Você não reconhece seu corpo, sua aparência ou suas próprias emoções”. No filme, Barbie enfrenta uma crise existencial após se aventurar no “Mundo Real”, questionando quem ela é, experimentando os desafios do perfeccionismo e as armadilhas das expectativas de tentar ser alguém melhor.
Arrecadando quase US$ 1,5 bilhão, o longa dirigido por Greta Gerwig e protagonizado por Margot Robbie buscou oferecer uma retratação divertida da popular boneca ao mesmo tempo em que não deixa de abordar questões sociais, especialmente o machismo na sociedade contemporânea — e o equilíbrio proposto pelo feminismo.
Os resultados indicaram que o filme aborda o brinquedo como algo que não pode ser manipulado pela criança, que os padrões de beleza que a boneca representa são incompatíveis com o corpo humano provocando problemas de saúde física e mental para aqueles que usam a boneca como modelo.
“Barbie destaca que sem autocuidado e equilíbrio emocional, dificilmente se consegue enfrentar as adversidades da vida, uma vez que o reconhecimento das emoções e das imperfeições, leva ao aprendizado em lidar com elas.
Se permitir sentir, romper com a dependência emocional, desafiar os padrões de beleza irreais e evitar a armadilha da felicidade tóxica são aspectos cruciais que podemos aprender com essa produção.
Barbie | FINAL EXPLICADO - Qual a VERDADEIRA mensagem do filme? E as metáforas do filme
Qual a crítica por trás do filme da Barbie?
Uma boa direção consegue transformar um roteiro bom em um grande filme, mas nada salva um roteiro Ruim. A direção de Grata Gerwig deixa a desejar, ela cria um filme cheio defeito que em nenhum momento consegue ser aquilo que se esperava. Barbie é a grande decepção do ano até o momento.
O filme retrata uma realidade paralela onde mulheres são dominantes, porém, mesmo assim, o filme ainda se mantém dentro dos moldes machistas. Apesar de ainda apresentar componentes muito machistas, na época em que foi lançado, o filme causou incômodo em muitos homens.
Lançamentos dessa magnitude fazem com que todo mundo queira participar. Tem casa da Barbie no AirBnB, sapatos e bolsas da Aldo, Crocs, roupas da GAP, além de uma enorme quantidade de produtos como maquiagens, esmaltes, bebidas não alcoólicas – além de tudo aquilo que será lançado pela Mattel.
Segundo a CONAR, essa medida se deve ao fato de que a cena infringe a Seção 11, no Artigo 37 do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, uma vez que as imagens trazem atos reprováveis a crianças, como: atos violentos e ausência de boas maneiras.
Para a docente, o filme da Barbie traz um pouco disso ao transportar a boneca para o mundo real. No futuro, a professora espera que os outros filmes da boneca tratem de mais questões relacionadas ao papel da mulher na sociedade.
Ter todo mundo vendo a Barbie ir ao ginecologista normaliza a experiência. Ela solidifica o entendimento de que a saúde reprodutiva é parte da saúde geral.
O filme não apenas honra o legado da Barbie, mas também ressalta a importância de representatividade e diversidade na mídia. Assim como a Barbie sempre se esforçou para se adaptar aos tempos modernos, o filme busca refletir a diversidade e a inclusão da sociedade atual.
Ao mesmo tempo, não existe (pelo menos não foi mostrado) um Ken 100% Estereotipado, do mesmo jeito que não existe uma Barbie 100% Praia. Desse modo, Barbie e Ken de Robbie e Gosling são "forçados" a ficarem juntos. Talvez isso seja um dos motivos pelo qual Barbie passa a ter crises de identidade.
Nos momentos finais do filme, Barbie volta para a Barbielândia com Sasha e Gloria e se espanta ao ver que sua casa foi invadida e que todas as Barbies que eram super poderosas e independentes estão agora apenas servindo os Ken.
O filme faz parte de uma campanha de femvertising baseando-se numa retórica pós-feminista da “feminilidade poderosa” que na verdade reproduz clichés sexistas.
Ao contrário da visão superficial frequentemente associada à boneca, o filme lança um olhar crítico sobre os construtos de gênero, expondo as dicotomias de uma sociedade patriarcal representada pelo mundo real e uma sociedade matriarcal retratada pelo mundo da Barbie.
Empoderamento feminino, independência financeira e crescimento econômico andam juntos. A Barbie é um grande sucesso de vendas e se mantém como um ícone há décadas, provando que as mulheres são um público relevante, precisam ser consideradas em suas necessidades e colaboram ativamente para o crescimento da economia.
Enfim, o filme mostra que a vida não é perfeita e nós também não somos. Assim como a Barbie também possui suas imperfeições, sejam elas estéticas ou não.
O novo sucesso de Hollywood "Barbie" chegou aos cinemas no Japão nesta sexta-feira, onde os memes de "Barbenheimer", que ligam o filme da famosa boneca com um longa-metragem sobre o criador da bomba atômica, causaram rebuliço e fizeram a distribuidora Warner Bros. se desculpar antes do lançamento.
Nos filmes da Barbie, a boneca não se concentra apenas em atingir suas próprias metas, mas também em agregar valor e melhorar a vida das pessoas ao seu redor. Em vendas, o foco principal deve ser o cliente e proporcionar uma experiência satisfatória para ele.
No mais, a principal crítica que se pode fazer a “Barbie” é a de que se trata de um filme com evidentes fins propagandísticos, mas totalmente descompromissado com o feminismo que apregoa.
A Barbie cumpre um papel educativo. Envolta em um mundo de beleza, riqueza e aventura, que supostamente valoriza a diversidade e as diferenças, Barbie está imersa em uma pedagogia cultural, com o intuito de ensinar a supremacia de um tipo de corpo, raça e comportamento, além da produção de subjetividades infantis.
Fato é que o filme tem incomodado uma parcela dos homens, e isso acontece porque no mundo fictício da Barbie as coisas são opostas ao que acontece na sociedade real. As mulheres, ou melhor as Barbies, comandam tudo.
Embora o longa trate da história de uma boneca, o roteiro vai muito além de uma simples jornada da Barbie em busca da salvação da "Barbielândia". No filme estão dispostos a busca por autoconhecimento, as reflexões sobre o papel da mulher na sociedade e piadas que exigem certa maturidade para serem compreendidas.