O CMN definiu que a meta para a inflação, a partir de janeiro de 2025, é 3,00%, mesmo valor vigente para 2024 e que havia sido anteriormente definido para 2025 e 2026. O intervalo de tolerância estabelecido também permaneceu o mesmo: mais ou menos 1,50 ponto percentual em relação à meta, isto é, de 1,50% a 4,50%.
A mediana das estimativas para o IPCA no fim de 2024 manteve-se em 4,18% entre os economistas que mais acertam as previsões compiladas pelo BC para o Focus, os chamados Top 5, de médio prazo. Para 2025, a mediana das expectativas para a inflação oficial brasileira caiu de 3,61% para 3,52%, entre eles.
Nesta edição do Focus, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerada a inflação oficial do país – em 2024 subiu de 4,25% para 4,26%. Para 2025, a projeção da inflação ficou em 3,92%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,6% e 3,5%, respectivamente.
Ipea revisa projeções de inflação medida pelo IPCA e pelo INPC em 2023.
Qual a previsão de inflação para os próximos 5 anos?
A estimativa do IPCA para este ano passou de 3,98% para 4,0%, na oitava semana seguida de alta, enquanto a previsão para a inflação de 2025 avançou de 3,85% para 3,87% (nona subida na sequência). A projeção para 2026 foi mantida em 3,60%. Para 2027, a projeção continua em 3,50% há 52 semanas.
Para 2026, a projeção de inflação, medida pelo IGP-M, caiu de 3,83% para 3,80% e a de 2027 recuou de 3,70% para 3,68%. A estimativa da taxa básica de juros Selic continua em 10,50% em 2025 e 9,50% para 2025.
O IPCA acumulado dos últimos 12 meses, sobe de 4,23% para 4,50%, sendo que o acumulado do ano de 2024 está em 2,87%. Em julho de 2023, o índice de inflação variou 0,12%. Em casos de reajuste de aluguel pelo IPCA para contratos que fazem aniversário em agosto de 2024, o percentual usado é o acumulado de 12 meses: 4,50%.
A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda os analistas passaram a ver a Selic fechando 2025 em um patamar mais alto, agora em 9,75% ao ano, de 9,50% há uma semana.
Para 2025, projeção do índice subiu de 3,88% para 3,9%. Para 2026 e 2027, estimativas são de 3,6% e 3,5%. Previsão para 2024 está acima da meta, mas dentro da tolerância perseguida pelo BC.
Para 2025, a conta foi de 2,7%, de 2,5% antes. A perspectiva para as Economias de Mercados Emergentes e em Desenvolvimento, das quais o Brasil faz parte, teve ligeiro ajuste para cima de 0,1 ponto percentual tanto este ano quanto no próximo, para 4,3% para ambos.
A expectativa para 2024 também subiu, chegando a 4,13%, um aumento de 0,11 p.p. em um mês. Para 2025, a projeção indica uma inflação de 4%, aumento de 0,20 p.p. na comparação com quatro semanas anteriores.
Com o intervalo de tolerância, a inflação poderá ficar entre 1,5% e 4,5% no próximo ano sem resultar em descumprimento da meta. O projeto também prevê uma média de 8,05% ao ano para a taxa Selic (juros básicos da economia) em 2025, 7,22% em 2026, 7,02% em 2027 e 6,77% em 2028.
A taxa acumulada nos 12 meses encerrados em julho de 2024 se distanciou ainda mais do centro da meta de inflação para 2024 (+3,00%). Confira na tabela a seguir a variação nos últimos 12 meses.
O CMN definiu que a meta para a inflação, a partir de janeiro de 2025, é 3,00%, mesmo valor vigente para 2024 e que havia sido anteriormente definido para 2025 e 2026. O intervalo de tolerância estabelecido também permaneceu o mesmo: mais ou menos 1,50 ponto percentual em relação à meta, isto é, de 1,50% a 4,50%.
O INPC é sempre divulgado no mês seguinte. Ou seja, o valor de janeiro de 2023 foi divulgado em fevereiro de 2023, o de fevereiro, em março, e assim por diante.
O INPC acumula taxas de inflação de 2,68% no ano e de 3,70% em 12 meses, de acordo com o IBGE. Os produtos alimentícios tiveram alta de preços de 0,44% em junho, um aumento menos intenso do que o apurado em maio (0,64%).
O valor corrigido é obtido a partir do produto entre o valor inicial e o resultado da divisão do número-índice do mês final pelo número-índice do mês anterior ao mês inicial. O resultado desta divisão é o fator que corresponde à variação acumulada do IPCA no período desejado.
A estimativa do IPCA para este ano passou de 4,05% para 4,10%, na segunda semana seguida de alta. A previsão para a inflação de 2025 avançou de 3,90% para 3,96%.
O IPCA em julho de 2024 ficou em 0,38%, enquanto o mercado esperava por uma elevação inferior, de 0,35%. Segundo o IBGE, 7 dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em julho. A maior variação (+1,82%) veio do grupo “Transportes”, de onde também veio o maior impacto (+0,37 p.p.).