Sendo assim, ainda que sejam termos utilizados habitualmente para referir-se a coisas similares, como sinônimos, autópsia e necropsia não são a mesma coisa! Enquanto o primeiro se refere a algo vivo, o segundo menciona um estudo realizado em corpo morto, geralmente em necrotério.
A mais conhecida das funções do IML é a necropsia, vulgarmente chamada de autópsia - exame do indivíduo após a morte. No entanto, associar o IML exclusivamente às necropsias é errado, pois este tipo de exame constitui-se em apenas 30% do movimento do instituto.
Vamos corrigir nosso exemplo inicial: O corpo da vítima foi levado para o IML e vai passar por /NECROPSÍA/. Obs.: Tanto “autópsia” como “biópsia” têm acento gráfico na vogal “O”. “Necropsia” não tem esse acento, nem na vogal “I”, ´porque não se acentuam as paroxítonas terminadas em “A”.
1 Exame de si mesmo; introspecção. 2 Med Exame minucioso de um cadáver, realizado por profissional médico especializado, com o objetivo de detectar a causa e o momento da morte, para estudos médicos ou decisão judicial; necropsia, necroscopia.
Para a sua realização são feitas a coleta de amostras biológicas do cadáver, como sangue, urina, vísceras, ou fragmentos de órgãos, dependendo do tipo do exame. O primeiro exame consiste na investigação de possível envenenamento ou intoxicação por substâncias químicas.
Habitualmente confundida com autópsia, necropsia se refere ao exame realizado em um cadáver. Geralmente, é feito por um médico legista a fim de descobrir a causa da morte ou fatores que contribuíram para o fim da vida do falecido. Assim, é possível entender melhor esse fim de ciclo.
o couro cabeludo é cortado de uma orelha até a outra. Com uma serra elétrica, a tampa do crânio é removida e todos os nervos do cérebro são cortados para que ele seja retirado; após a análise, os órgãos são reposicionados e o corpo é fechado. Os pedaços menores são incinerados e o resto do corpo costurado.
Existem a necropsia clínica, eletiva, realizada nos casos de morte natural, e a necropsia médico-legal, ou forense, obrigatória por lei, nos casos de mortes por suicídio, homicídio, acidental, ou nos casos suspeitos de mortes não naturais.
O processo inteiro, da chegada à liberação do corpo, dura de quatro a oito horas. A necropsia leva entre duas e três horas.Ao fim do exame, o IML emite uma Declaração de Óbito, com a identificação e o motivo da morte.
Torna-se necessária a intervenção do Ministério Público (MP) apenas no caso de o cadáver ter sido sujeito a autópsia médico-legal, cabendo ao MP autorizar a cremação. Ou seja, se tiver havido autópsia médico-legal, o cadáver não pode ser cremado sem autorização do MP.
Criado oficialmente em abril de 1886, com o intuito de fornecer bases técnicas em medicina legal para o julgamento de causas criminais, o IML é uma instituição pública que, respondendo à Secretaria de Estado da Segurança Pública, realiza perícias para inquérito policial e para a liberação de corpos para sepultamento.
Uma autópsia em uma empresa particular pode custar mais de US$ 10 mil e os planos de saúde não oferecem cobertura para esse serviço, mas muitas famílias acreditam que saber a verdade compensa o valor gasto.
Mas, diferentemente do IML que realize exame em corpos de pessoas vítimas de morte violenta, o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) constitui-se no exame dos corpos de pessoas que morrem sem assistência médica ou por causas naturais desconhecidas, excluídas totalmente aquelas que foram vítimas de violência.
No entanto, apesar de serem palavras aparentemente distantes, hoje é comum ouvir-se falar de autópsia e necrópsia como sinônimos. Atualmente, até mesmo médicos entendem quando se fala do assunto, independente do termo utilizado. Aceitam o uso de ambos para referir-se ao estudo do corpo de um falecido.
A necropsia consiste do exame externo e interno do corpo, anotações e observações sobre quaisquer aspectos que possam ser encontrados fora do normal. Durante o procedimento são coletados fragmentos de tecidos (partes de órgãos) para análise microscópica posterior, caso seja necessário.
Nesses casos, a identificação segue um procedimento operacional padrão que visa a liberação segura dos corpos. Quando o corpo chega ao Instituto Médico Legal (IML) a equipe, após uma entrevista com a família da vítima, realiza uma sequência de exames até a liberação.
Outro processo muito importante é a remoção dos órgãos internos, que é feito abrindo-se o abdômen. A partir de então, cada órgão é drenado e retirado. Depois, eles ficam mergulhados em uma solução específica por algumas horas enquanto o agente funerário preenche as paredes internas da cavidade com pó ou gel específico.
A autópsia médico-legal permite o estudo do corpo com o objetivo de determinar a causa e as circunstâncias da morte, como em situações de morte violenta ou quando é preciso identificar cadáveres ou restos humanos. Esta perícia também permite o estudo de peças anatómicas, como ossos, órgãos e partes do corpo.
É preciso abrir crânio, tórax e abdome. A primeira incisão é no crânio, com uma serra no couro cabeludo. A próxima, para acesso a tórax e abdome, vai da altura do pescoço ao púbis, em forma de Y (os cortes em T e I são menos usados, pois deixam marcas no pescoço).
Acontece quando o corpo começa a apresentar um inchaço exagerado, causado pelas bactérias. Com isso, algumas áreas do corpo humano começam a se romper. Rompimento esse causado pelas larvas de calliphoridade. O tempo da putrefação pode variar entre 25 e 48 horas.
Quanto tempo demora para sair o resultado de uma autópsia?
O processo inteiro, da chegada à liberação do corpo, dura de quatro a oito horas. A necropsia leva entre duas e três horas. Ao fim do exame, o IML emite uma Declaração de Óbito, com a identificação e o motivo da morte.