Qual era a opinião de Nietzsche sobre Jesus Cristo?
Para Nietzsche, Jesus não era um revolucionário, e sim, 'com alguma tolerância na expressão', um espírito livre. Que essa tolerância não lhe deve ser imputada apenas a descrédito, pode-se depreendê-lo da psicologia do ressentimento.
Daí Nietzsche afirma: “A palavra cristianismo já é um mal entendido – no fundo só há um cristão, e ele morreu na cruz” (NIETZSCHE, 2007, p. 45). Mas este dito “salvador”, tal como Nietzsche o menciona, não é o fundador de uma Igreja, pelo contrário, ele é a negação de toda organização.
Nietzsche propunha que, recusando Deus, podemos também nos livrar de valores que nos são impostos. A maneira de fazer isso seria questionando a origem dessas ideias.
Nietzsche afirmava que o cristianismo, imperioso a partir da Idade Média, impôs uma inversão de valores morais que culminaria no enfraquecimento do ser humano por ser a negação dos impulsos morais que falam mais alto em qualquer animal.
Nietzsche conjectura que nós, humanos, percebemos que a existência de Deus é indefensável e indesejável. Portanto, Nitetzsche afirma, e não prova, a indefensabilidade da crença em Deus, mesmo ao explicar sua indesejabilidade.
Ele não está ligado a nenhum dogma insolente que se enfeitou com seu nome, não necessita da doutrina de um Deus pessoal, nem da culpa, nem da imortalidade, nem da redenção, nem da fé, ele simplesmente não tem necessidade de qualquer metafísica, menos ainda do ascetismo, menos ainda de uma 'ciência natural' cristã.
O que significa dizer que a lei moral de Deus é universal?
Isso quer dizer, então, que o agir moral é necessário – pois é imperativo – e é universal, pois é categórico; ou seja, não se modifica ao longo do tempo e nem das circunstâncias.
Na filosofia da religião é onde ocorre o debate sobre a existência de Deus com a análise dos argumentos contra e a favor da existência de Deus, a filosofia da religião também se preocupa com a justificação e a epistemologia da crença e a relação da ciência com a religião.
Segundo Nietzsche, a religião não é uma prática libertadora, mas pelo contrário, oprime a alma humana transformando os instintos vitais em algo negativo. Dentre outras coisas, ele afirma que o cristianismo aprisiona o homem em propósitos e objetivos metafísicos, que para ele é algo ruim a ser superado.
Nietzsche usou a frase para expressar sua ideia de que o Iluminismo havia eliminado a possibilidade da existência de Deus. No entanto, os proponentes da forma mais forte da teologia da Morte de Deus usaram a frase em um sentido literal, significando que o Deus cristão, que existiu em um ponto, deixou de existir.
Segundo ele Deus permanece apenas no plano lógico e, portanto, não pode acrescentar nada ao conhecimento e dele só se pode afirmar a possibilidade enquanto pode ser pensado apenas como uma ideia e não como um conceito do entendimento (I. KANT, CRP, A 592 B 620 – A 602 B 630).
Ao afirmar que não acredita em um Deus que não dance, Nietzsche estava criticando a ideia de um Deus concebido como uma entidade distante e rígida, que impõe regras e restrições à vida humana. Ele buscava uma visão de divindade mais dinâmica, que estivesse em harmonia com a vitalidade e a energia da existência.
A discussão filosófica no ocidente da existência de Deus começou com Platão e Aristóteles, que formularam argumentos que hoje podem ser classificados como cosmológicos. Mais tarde, Epicuro formulou o problema do mal: se Deus é onipotente, onisciente e benevolente, por que o mal existe?
Tomás de Aquino, Descartes, Locke, Leibniz e Kant era teístas cristãos professos. Sócrates, Platão e Aristóteles eram deístas (ou seja, eles criam na existência de Deus, mas que Ele não se revelou de maneira especial para a humanidade e não estaria direta e permanentemente envolvido nas questões humanas).
Das grandes religiões que existem hoje – organizadas em torno de templos, textos sagrados, mitos de criação, sacerdotes etc. –, a mais antiga provavelmente é o hinduísmo, seguido por cerca de 1,3 bilhão de pessoas (15% da população mundial).
Platão concebe Deus como "artífice do mundo", porém com um poder limitado pelo modelo que ele imita: o mundo das ideias ou das realidades eternas. Já Aristóteles considera que Deus é o "primeiro motor" ao qual necessariamente se filiava a cadeia de todos os movimentos, pois tudo o que se move é movido por outra coisa.
Segundo a soteriologia católica, a salvação, que é oferecida por Deus, realiza-se, após a morte, no Céu. Essa salvação, que conduzirá o homem à santidade, à suprema felicidade e à vida eterna, deve ser obtida através da fé em Jesus Cristo e da pertença à Igreja fundada e encabeçada por Ele. Assim é dada a Salvação.
Qual a diferença entre a lei de Moisés e a lei de Deus?
Enquanto a Lei de Deus foi escrita pelo próprio dedo de Deus, em duas tábuas de pedra, a Lei Cerimonial ou Lei de Moisés foi escrita por este, num livro. Esta lei destinava-se a regular as cerimónias e diversos aspectos do quotidiano do Povo de Israel, quando este entrou na Terra Prometida.
A lei moral é obra da Sabedoria divina. Podemos defini-la, em sentido bíblico, como uma instrução paterna, uma pedagogia de Deus. Ela prescreve ao homem os caminhos, as regras de procedimento que o levam à bem-aventurança prometida e lhe proíbe os caminhos do mal, que desviam de Deus e do seu amor.
Nietzsche vai ao cerne do problema: Deus está morto como uma verdade eterna, como um ser que controla e conduz o mundo, como um pai bondoso que justifica os acontecimentos, como sentido último da existência, enfim, como uma ética, como um modo de vida, independente de sua existência ou não.
Nietzsche defendia a inexistência em vários sentidos: de Deus, da alma e do sentido da vida. Para ele, o ser humano deveria abandonar as muletas metafísicas, a chamada morte dos ídolos. O filósofo se opunha aos dogmas da sociedade, principalmente ao defender que a verdade era uma ilusão.
A sentença "Deus está morto" significa: o mundo supra-sensível está sem força de atuação. Ele não fomenta mais vida alguma. A metafísica, isso significa para Nietzsche a filosofia ocidental entendida como Platonismo, está no fim.
Jesus foi um homem que não só amava o saber, mas também o compartilhava, assim como Sócrates, sem cobrar nada em troca, além da atenção aos seus ensinos.