Foram notificados dois casos de raiva humana no Brasil no ano de 2020. O primeiro deles ocorreu no município de Angra dos Reis/Rio de Janeiro, e teve como animal agressor um morcego. O segundo caso foi registrado no município de Catolé do Rocha/Paraíba, em uma mulher de 68 anos, agredida por uma raposa.
Quando foi o último caso de raiva humana no Brasil?
Em humanos e animais, a doença tem mortalidade de 100%, conforme a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC). No estado, o último caso de raiva em pessoas ocorreu em 2019 em Gravatal, no Sul. A doença resultou na morte da paciente, de 58 anos.
No Brasil, de 1990 a 2005, foram notificados 558 casos de raiva humana e, desde 2006, tem diminuído a sua ocorrência. A região Nordeste responde por 54% dos casos humanos registrados de 1980 a 2008, seguida da região Norte com 19%, da Sudeste com 17%, da Centro-oeste com 10% e da Sul com menos de 1%.
No Brasil, apenas dois homens sobreviveram à raiva, vivendo com sequelas graves. O morcego é um reservatório natural da raiva. Por isso, o contato de morcegos com animais de estimação ou humanos sempre é considerado um acidente grave.
A VOLTA PREOCUPANTE DO VÍRUS MAIS LETAL DO MUNDO | Vírus da Raiva
Quais as chances de sobreviver a raiva?
IMPORTANTE: A raiva é de extrema importância para saúde pública, devido a sua letalidade de aproximadamente 100%, por ser uma doença passível de eliminação no seu ciclo urbano (transmitido por cão e gato) e pela existência de medidas eficientes de prevenção, como a vacinação humana e animal, a disponibilização de soro ...
A Raiva dos Herbívoros é uma doença causada por um vírus da família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus, SEMPRE FATAL. Acomete todos os mamíferos e silvestres, inclusive o HOMEM!
Pela dor e dificuldade de deglutir o paciente torna-se ansioso e com sede, iniciando-se o quadro de desidratação, no entanto recusa-se a ingerir líquidos, não consegue engolir sua própria saliva, que fica “sobrando” na boca, “babando” bastante e, assim, desidratando-se ainda mais.
A Raiva Humana (Hidrofobia) tem cura, mas a pessoa deve procurar ajuda médica assim que é mordida por um animal infectado ou quando surgem os sintomas.
Como está o primeiro sobrevivente da raiva humana no Brasil?
O adolescente perdeu dois irmãos, também atacados por morcegos, para a doença, mas sobreviveu após ser submetido ao mesmo tratamento de Marciano. Em 2021, ele continuava internado na UTI de um hospital de Manaus, ainda com sequelas da doença.
Virtualmente todos os casos de raiva humana são transmitidos por meio de mordidas ou arranhões de animais infectados. Como o vírus encontra-se presente na saliva dos animais contaminados, outra via de transmissão possível, mas bem menos comum, é via lambidas em mucosas, como a boca, ou feridas abertas.
No Brasil, o principal animal que transmite a raiva ao homem é o cão. O morcego hematófago é um importante transmissor da Raiva, pois pode infectar bovinos, equinos e outras espécies de morcego.
Importante: O paciente se mantém consciente, com período de alucinações, até a instalação de quadro comatoso e a evolução para óbito. O período de evolução do quadro clínico, depois de instalados os sinais e sintomas até o óbito, é, em geral, de 2 a 7 dias.
No ano de 2021 (Tabela 7), até o presente momento, foram confirmados 21 casos de raiva canina e felina, dos quais 13 foram causados por variante de canídeos silvestres, cinco por variante de morcego e em três não foi possível sequenciar a variante.
O cão se torna agressivo, com tendência a morder objetos, outros animais, o homem, inclusive o seu proprietário, e morde-se a si mesmo, muitas vezes provocando graves ferimentos. A salivação torna-se abundante, uma vez que o animal é incapaz de deglutir sua saliva, em virtude da paralisia dos músculos da deglutição.
Qual é o tempo máximo que posso tomar a vacina após ser mordido por um cão?
Primeira dose: no dia do incidente ou na data mais próxima; Segunda dose: 3 dias após a primeira dose; Terceira dose: 7 dias após a primeira dose; Quarta dose: 14 dias após a primeira dose.
Primeiro brasileiro a sobreviver a raiva humana, Marciano ainda convive com sequelas da doença. Dá para contar nos dedos o número de pessoas curadas da raiva no mundo. Apenas cerca de cinco pessoas sobreviveram a esta doença mortal no mundo. No Brasil, apenas duas, e a primeira delas foi Marciano Menezes.
O tratamento após a exposição ao vírus inclui o cuidado do local do ferimento, a vacina pós-exposição e a imunização passiva com o soro antirrábico e imunoglobulinas (solução concentrada e purificada de anticorpos, preparada a partir do soro de indivíduos imunizados contra a raiva).
A confirmação laboratorial em vida, ou seja, o diagnóstico dos casos de raiva humana, pode ser realizada pelo método de imunofluorescência direta, em impressão de córnea, raspado de mucosa lingual ou por biópsia de pele da região cervical (tecido bulbar de folículos pilosos).
Quanto tempo depois da mordida a raiva se manifesta?
Depois que o vírus entra no corpo, por meio da lambedura, arranhadura ou mordedura, o tempo de incubação pode variar de duas semanas a 60 dias, em média.
Quando se deve tomar vacina antirrábica em humanos?
Aplicar uma dose entre o 7º e o 10º dia e uma dose nos dias 14 e 28. Lavar com água e sabão. Iniciar imediatamente o esquema profilático com 5 (cinco) doses de vacina administradas nos dias 0, 3, 7, 14 e 28.
Vale ressaltar que o vírus da raiva fica presente na saliva do animal infectado e é transmitida por meio de mordida, arranhão, lamber a mucosa ou pele lesionada.
Quanto tempo depois da mordida posso tomar Anti-rábica?
Qual o tempo máximo que posso tomar a vacina contra raiva depois de ser mordido? De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina raiva deve ser administrada logo após o contato com o animal infectado.
Um gato, ao ter contato com outro mamífero infectado, através de arranhaduras, lambida de mucosas ou contato com a saliva, recebe o vírus que se multiplica e atinge o sistema nervoso, alcançando, em seguida, outros órgãos e glândulas salivares, onde se replica, e, em poucos dias, o animal vai a óbito.