Kant estabelece que o conhecimento se dá a partir de unidade sintética entre a Sensibilidade e o Entendimento, tendo como primazia, o sujeito (o qual Kant denominava de Sujeito Transcendental) aquele que é capaz de conhecer, sujeito este que tem possibilidade de emitir juízos.
No campo da filosofia política Kant apresenta a ideia de Paz Perpétua, como sendo o resultado da história e garantida através da cooperação internacional. Kant defende a existência de Estados organizados pela lei e com a existência de governos republicanos.
Conforme Kant, nosso ânimo ou aparelho representacional é constituído por três faculdades ou capacidades distintas: - A faculdade de conhecer (ciência), que é objetiva e universal; - A faculdade de apetecer (ética), também objetiva e universal e; - A faculdade de julgar (estética), essa subjetiva e universal.
A perspectiva ética de Immanuel Kant é original e diverge do contexto de sua época. A ação moral é livre e deve ser determinada apenas pela razão, por meio de uma vontade boa para que a regra escolhida como princípio da ação possa ser elevada à lei universal.
Para Kant, existe um dever universal baseado em leis morais e esse dever está submetido ao estrito cumprimento das leis morais em qualquer situação racional. O ser humano ou qualquer outro ser racional deve cumprir aquilo que é estabelecido pela lei moral.
Crítica da razão pura, de Immanuel Kant - limitar o conhecimento e tornar a metafísica científica
Quais são os três princípios de Kant?
Kant estabelece três princípios da constituição republicana que fundamentariam os regim... Liberdade para todos os membros da sociedade; construção de legislações específicas para classes sociais diferentes; igualdade, como cidadãos, perante a lei.
A filosofia teórica de Kant conclui pela impossibilidade de o intelecto produzir conhecimento por si mesmo. A experiência é a origem do conhecimento e o entendimento possui o papel de organizador das informações da sensibilidade.
Kant considera a filosofia de Espinosa como o grau mais alto de misticismo, pois ela defende que existe apenas um único ser, sendo que todo o resto se constitui como uma mo- dificação dele.
A crítica kantiana deriva do seguinte fato: o filósofo alemão colocou a própria razão e as possibilidades reais de conhecimento em questão. Isto é, em vez de questionar como eu conheço os objetos, perguntou se o próprio conhecimento é possível.
A ética em Kant consiste em fundamentar a prática moral, não se preocupando com um fim utilitário, mas usando a racionalidade universal humana para determinar a ação moral. O homem tem uma racionalidade, uma ordem que é válida como lei para todos que não deriva da experiência, mas sim, da própria razão.
Em sua doutrina do idealismo transcendental, Kant argumentou que o espaço e o tempo são meras "formas de intuição" que estruturam toda a experiência e que os objetos da experiência são meras "aparências". A natureza das coisas como elas são em si mesmas é incognoscível para nós.
O imperativo categórico em Kant é uma forma a priori, pura, independente do útil ou prejudicial. É uma escolha voluntária racional, por finalidade e não causalidade. Superam-se os interesses e impõe-se o ser moral, o dever. O dever é o princípio supremo de toda a moralidade (moral deontológica).
Devo, para Kant, agir sempre por dever e visando apenas o meu respeito à lei moral, mesmo que para isso venha sacrificar a minha própria felicidade. O bem agir ganha, em sua filosofia, o status de bem supremo, superior à felicidade e a qualquer outra necessidade humana – devendo ser querido sobre todas as outras.
“A história da natureza começa, portanto, com o bem, pois é obra de Deus. A história da liberdade começa com o mal, pois é obra do ser humano” (KANT, 2012, p. 54). Neste sentido, o ser humano se torna uma espécie moral.
Kant deixou um belo legado para a filosofia dos direitos humanos e para nossa vida prática: "O ser humano, por ser dotado de razão, é ao mesmo tempo um fim em si mesmo".
Kant não atribuiu a si mesmo o papel de um pioneiro filosófico defensor do protestantismo; sua inclinação pela Igreja territorial protestante, à qual pertencia exteriormente, não era grande; em geral ele não considerava sua posição histórica desde o ponto de vista da vida eclesial.
Kant - teoria do conhecimento - A síntese entre racionalismo e empirismo. O filósofo alemão Immanuel Kant responde à questão de como é possível o conhecimento afirmando o papel constitutivo de mundo pelo sujeito transcendental, isto é, o sujeito que possui as condições de possibilidade da experiência.
Kant valoriza o esforço do sujeito humano para sair da menoridade. Nesse contexto, o esclarecimento propõe ao homem a libertação de vários estados de coisas, alerta que a princípio ele deve libertar-se do jugo que impôs a si mesmo.
No budismo, a felicidade ocorre através da liberação do sofrimento e pela superação do desejo, através do treinamento mental. Para Immanuel Kant, a felicidade é a condição do ser racional no mundo, para quem, ao longo da vida, tudo acontece de acordo com o seu desejo e vontade.
A Lei Moral, segundo Immanuel Kant, é uma lei que manda agir de acordo com o que a vontade quer que se torne uma lei válida para todos. Em outras palavras, Kant diz que cada indivíduo, portador de uma boa vontade, saberia escolher, dentre suas regras particulares, aquela que pudesse valer para todos os demais.
„„A representação de um princípio objetivo, enquanto obrigante para uma vontade, chama-se um mandamento (da razão), e a fórmula do mandamento chama-se Imperativo. ‟‟ (FMC, 218). O imperativo diz-me, pois que a ação das que me são possíveis seria boa, e representa a regra prática em relação com uma vontade (FMC, 219).