Na Terra, ocorrem 44 descargas elétricas atmosféricas a cada segundo (quase 4 milhões por dia). Estima-se que só 20% delas atinjam o solo e que o restante ocorra no interior das nuvens. O lugar do planeta onde há mais raios é o lago de Maracaibo, no oeste da Venezuela, o maior da América do Sul.
Os raios caem nos pontos mais altos porque eles sempres procuram achar o menos caminho entre a nuvem e a terra. Árvores altas, torres, antenas de televisão, torres de igreja e edifícios são pontos preferidos pelas descargas atmosféricas.
Números do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), colocam São José dos Campos no primeiro lugar como cidade de maior incidência de raios da região.
Onde o raio costuma cair? O raio sempre procura o caminho de menor "resistência" entre a nuvem e a terra. Os pontos altos e pontiagudos favorecem o início da descarga elétrica.
Outra opção é procurar abrigos subterrâneos, tais como metrôs ou túneis. Se não houver nenhum abrigo seguro por perto, a orientação é afastar-se de qualquer ponto mais alto e de objetos metálicos, manter os pés juntos, agachar-se até a tempestade passar, e não ficar deitado.
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O que atrai raio dentro de casa?
Os raios costumam cair em torres metálicas, chaminés, árvores isoladas, casas construídas em campos. Isto de deve ao fato de que o raio sempre procura o caminho de menor “resistência” entre a nuvem e a terra. Vale ressaltar, que os pontos altos e pontiagudos favorecem o início da descarga atmosférica.
Raios podem matar até mesmo dentro de casa. O Brasil é o líder mundial de incidência de raios. Em 2020, foram registrados 154 milhões de quedas de raios no país, segundo dados do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Basicamente, raios são descargas atmosféricas que, em regiões tropicais, como o Brasil, costumam ocorrer durante a ocorrência de chuvas. Essas descargas tendem a ser atraídas pelos pontos mais altos de um local, especialmente se ali houver algum objeto metálico, como uma antena, por exemplo.
Em casa, permaneça longe de portas e janelas. Evite áreas altas, busque refúgio em lugares baixos. Durante uma tempestade, não utilize aparelhos eletrodomésticos, mantenha-os desligados das tomadas e, também, desconecte da antena externa o televisor, assim você estará reduzindo danos.
O próprio corpo pode emitir sinais de alerta: a pele coçando e os pelos arrepiados podem ser sinais que um raio está perto de cair. Neste caso, os bombeiros orientam que o procedimento correto é se ajoelhar e se curvar para frente, colocando as mãos nos joelhos e sua cabeça entre eles.
Uma prova de que isso é verdade é o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. A oitava maravilha do mundo recebe não duas, mas ao menos seis descargas atmosféricas por ano, segundo pesquisas desenvolvidas pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica do INPE.
O Brasil é o país com maior incidência de raios em todo o planeta. Por ano, são mais de 70 milhões de descargas elétricas registradas aqui. Para se ter uma ideia, um raio possui cerca de mil vezes mais intensidade que um chuveiro elétrico.
Diferentemente do que se acredita, a energia dos relâmpagos não é muito grande. Considerando que um relâmpago nuvem-solo transporta uma carga elétrica média de 10 C, e que a tensão ao longo do canal é em torno de 100 milhões de volts, então a energia elétrica total do relâmpago é de 10^9 J, ou seja, cerca de 300 kWh.
A luz da descarga de retorno é geralmente branca, mas, da mesma maneira que o pôr do sol pode ter várias cores, relâmpagos distantes podem também apresentar outras cores, como amarelo, roxo, laranja ou verde, dependendo das propriedades da atmosfera entre o relâmpago e o observador.
As árvores isoladas, em geral, atraem mais raios que cercas e animais. Mesmo no caso de uma cerca devidamente protegida (aterrada e seccionada), se um raio cair sobre ela e se junto dela estiver um rebanho, provavelmente o resultado será catastrófico.
Não é ilusão de ótica. Em uma tempestade, os raios podem tanto cair na terra quanto subir aos céus. Pesquisadores do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) observaram a formação de raios que partem de estruturas altas — como torres e para-raios — até as nuvens.
Espelho atrai raios? Não. A crença surgiu na época em que os espelhos tinham grandes molduras metálicas – elas, sim, um grande atrativo para os raios. Não há necessidade de cobrir espelhos durante uma tempestade.
No mar, pela alta condutividade da água, os efeitos de uma descarga elétrica serão sentidos a uma distância muito maior do que no solo. Já nos rios, lagos ou outros corpos de água doce, onde a condutividade não é tão alta, mas ainda é maior do que no solo, um alcance intermediário é esperado.
Em uma tempestade, evite campos abertos, o topo de uma colina ou o topo de um cume. Da mesma forma, você deve ficar longe de objetos altos e isolados, como árvores, e deixar imediatamente qualquer corpo de água.
Existem muitas lendas sobre objetos que atraem raios, tais como espelhos, tesouras, próteses humanas, aparelhos dentários, guarda chuvas, entre outros. Porém, raios quase sempre procuram objetos pontiagudos que estão a menor distância entre o céu e o solo.
Aparelhos como notebook, secador de cabelo, chapinha, celular nunca devem ser utilizados durante tempestade se estiverem conectados à tomada, pois a descarga elétrica pode atingir uma pessoa por meio desses eletrônicos.
Não, é um equívoco comum a ideia de que os celulares atraem raios. Os celulares não são capazes de atrair raios por si só, porque os raios são descargas elétricas atmosféricas que geralmente atingem os objetos mais altos e condutores próximos durante uma tempestade.
11 - Como saber se o raio caiu perto? A luz produzida pelo raio chega quase instantaneamente à visão de quem o observa. Já o som (trovão) demora um bom tempo, pois a sua velocidade é menor.
"O raio é perigoso porque é uma descarga elétrica, que ao atingir uma pessoa, ou cair próximo dela, pode ser fatal. Já o trovão é apenas o som proveniente do deslocamento de ar da passagem do raio", explica Gerson Santos, integrante do grupo de espetáculos Ciência em Show.
Sombrinhas e guarda-chuvas não atraem raios, mas, por estarem abertos sobre o corpo, tornam-se as referências mais altas, dependendo do lugar, e podem acabar sendo o ponto de recepção da descarga elétrica.