Platão acreditava na imortalidade da alma, enquanto Epicuro argumentava que não devemos temer a morte, pois, quando ela chega, não estamos mais presentes para experimentá-la. Schopenhauer, por sua vez, considerava a vida como um constante sofrimento, no qual a morte representaria uma espécie de libertação.
Na visão do filósofo, a morte é algo inevitável, que não está relacionada a um determinado tempo ou lugar, assim, a função da morte seria nos ensinar a viver. Não importa se você viveu muitos ou poucos anos, o que importa é a forma e a maneira como você aproveitou esse tempo.
A relação entre morte e vida sempre foi e será muito estreita. Mesmo com dogmas distintos, todas as religiões pregam coisas boas como o amor ao próximo e a paz. E viver dessa forma garante uma “boa partida” para cada um, independente da crença.
O primeiro modo filosófico de considerar a morte é através da nadificação, ou seja, a morte é pensada como: “... uma porta aberta ao nada de realidade humana, sendo esse nada, além disso, a cessação absoluta de ser ou a existência em uma forma não humana.” (SARTRE.
Vida e morte constituem os limites extremos da existência humana nesta terra. Acostumamo-nos tanto com a sua presença que nos desacostumamos a falar e refletir sobre elas. Fazem parte da normalidade do cotidiano, mas quando irrompem assustam e geram espanto, pois a vida desafia a morte e a morte desafia a vida.
A vida após a morte é relatada de diversas formas, por diferentes culturas, religiões e linhas de pensamento. Mas, para além de crenças, fenômenos ligados à permanência do "eu" mesmo após o fim da atividade cerebral são investigados a fundo pela ciência há, pelo menos, 150 anos.
A lembrança da morte nos dá forças para lutarmos contra uma doença e vencê-la. E nos ensina a viver sem grandes amarras ou preocupações que tiram nossa alegria a cada dia. Melhor seria se não precisássemos passar por ela ou por suas saudades para tal. Mas, se necessário, que a gente saiba aproveitar a vida.
Para os filósofos gregos, a vida é uma propriedade da matéria; é eterna e surge quando as condições se mostram propícias. Estas ideias aparecem claramente nos escritos de Tales, de Demócrito, de Epícuro, de Lucrécio e, mesmo, nos de Platão.
A filosofia nos ensina que a morte não é o fim absoluto da existência, mas sim uma transição para outro estado ou forma de existir. Diferentes filósofos têm diferentes visões sobre o que acontece após a morte, mas muitos argumentam que a morte não é o fim definitivo. A morte é algo a ser temido e evitado a todo custo.
A morte pode ser caracterizada como o fim da condição humana e das funções vitais, sociais e psíquicas do ser e como um dado essencial da existência humana. A morte é justamente esse fim que não tem mais começo, esse término definitivo. É a possibilidade humana que finda todas as outras(15).
“O que separa o nascimento da morte é o tempo. Vida é o que fazemos dentro desse tempo; é a nossa experiência. Quando passamos a vida esperando pelo fim do dia, pelo fim de semana, pelas férias, pelo fim do ano, pela aposentadoria, estamos torcendo para que o dia da nossa morte se aproxime mais rápido”.
Os dicionários definem a morte como a cessação definitiva da vida, especialmente a humana, fim da existência de qualquer ser ou ente da natureza. Mera e inevitável interrupção do ciclo vital. Os dois enfoques básicos sobre a morte repousam sobre a ciência e sobre a religião.
A morte não só faz parte, ela é a única certeza da vida. Dá concepção até o nascimento, a quantidade de incertezas que envolve o surgimento e desenvolvimento de uma vida é enorme. A partir daí tudo nessa vida pode acontecer, de bom ou ruim, mas o final será sempre o mesmo, a morte.
A Filosofia permite ao ser humano compreender melhor a si mesmo, a sociedade e o mundo que o cerca, estimulando uma maior autonomia do pensar, agir e se comportar. A partir dela, e ao longo de séculos, foram e são fundamentados projetos, pesquisas, produções científicas, artísticas e culturais.
Platão considerava que a alma após a morte reencarnava em outro corpo, porém a alma que envolvia com a filosofia e com o Bem, era favorecida com a morte do corpo. A ela era oferecida a oportunidade de passar o resto de seu tempo convivendo com os deuses. O conhecimento da alma é que dá razão à vida.
Para que se possa compreender o que de fato significa morte, Platão apresenta o evento de separação de corpo e alma, como algo definitivo. Para o filósofo esta separação indica o estado de existência que, tanto o corpo como a alma, irão percorrer, buscando em “campos” distintos a sua plena realização.
Hoje é um dia de reflexão, onde pensamos sobre a nossa existência e a de quem conhecemos. Filosofar é o ato que nos permite entender nossa finitude, para que possamos valorizar nossas vidas, o tempo que possuímos para viver e como tirar o melhor proveito dessa existência.
Segundo Sócrates, “ninguém sabe o que é a morte, nem se, por- ventura, será para o homem o maior dos bens; todos a temem, como se soubessem ser ela o maior dos males.
O luto é uma experiência única. O filósofo Søren Kierkegaard escreveu que o sofrimento é a condição sob a qual compreendemos melhor a nós mesmos e nossa relação com o mundo. No luto, há uma agudeza dolorosa, mas há também uma oportunidade para uma compreensão mais profunda da vida.
De fato, os seres humanos precisam de sentido, e o propósito é um caminho para isso. Mas propósitos são subjetivos, variando para cada pessoa. Para o filósofo Aristóteles, a felicidade é o sentido e o propósito da vida, sendo o único objetivo e a finalidade da nossa existência.
Em termos da definição Fisiológica, a vida foi definida como qualquer sistema capaz de executar um número de funções tais como: Alimentação, metabolização, excreção, respiração, movimento, crescimento, reprodução, resposta a estímulos externos.
A filosofia não só nos ajuda a ver o mundo de maneira diferente, mas também pode mudar a forma como interagimos com ele. De como podemos ajudar os outros até como enfrentar a morte, ou se devemos tuitar com raiva.
Assim como o nascer, a morte faz parte do processo de vida do ser humano. Portanto, é algo extremamente natural do ponto de vista biológico. Entretanto, o ser humano caracteriza-se também e, principalmente, pelos aspectos simbólicos, ou seja, pelo significado ou pelos valores que ele imprime às coisas.
Mais especificamente, a morte ocorre quando uma entidade viva experimenta o fim irreversível de todo o funcionamento. No que se refere à vida humana, a morte é um processo irreversível em que alguém perde sua existência enquanto pessoa.
O que acontece quando morremos? Quando morremos, nosso espírito e corpo se separam. Mesmo que nosso corpo morra, nosso espírito — que é a essência de quem somos — continua. Nosso espírito vai para o mundo espiritual, que está dividido entre o paraíso e a prisão espiritual.