Para Jung, os mitologemas são núcleos constitutivos de todo mito, “constituem expressões imagéticas dos arquétipos, que são, em si mesmos, incognoscíveis” (BOECHAT, 2008, p. 57). Representam símbolos essenciais do processo de individuação ou do desenvolvimento da personalidade.
Jung vê os mitos como fenômenos psíquicos que revelam a própria natureza da psique: eles resultam da tendência do inconsciente de projetar as ocorrências internas, que se desdobram no íntimo do indivíduo, sobre os fenômenos do mundo exterior, traduzindo-os em imagens.
Jung é mais conhecido por suas teorias sobre o inconsciente coletivo, os arquétipos e os processos de individuação. Sua abordagem holística da psique humana influenciou não apenas a psicologia, mas também campos como a antropologia, a religião e a filosofia.
De um lado, Jung defendia a existência de um inconsciente coletivo, que afeta as emoções e os comportamentos do consciente com o peso das origens e dos valores sociais da humanidade. Já Freud preconizava a presença do inconsciente pessoal, impulsionador do desejo sexual, dentro de uma ideia de busca de prazer.
O conceito de arquétipo pela psicologia de Carl Jung | Lilian Wurzba
O que Carl Jung acreditava?
Jung acreditava que o inconsciente se comunica por meio de símbolos, sonhos e imagens arquetípicas. No processo de individuação, a pessoa trabalha ativamente com esses elementos para compreender e integrar aspectos profundamente enraizados de sua psique.
Jung dedicou-se ao estudo do Inconsciente e “curvou-se” perante as teorias de Freud, sobretudo acerca da libido como energia psíquica e sexual. No início, Jung se submeteu ao entendimento e aceitação total das teorias de Freud, sem as questionar.
Jung considerava o sagrado como uma dimensão essencial da psique, uma força poderosa que transcende a racionalidade e a lógica. Para ele, a religiosidade não era apenas um fenômeno cultural, e sim uma expressão genuína das profundezas do inconsciente coletivo.
A partir dessa perspectiva, a espiritualidade não se limita às práticas religiosas tradicionais, mas abrange: experiências pessoais profundas; conexões com o sagrado; transcendência do ego.
E é aí que o Jung entra, o Jung entra com essa questão, de que o Espírito Santo é realmente essa força interna que existe e que permite ao homem o seu processo de divinização ou de espiritualização. E essa força atua durante a nossa vida toda.
O modo específico de inconsciente se comunicar com a consciência é o sonho. Da mesma forma que a alma tem seu lado diurno, que é a consciência, ela também tem o seu lado noturno, seu funcionamento psíquico inconsciente, que poderia ser concebido como o fantasiar onírico.
Jung afirma que existem duas “atitudes” opostas, conhecidas como extroversão e introversão: cada indivíduo parece dividir a sua energia entre o mundo externo e o interno, em diferentes escalas.
De acordo com a teoria junguiana, a finalidade da vida humana poderia ser vista como a própria construção da consciência. Segundo ela, a consciência, portanto, não é simplesmente uma espectadora do mundo, mas participa de sua criação, como se o mundo só pudesse existir ao ser conscientemente refletido.
Na visão de Jung, o inconsciente é representado por padrões os quais são representados por arquétipos. Estes influenciam as nossas emoções, pensamentos, comportamentos e opiniões sutilmente, de forma que não nos damos conta.
Jung sobreviveu à sua mulher, Emma, e à sua amante Toni Wolff. Faleceu por volta das quatro horas, após uma curta enfermidade precedida por uma embolia e um acidente vascular cerebral.
Jung acreditava que os arquétipos são herdados de nossos ancestrais e representam padrões de comportamento que foram desenvolvidos ao longo do tempo através da evolução humana. Eles são universais e aparecem em mitos, religiões, sonhos e histórias ao redor do mundo.
Os arquétipos junguianos são padrões universais de comportamento, símbolos e imagens que residem no inconsciente coletivo da humanidade. Eles foram desenvolvidos como uma maneira de explicar a estrutura da psique humana e como ela se manifesta em nossas vidas.
Com isso, a psicoterapia junguiana busca entender o que está gerando a situação relatada pelo paciente, como experiências prévias, traumas, crenças etc. Essa abordagem permite uma postura ativa do terapeuta, que, além de ouvir, faz pontuações e reflexões sobre as problemáticas abordadas na sessão.
Jung concluiu que o arquétipo de deus existe desde que o primeiro ser humano, diante do desconhecido e do medo da morte, anunciou que era necessário agradar aos deuses para se prevenir contra as desgraças naturais.
Carl Gustav Jung foi um dos maiores estudiosos da vida interior do homem e tomou a si mesmo como matéria prima de suas descobertas - suas experiências e suas emoções estão descritas no livro "Memórias, Sonhos e Reflexões".
Jung define a sombra como “aquilo que não desejamos ser”. O analista junguiano Daryl Sharp discorre sobre isso: "Na sombra há aspectos ocultos ou inconscientes de si mesmo, bons e maus, que o ego reprimiu ou nunca reconheceu”.
O cerne do rompimento era que peso conferir ao etéreo, ao psíquico, ao oculto, ao improvável. Para Freud, todos esses desvios podiam ser reduzidos à libido, ou seja, ao impulso sexual. Para Jung, era preciso levá-los a sério e não minimizá-los sem reflexão. Por volta de 1912, a distância entre os dois aumentou.
JUNG, é uma palavra coreana que significa uma ligação entre duas pessoas, uma ligação baseada no afeto, simpatia, conexão e sobre tudo, amor. Uma ligação onde você compartilha sem esperar receber algo em troca, uma conexão real. E essa foi a escrita que a Fany e o Gabriel escolheram para comemorarem 9 anos juntinhos.
A ideia de Jung a esse respeito era a de que o inconsciente existiria para agir como um guia ao seres humanos. Fosse produzindo conteúdos, reagrupando ou armazenando outros, ou trabalhando diretamente com o consciente, numa relação de ajuste e complementariedade, o inconsciente seria o mestre da psique humana.