É importante destacar também que Bauman diferencia “consumo” de “consumismo”. Para ele, o consumo é natural da espécie humana, precisamos consumir alimentos para sobreviver, roupas para estarmos aquecidos, etc.
Mais recentemente, o filósofo polonês Zygmunt Bauman (1925-2017) abordou a questão do consumismo sob o viés da desigualdade socioeconômica, destacando que “todo mundo pode ser lançado na moda do consumo; todo mundo pode desejar ser um consumidor e aproveitar as oportunidades que esse modo de vida oferece, mas nem todo ...
RESUMO: O capitalismo depende do consumo, e a sociedade capitalista é refém do consumismo. O consumo exagerado se transforma em consumismo, ou seja, as pessoas passam a adquirir produtos e serviços muito além daquilo que seria considerado essencial para a sua sobrevivência.
A ideia defendida por Zygmunt Bauman de que as relações sociais são baseadas no consumo, ou seja, de que somos uma sociedade de consumo, ganha força com a necessidade de ostentação nas redes sociais e de possuir bens em comum (como smartphones, roupas de uma determinada marca etc.) para se encaixar em um grupo.
Quem é o pai do consumismo? Seu nome, Edward Bernays, pouca gente conhece. Mas há quem diga que as consequências de seu trabalho definiram mais a sociedade do século 20 do que seu famosíssimo tio.
O consumismo é uma ideologia e um hábito comum na sociedade contemporânea. O ato de consumir faz parte do cotidiano, e está presente em toda e qualquer sociedade humana.
O consumismo define a relação de quebra entre a ação de comprar e a necessidade do que está sendo adquirido. Consumismo significa, basicamente, o ato de comprar muitas coisas que não são necessárias.
Bauman afirma que vivemos em uma sociedade marcada pelo conflito ser versus ter. O homem passa a se expressar pelo que compra ou tem, elementos definidores de sua própria identidade. Um dos sintomas desse fenômeno seriam as redes sociais, nas quais os usuários montam perfis e se relacionam como se fossem "produtos".
O consumismo exagerado leva a outro grande problema praticamente universal: a destinação dos resíduos sólidos. Não apenas o Brasil sofre com a destinação dos resíduos, outros países subdesenvolvidos, e até mesmo desenvolvidos, também se deparam a situação.
Eles chegaram à conclusão de que a Indústria Cultural obtém lucro a partir da imposição de padrões de interesses. Dessa forma, criam-se padrões de comportamentos de consumo para atender a demanda de venda das empresas. Deve-se compreender que o pilar da cultura de massa são o marketing e a publicidade.
Para Marx, as sociedades humanas só progridem através dos conflitos entre a classe burguesa, que controla os meio de produção, e o proletariado, que fornece a mão de obra. Na visão do autor, a história da humanidade é permeada pela luta de classes.
As críticas sobre a sociedade de consumo direcionam-se não apenas pela perspectiva econômica, mas também pelo viés ambiental. Afinal, um dos efeitos do consumismo é a ampliação da exploração dos recursos naturais para a geração de matérias-primas voltadas à fabricação de mais e mais mercadorias.
A consequência econômica mais comum do consumismo é o endividamento. Motivado pelo impulso de comprar, o consumista não avalia a necessidade do produto, muito menos suas condições econômicas para comprá-lo. Desse modo, adquirem dívidas que comprometem o orçamento familiar.
O impacto ambiental do consumismo pode ser visto em várias áreas, como o uso excessivo de recursos naturais, a produção de resíduos e a poluição do ar e da água. O uso excessivo de recursos naturais, como petróleo, gás, madeira e água, é uma das principais consequências do consumismo.
Existem vários motivos que levam um indivíduo a ser compulsivo pelo consumo exagerado, dentre eles podemos citar o desequilíbrio emocional, a necessidade de ser aceito, baixa autoestima, insegurança, status ou a influência do comércio e da mídia.
O QUE CAUSA O CONSUMISMO? O consumismo não tem uma causa específica. Esse comportamento é motivado por uma série de fatores que envolvem desde a mídia até as táticas de propaganda utilizadas por organizações empresariais.
A consequência econômica mais comum do consumismo é o endividamento. Motivado pelo impulso de comprar, o consumista não avalia a necessidade do produto, muito menos suas condições econômicas para comprá-lo. Desse modo, adquirem dívidas que comprometem o orçamento familiar.
Zygmunt Bauman é um filósofo e sociólogo que estudou a Pós-Modernidade e como as relações humanas desenrolam-se nesse arranjo social complexo, global e secular.
Para Zygmunt Bauman, a sociedade atual pode ser classificada como uma modernidade líquida (que seria uma substituição do termo “pós-modernidade”, que se tornou muito mais uma ideologia do que um tipo de condição humana, como diz o autor), em contraposição à modernidade sólida que seria a modernidade propriamente dita, ...
Suas vítimas, chamadas de oneomaníacos, de maneira geral não conseguem evitá-la e em sua maioria são mulheres. Mesmo os que têm uma boa formação acadêmica apresentam dificuldades para perceber as conseqüências de sua compulsão. As preocupações e os impulsos da pessoa se voltam ao ato de comprar.
Uma pessoa pode ser considerada consumista quando dá preferência ao shopping a qualquer outro tipo de passeio, faz compras até que todo o limite de crédito que possui exceda, deixa de usar objetos comprados há algum tempo, não consegue sair do shopping sem comprar algo, se sente mal quando alguém usa um objeto mais ...
Enquanto uma pessoa com um comportamento comum compra suas coisas de acordo com a necessidade, uma pessoa consumista possui um comportamento mais exagerado: está atrás de novidades, das marcas mais conhecidas ou produtos mais qualificados. Mas, nesses casos, a pessoa tem consciência e a compra não traz sofrimento.