Os quilombolas da região sudeste foram os primeiros a contar com ritmo e dança reconhecidos como patrimônio histórico e cultural. O jongo veio para o Brasil com os negros de Angola e do Congo escravizados nas fazendas de café dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
Em geral, música, dança e festas de várias influências, inclusive negras, são realizadas entre esse povo. Uma das danças e músicas tradicionais é o lundu, chamado também de "lundum", que foi introduzido no Brasil por meio de africanos trazidos de Angola e do Congo.
Cestas, bancos, porta-retratos, esteiras, tapetes, flores, presépios e demais enfeites são produzidos principalmente a partir da palha da bananeira e da palha do milho, matérias-primas facilmente encontradas na região e usadas no passado pelos quilombolas.
A cultura quilombola, por ser um espaço de trocas e compartilhamento de conteúdos simbólico-afetivos, e por se dar em relação a um contexto social, cultural e político específico, enfatiza as particularidades dos sujeitos que a constituem.
Nas comunidades quilombolas, hoje, existem três religiões predominantes: o catolicismo, o candomblé e o evangelismo. Algumas possuem apenas uma religião, porém, o mais comum é que, numa mesma comunidade, predominem duas ou três religiões diferentes.
Assim, as danças, fandango caiçara e samba de roda, foram determinantes na escolha dos quilombos. Outro critério utilizado é que as lideranças quilombolas, Angélica Maria Ferreira de Souza, em Buri, na Bahia, e Ilton Gonçalves da Silva, em Batuva, no Paraná, são professores/educadores.
Alguns desses materiais são a madeira, a taquara, a palha de milho, a fibra de bananeira, a canela e a piaçava. Esse artesanato é, então, o resultado de um rico repertório de bens culturais que expressam os modos quilombolas de fazer, sentir e se relacionar com a natureza e com a própria comunidade.
Quilombolas usavam com frequência armas e armadilhas aprendidas com os indígenas para defender o quilombo da repressão praticada pelos colonos. O Brasil possui 5.972 localidades quilombolas divididas em 1.672 municípios brasileiros, segundo o IBGE.
Os trajes das cirandeiras, como as saias rodadas, também são significativas da cultura no quilombo. Vestido de saia rodada, colorida, com babados em estilo Andaluz, colares e brincos dourados e maquiagem é como as mulheres ciganas, as calins, gostam de se vestir, explica a artesã Cristiane Cavalcante Viana.
O cultivo de mandioca, milho, feijão e arroz compõe a base alimentar dessas comunidades quilombolas desde o período colonial. A partir desta cultura alimentar, estruturaram-se modos de fazer o plantio, de colheita e de troca que se tornaram tradicionais dentro da comunidade.
adjectivo de dois géneros. 3. [Brasil] Que é relativo ou pertencente aos descendentes das comunidades formadas nos quilombos que, por meio da tradição oral e da memória colectiva , mantiveram vivo o património cultural de matriz africana (ex.: educação escolar quilombola; líder quilombola).
O gingado africano integra dança, cantos, sons de viola, caixa, tambor e pandeiros. E marcam os festejos religiosos do catolicismo popular e folias tocantinenses. A dança está presente nas regiões centro e sudeste do Tocantins.
Os elementos corporais básicos de dança são: espaço, tempo, peso e fluência. O espaço se refere à movimentação no espaço, incluindo direção, nível, amplitude e extensão. O tempo envolve o ritmo, a velocidade e a duração dos movimentos. O peso está relacionado à intensidade e força da execução dos movimentos.
Na festa são entoadas as ladainhas em latim, conhecimento transmitido de geração em geração. Entre as danças consideradas pelos quilombolas como parte de sua tradição estão o lundum, a valsa e a mazurca. O violino é o instrumento que acompanha tais danças. Outra tradição é a da desfeiteira.
Ser quilombola é se sentir pertencente a uma determinada comunidade, é se identificar com os valores, costumes e também ter a ligação com o território, viver próximo de outros indivíduos que compartilham de um mesmo laço identitário.
Extrativismo, artesanato, produção cultural, turismo de base comunitária e a venda de produtos feitos a partir de matérias primas produzidas pela comunidade também contribuem para complementar a renda.
Outros quilombos que se destacaram foram: o Quilombo do Campo Grande, que foi uma espécie de confederação de quilombos, do qual fazia parte o Quilombo do Ambrósio, ambos na região da Capitania de Minas Gerais; a Comunidade Quilombola do Caxambu, também em Minas Gerais; o Quilombo Ivaporunduva, em São Paulo; o Quilombo ...
As danças folclóricas são manifestações culturais realizadas por meio de coreografias, músicas e vestimentas e ligadas a uma determinada identidade cultural. Ouça o texto abaixo! As danças folclóricas são expressões culturais que envolvem movimentos corporais coreografados, vestimentas e músicas.
As danças no Brasil são diversas em cada região do país, sendo as mais conhecidas, o Samba, o Maxixe, o Xaxado, o Baião, o Frevo e a Gafieira. Muitos são os derivados dessas danças, que recebem influências principalmente africanas, árabes, europeias e indígenas.
São as comidas que os nossos antepassados usavam para sua própria sobrevivência, como arroz com frango caipira, farofa de carne seca, arroz com palmito, feijão com frango, farofa de carne seca com feijão, arroz com carne de porco, toucinho com feijão, café com caldo de cana, cará, tabacui, paçoca de cará com torresmo, ...
Quando pensamos em quilombo no Brasil vem à nossa mente o famoso Quilombo dos Palmares, sediado no Nordeste e que contemplou uma rede de 12 quilombos, chegando a contar com mais de 20 mil pessoas.
A existência de quilombos contemporâneos é uma realidade latino-americana. Tais comunidades são encontradas na Colômbia, Equador, Suriname, Honduras, Belize e Nicarágua. E em diversos desses países – como ocorre no Brasil – o direito às terras tradicionais é reconhecido na legislação nacional.