Quais as principais diferenças entre Freud e Jung?
É muito importante destacar a diferença que eles atribuíam ao inconsciente. Enquanto Freud acreditava que este consistia em um depósito de conteúdos reprimidos, se limitando ao âmbito pessoal, Jung enxergava o inconsciente em duas camadas: a individual e a coletiva.
Ambos tinham em comum um grande interesse pela sexualidade e esse interesse leva-os à constatação de que a causa das moléstias que tratavam estava aí: tinham como origem a sexualidade.
Jung, ao lado de Freud, foi um dos precursores da Psicologia Profunda, mostrando que a psique se estende muito além da consciência. Jung fez alguns experimentos de associação de palavras e, a partir deles, introduziu a noção de complexo, palavra hoje popularizada.
Jung postulou a existência de arquétipos, padrões universais de pensamento e comportamento que se manifestam em mitos, contos de fadas e símbolos culturais. Esses arquétipos, como o herói, a mãe e o malandro, permearam nossa psique, moldando nossa percepção do mundo e influenciando nossas escolhas.
Jung e Freud: Pondé fala da interpretação deles de inconsciente
Qual o pensamento principal de Jung?
De acordo com a teoria junguiana, a finalidade da vida humana poderia ser vista como a própria construção da consciência. Segundo ela, a consciência, portanto, não é simplesmente uma espectadora do mundo, mas participa de sua criação, como se o mundo só pudesse existir ao ser conscientemente refletido.
De um lado, Jung defendia a existência de um inconsciente coletivo, que afeta as emoções e os comportamentos do consciente com o peso das origens e dos valores sociais da humanidade. Já Freud preconizava a presença do inconsciente pessoal, impulsionador do desejo sexual, dentro de uma ideia de busca de prazer.
Diferente de Freud, que via o inconsciente como um depósito de elementos rejeitados pela consciência somente, Jung acreditava que o inconsciente humano tinha capacidades ainda pouco conhecidas, podendo ir além daquilo que lhe era atribuído normalmente.
A Psicologia Analítica ou Junguiana, baseia-se nas ideias do Dr. Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço. Jung observava o inconsciente como um complemento que se comunica com a consciência, e não apenas como um simples depósito de experiências reprimidas.
Para Jung, o que definia a personalidade introvertida e extrovertida eram atitudes em relação aos fenômenos subjetivos, frutos da imaginação e do próprio pensamento, e aos objetos externos a si mesmo, o que acontece à nossa volta.
Por influência do pai, que era pastor protestante, Jung começou a seguir a carreira eclesiástica. Contudo, optou por estudar Medicina na Universidade da Basileia no lugar, passando a se interessar pelas questões da mente humana e pela psiquiatria. Ele ingressou em 1895 e concluiu o curso em 1900.
Na visão de Jung, o inconsciente é representado por padrões os quais são representados por arquétipos. Estes influenciam as nossas emoções, pensamentos, comportamentos e opiniões sutilmente, de forma que não nos damos conta.
A psicanálise foi fundada por Sigmund Freud. Freud acreditava que as pessoas poderiam ser curadas tornando conscientes seus pensamentos e motivações inconscientes, obtendo assim "insight". O objetivo da terapia psicanalítica é liberar emoções e experiências reprimidas, ou seja, tornar o inconsciente consciente.
Jung, e também é conhecida como Psicologia Analítica. Tem como característica principal integrar aspectos inconscientes à consciência, com o objetivo de proporcionar equilíbrio e bem-estar ao indivíduo, ajudando o paciente a viver de acordo com o que ele realmente é e resgatar a sua essência.
O fundador da psicologia analítica elaborou uma teoria da personalidade de forma bastante sistemática, entendendo que a personalidade total seria formada por elementos ou sistemas diversos, como: ego, inconsciente pessoal, inconsciente coletivo, complexos, arquétipos, anima, animus, sombra e self.
Qual a teoria desenvolvida por Jung para explicar a personalidade?
A personalidade como expressão da totalidade do homem foi circunscrita por C. G. Jung como sendo o ideal do adulto, cuja realização consciente por meio da "individuação" representa o marco final do desenvolvimento humano para o período situado além da metade da existência.
Jung foi um autor que começou seus estudos junto com Freud, estudando psicanálise, mas no decorrer de sua carreira ele rompe com Freud e desenvolve sua própria técnica conhecida como psicologia analítica.
Jung classifica a sensação e a intuição, juntas, como as formas de apreender informações, ao contrário das formas de tomar decisões. A sensação refere-se a um enfoque na experiência direta, na percepção de detalhes, de fatos concretos, o que uma pessoa pode ver, tocar, cheirar.
Jung lembra que "a crença de que Deus é o Summum Bonum é impossível para uma consciência reflexiva" (Jung, 1952/1989, p. 419), pelo fato de essa imagem não dar conta das contradições internas - não só da experiência psíquica como também da própria experiência religiosa.
Jung dedicou-se ao estudo do Inconsciente e “curvou-se” perante as teorias de Freud, sobretudo acerca da libido como energia psíquica e sexual. No início, Jung se submeteu ao entendimento e aceitação total das teorias de Freud, sem as questionar.
A proposta de intervenções clínicas de Jung consistia justamente em explorar o diálogo entre os conteúdos inconscientes e os arquétipos, e seria justamente a distância entre esses elementos a origem do adoecimento psíquico. No Brasil, a teoria junguiana teve bastante ressonância.
Por volta de 1912, a distância entre os dois aumentou. O momento em que ambos decidiram contemplar a religião, ao mesmo tempo, bastou para destruir a parceria. Freud terminou produzindo “Totem e Tabu” (1913), que apontava o complexo de Édipo como origem da religião —e, de fato, da própria cultura.
Na visão de Jung, o Tipo Psicológico de um indivíduo é determinado pela introversão ou extroversão, e por quatro funções conscientes que o ego habitualmente emprega, as funções psíquicas.
Jung sobreviveu à sua mulher, Emma, e à sua amante Toni Wolff. Faleceu por volta das quatro horas, após uma curta enfermidade precedida por uma embolia e um acidente vascular cerebral.