que as pessoas poderiam ser curadas tornando conscientes seus pensamentos e motivações inconscientes, obtendo assim "insight". O objetivo da terapia psicanalítica é liberar emoções e experiências reprimidas, ou seja, tornar o inconsciente consciente.
O método psicanalítico consiste em: observação, investigação e interpretação. Sobre o primeiro, desde as histéricas de Freud, o olhar clínico, detalhista, nosográfico, aprendido com Charcot, fora essencial no terreno da psicopatologia (Freud, 1893/1977).
Sua afirmação de que o inconsciente se estrutura como linguagem, somada às noções de simbólico, imaginário e real, são algumas das contribuições decisivas de seu trabalho. Seu nome completo era Jacques Marie Émile Lacan, nascido na cidade de Paris em 1901, em plena belle époque.
Para Lacan, o sujeito é constituído a partir de sua inserção no universo humano, o que supõe sua passagem pela porta da linguagem, universo do simbólico. Uma vez que a linguagem é o que há de mais coletivo, o sujeito, efeito do significante é, por sua vez, sempre coletivo.
Lacan focou seus estudos na manifestação do inconsciente, que Freud abordou em textos como A Interpretação dos Sonhos, Sobre a PsicoPatologia da Vida Cotidiana e Os Chistes e sua Relação com o Inconsciente, publicados entre o fim do século 19 e o começo do século 20.
O inconsciente, segundo a Teoria Psicanalítica da Personalidade, desenvolvida pelo médico e psiquiatra alemão Sigmund Freud no final do século 19, é um “reservatório” de sentimentos, pensamentos, impulsos e memórias que estão fora da percepção consciente.
Embora Lacan também tenha formulado conceitos como Real, Simbólico e Imaginário, objeto a, gozo, entre outros, ele considera como os quatro conceitos fundamentais da teoria psicanalítica os já propostos e demarcados por Freud: Inconsciente, Repetição, Transferência e Pulsão.
Ele acreditava que boa parte daquilo que vivemos — emoções, impulsos e crenças — surge a partir de nosso inconsciente e não é visível pela mente consciente. Lembranças traumáticas, por exemplo, ficam “bloqueadas” na memória de um indivíduo, mas continuam ativas sem sabermos e podem reaparecer em certas circunstâncias.
Segundo o pensamento de Freud, o ego era o elemento principal dentre as três estruturas psíquicas. O ego opera no campo do consciente e faz uma mediação entre o id e a terceira parte da mente, o superego. Por fim, o superego é compreendido na psicanálise como uma parte tanto consciente quanto inconsciente.
O que Freud concluiu sobre o consciente e o inconsciente?
De fato, ao afirmar que o inconsciente pensa, Freud desaloja a consciência de seu lugar de centro, alterando assim o privilégio conferido aos pensamentos conscientes. O cerne de sua descoberta vem demonstrar que os processos de pensamentos inconscientes se produzem à margem da consciência e dela independem.
O inconsciente manifesta-se aqui segundo o modo da repetição de um traço que perdura. Essa repetição age até que haja a sua resolução: a resolução é a aprendizagem no sentido psicanalítico, isto é, a re-significação.
Os psicólogos alemães do século XIX Gustav Fechner e Wilhelm Wundt começaram a usar o termo "inconsciente" em sua psicologia experimental, no contexto de múltiplos e confusos dados dos sentidos que a mente organiza num nível inconsciente antes de revelá-los num todo convincente na forma consciente.
Vários foram os filósofos que antes de Freud, abordaram o conceito de processos não-conscientes. Contudo, dentre esses autores aquele que mais se destacou pela sua aproximação com a teoria psicanalítica foi o filósofo Arthur Schopenhauer.
“O caráter de um homem é formado pelas pessoas que escolheu para conviver.” “Um dia, quando olhares para trás, verás que os dias mais belos foram aqueles em que lutaste.” “Nunca tenha certeza de nada, porque a sabedoria começa com a dúvida.” “Nós poderíamos ser muito melhores se não quiséssemos ser tão bons.”
Freud descreve três destinos: inibido; ligado a nova idéia, campo da neurose – se ligar-se ao corpo temos o sintoma conversivo; se for a algum objeto do mundo externo temos os sintomas fóbicos. Assim, o destino da representação de afeto organiza o caminho do sintoma como efeito do recalcamento.