A raquimanometria, também conhecida como manometria do líquor, é um procedimento médico que permite avaliar a pressão intracraniana durante o procedimento de coleta ou drenagem do líquido cefalorraquidiano (LCR) através de uma punção lombar.
O diagnóstico da hipertensão intracraniana idiopática é clínico e confirmado por exames de imagem do crânio (de preferência com venografia por RM) que tem resultados normais (exceto em caso de estreitamento do seio venoso transverso).
Qual é o primeiro sinal de hipertensão intracraniana?
cefaleia: em geral, é o primeiro sintoma, classicamente descrito como dor de cabeça que piora pela manhã; vômitos: clássico “vômito em jato'' ou seja, aquele não precedido por náuseas; papiledema: um sinal mais comum em alterações de PIC crônicas, pois, em lesões agudas, pode não haver alteração ao fundo de olho.
Há duas formas de medir a pressão intracraniana. A primeira é colocando um sensor dentro do crânio, o que só é feito em pacientes graves. A outra é através da punção lombar, quando o médico conecta um medidor de pressão na agulha, na hora da punção.
Em um primeiro momento, a dor pode ser leve, mas ela varia de intensidade e pode tornar-se grave. A cefaleia pode vir acompanhada de náuseas, visão dupla ou turva e ruídos dentro da cabeça que ocorrem com cada batimento do pulso (denominado zumbido pulsátil).
A hipertensão intracraniana pode não ter uma causa específica, sendo conhecida como idiopática, ou ser causada por traumatismos ou doenças como tumor cerebral, hemorragia intracraniana, infecção no sistema nervoso, AVC ou efeito colateral de alguns remédios.
A pressão intracraniana pode ser considerada normal quando estiver entre 0 e 15 mmHg; de 15 a 40 mmHg ela está moderadamente elevada e acima de 40 mmHg muito alta. Pequenas flutuações irregulares, variando de 15 a 35 mmHg, po- dem ser consideradas normais 3 - 6 .
Os médicos geralmente prescrevem acetazolamida ou topiramato, tomados por via oral, para ajudar a reduzir a pressão dentro do crânio. A acetazolamida e o topiramato são eficazes porque reduzem o volume de líquido cefalorraquidiano produzido no cérebro.
Quais os sinais característicos de elevação da pressão intracraniana?
Os principais sinais e sintomas associados ao aumento da pressão intracraniana (PIC) correspondem à cefaléia, náuseas, vômitos e letargia, podendo ocorrer sintomas focais devido a lesões ocasionando síndromes de herniação.
São medidas de primeira linha no controle da hipertensão intracraniana?
A primeira medida geral que deve ser tomada é o posicionamento correto do paciente. Este deve estar em decúbito dorsal, com a cabeça em posição neutra e elevada em 15 a 30º em relação ao tronco. Tal posicionamento contribui para o aumento do retorno venoso jugular e, consequentemente, favorece a diminuição da PIC.
Na cefaleia tensional, o paciente sente como se tivesse uma faixa apertada ao redor de sua cabeça e pescoço, causando o incômodo da dor de cabeça. Ainda, alguns pacientes relatam forte pressão na cabeça, que pode se espalhar ou permanecer em uma parte apenas, como a testa, as têmporas ou a nuca, por exemplo.
A pressão normal do líquido cefalorraqueano (LCR) ao nível do fundo de saco lombar varia entre 7 e 18 cm de água, quando o paciente se en- contra em decúbito lateral horizontal. São considerados aumentados os va- lores maiores do que 20.
O valor normal da PIC é de até 15 mmHg, e, de maneira geral, as medidas terapêuticas são iniciadas quando a pressão ultrapassa 15-20 mmHg. Valores entre 20 a 40 mmHg são considerados moderadamente elevados, e acima de 40 mmHg, gravemente eleva- dos.
O diagnóstico da hipertensão intracraniana idiopática é clínico e confirmado por exames de imagem do crânio (de preferência com venografia por RM) que tem resultados normais (exceto em caso de estreitamento do seio venoso transverso).
Quais as medidas imediatas devemos Tomar na suspeita de elevação da pressão intracraniana?
Se uma PIC elevada for suspeitada, cuidado deve ser tomado para minimizar maior elevação durante a intubação, com posicionamento correto do paciente e sedação adequada. Hipotensão arterial e hipoxemia podem induzir a vasodilatação cerebral reativa, hipertensão intracraniana e hipoperfusão cerebral.
Quem tem hipertensão intracraniana pode trabalhar?
A doença em si, não traz contra indicação para o exercício do seu ofício de enfermagem, mas você deve tratá-la com celeridade, já que seu mais grave risco é de afetar a visão por lesão do nervo óptico.
A pressão de perfusão cerebral (PPC) é calculada pela simples fórmula: PPC = PAM (pressão arterial média) – PIC. No TCE, os dados disponíveis confirmam que a manutenção da PPC entre 60 a 70 mmHg em adultos pode prevenir a isquemia cerebral.
Os cateteres intracranianos permitem a mensuração e monitoramento contínuo da PIC, o cálculo da pressão de perfusão cerebral, a avaliação da complacência e a auto regulação cerebral, prevenindo lesões cerebrais secundárias.
Qual o mecanismo explica o aumento da pressão intracraniana?
O aumento da pressão intracraniana ocorre geralmente em decorrência de problemas como tumores, encefalite, meningite ou trombose. No entanto, os pesquisadores demonstraram que a hipertensão crônica pode trazer consequências também para a pressão no encéfalo, prejudicando a complacência cerebral.
Como é feita a cirurgia de hipertensão intracraniana idiopática?
Para casos graves ou refratários às medicações, podemos indicar uma cirurgia chamada a derivação ventrículo peritoneal, na qual um dispositivo é colocado dentro da cabeça e desvia o líquor para o peritônio (no abdome). A cirurgia tem seus riscos e complicações, motivo pelo qual deve ser muito bem indicada.
As pessoas com pressão alta podem sentir dores na nuca, que irradia para a testa, devido ao aumento da pressão na cabeça que comprime alguns nervos sensíveis à dor. Por ser uma área da cabeça onde poucas condições provocam incômodos, acaba sendo um ótimo alerta indicativo de hipertensão.