Sua doutrina elaborou a concepção da origem divina da alma. Era uma concepção marcadamente dualista. O corpo era o cárcere da alma e só a morte a libertava. Por isso propunha a abstenção como norma, desde a alimentar até a sexual, para fins de purificação.
Portanto, a alma alcança o seu “melhor” com a morte do corpo. Ela se liberta das inclinações corpóreas, ao mesmo tempo que se encontra plenamente com as ideias e, tal como elas, também se torna imortal. Nesse ponto, Platão não se importa em evidenciar a tripartição como algo necessário e dogmático.
“O corpo nunca nos conduz a algum pensamento sensato”, de acordo com Platão. Destarte, para que se fortaleça a conduta ética devem ser abandonados os desejos do corpo e se deve aprimorar a alma racional ou logística, pois só assim se encontrará a verdade ética (Leitura de Platão, Fédon ou da alma – p. 127-128).
O idealismo platônico consiste, basicamente, em uma distinção entre conhecimento sensível, inferior e enganoso, que seria obtido pelos sentidos do corpo, e conhecimento inteligível, superior e ideal, que acessaria a verdade sobre as coisas.
Qual é a visão de Platão sobre a alma e suas três partes?
Platão, um filósofo grego do século V a.C., tinha uma visão muito particular da alma humana. Ele acreditava que a alma é imortal e que existe antes de nascermos e depois de morrermos. Além disso, Platão acreditava que a alma é composta de três partes: racional, irascível e apetitiva.
Platão - Teoria das Ideias | Teoria das Formas | Filosofia
O que Platão queria dizer quando falava das 3 almas?
Platão argumenta que o logistikon seria a menor parte da alma (como os governantes seriam a menor população da República), mas que, no entanto, uma alma só pode ser declarada justa se todas as três partes concordarem que o logistikon deva reger.
Segundo Platão, tais funções seriam desempenhadas por outras duas almas - ou partes da alma: a irascível (ímpeto), que residiria no peito, e a concupiscível (apetite), que residiria no abdome - assim como a alma racional residiria na cabeça. Naturalmente a alma sensitiva e a vegetativa são subordinadas à alma racional.
Platão defendia o Inatismo, nascemos como principios racionais e idèias inatas. A origem das idéias segundo Platão é dado por dois mundos que são o mundo inteligivel, que é o mundo que nós, antes de nascer, passamos para ter as idéias assimiladas em nossas mentes.
Platão propôs uma teoria segundo a qual todas as coisas que apreendemos por meio dos sentidos são cópias de Ideias perfeitas e imutáveis que existem em outro plano de existência: o Mundo das Ideias; o problema do ser: o ser de uma coisa é a essência dessa coisa, e encontra-se no Mundo das Ideias.
Gottfried Willhelm Leibniz (1646-1716) foi um pensador alemão que se debruçou sobre diversas áreas: matemática, física, lógica, filosofia, direito, música…
A morte portanto é vista como purificação e futuro encontro com os Deuses. Platão assume tal elemento escatológico, ao inserir no Fédon, um Sócrates diante da morte que não a teme por acreditar que ao morrer, sua alma encontrar-se-á com os Deuses no Hades.
É, em primeiro lugar, o sopro que anima um corpo vivo. Designa o princípio do pensamento e da organização, de um modo geral, do ser humano. A noção da alma é procurada para explicar a complexidade da vida e articular as diversas funções vitais.
Entretanto, em Platão: “a relação alma-corpo é essencialmente não-natural” (ROBINSON, 1998, p. 342). O conflito não é na própria alma, mas, sim, no conflito entre corpo e alma. E isto é fundamental para compreendermos a correlação entre corpo e alma no pensamento platônico.
Para Platão, a alma é sem nascimento e sem morte, graças a sua natureza divi- na e imortal. Cai num corpo, que para ela é exílio e impureza. Se souber purificar-se pelo conhecimento ou pela filosofia e pela ascese, volta à sua existência primitiva.
A Teoria das Ideias ou Teoria das Formas é um conjunto de conceitos filosóficos criado por Platão, na Grécia Antiga. Esta teoria declara que a realidade mais fundamental é composta de ideias ou formas abstratas, mas substanciais.
Platão acredita que acima de nós existe um mundo que é uma referência para a nossa projeção e formação em nosso planeta. Segundo ele, reproduzimos aquilo que já é existente, definindo o mesmo como a verdadeira realidade, assim, descreve em suas obras a relação do mundo inteligível (Ideia) e do mundo sensível (Matéria).
Porque a tese de Platão sobre a alma humana é tão importante?
É através da alma que o homem conhece, segundo Platão. O corpo e as sensações explicam “como” são as coisas. A alma e a inteligência explicam “o que” são as coisas. É por isso que a alma é esse trânsito entre os dois mundos, inteligível e sensível, ainda que suas características sejam dadas pelo mundo inteligível.
Em primeiro lugar, a alegação de que a alma é imortal resulta no ensinamento de que a vida de uma pessoa fora do corpo é indestrutível. Em segundo lugar, essa alma imortal, seja ela o que for, é algo que, por natureza e função, pertence ao ser humano. De fato, ela é o ser humano desencarnado existindo por si mesmo.
Para Platão, a verdade se aplica primeiro ao objeto e depois ao enunciado e, para Aristóteles, a verdade está ligada ao ato de dizer. Aristóteles explica a verdade através das teorias tradicionais de verdade, a saber: a teoria da correspondência, a teoria da coerência e a teoria da verificação ideal.
Em sua obra, Fédon, Platão vai abordar a teoria da imortalidade da Alma, ou a Vida Una. Segundo o filósofo grego, o corpo (transitório) é o veículo da Alma (permanente), ou seja, a Alma pré-existe ao corpo, existe no corpo e continuará a existir após a extinção do corpo.