“O aumento nos preços dos alimentos é relacionado, principalmente, à temperatura alta e às chuvas mais intensas em diversas regiões produtoras do país”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida.
Para o governo, a questão climática é a principal causa do encarecimento dos alimentos. Desde o segundo semestre de 2023, produtores todo o país têm sido afetados pela escassez de chuva ou pelas altas temperaturas, que causam quebras nas safras e fazem os preços subir.
No entanto, o cenário de oferta restrita global e a desvalorização da moeda brasileira contribuíram para esse avanço nos preços internos, de acordo com informações do Cepea.
As mudanças climáticas e, especificamente, o aumento das temperaturas do planeta, podem fazer com que os preços dos alimentos aumentem 3,2% ao ano, de acordo com um novo estudo realizado por pesquisadores na Alemanha.
Os fenômenos climáticos têm causado um impacto significativo na agricultura, na disponibilidade de água e no desenvolvimento das lavouras, levando à diminuição da produtividade e resultando no aumento do preço dos alimentos.
Além da elevada inflação, a grande quantidade de impostos sobre o consumo também acaba fazendo com que os produtos sejam mais caros do que em outros países. Cerca de 40% do valor final de um produto industrializado vai para o governo, enquanto nos Estados Unidos e China o valor é a metade (20%).
Contexto econômico. As flutuações de preço de alimentos nos primeiros meses de 2024 é uma consequência das mudanças climáticas (segundo análise do do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo do IBGE), mas também da inflação (aponta levantamento do Observatório PUC-Campinas).
Nesse contexto, o mercado estima que o preço do arroz deve se manter em patamares elevados em 2024. A recuperação da produção e a menor oferta de importantes países exportadores, indicam que a demanda pelo grão continue crescendo ao longo do ano. Isso deverá puxar os preços para cima.
Escalada dos preços da batata pode ser atribuída à diminuição na oferta nacional, influenciada por fatores climáticos adversos. Publicado em 11 de junho de 2024 às 11h09.
Economistas anteveem aumento nos preços dos alimentos em 2024 sob consequência do fenômeno climático El Niño. A alta nos preços dos alimentos afeta, principalmente, a inflação dos mais pobres, revertendo em parte os ganhos de 2023.
Está tudo tão caro por conta de uma combinação inédita de fatores econômicos, climáticos e políticos que precisamos entender mais a fundo. Confira os principais motivos para esse aumento de preços histórico: alta no preço das commodities; alta do dólar e desvalorização do real; crise hídrica.
Qual foi a causa do aumento da oferta de alimentos?
Nos últimos meses, em 2021, os preços observados nas prateleiras do mercado subiram em resposta a desvalorização do real, mudanças nos hábitos de consumo e ao aumento da inflação, aliados a crise econômica criada pela pandemia da Covid-19.
Crescimento da demanda mundial por alimentos e a disponibilidade de novas áreas de terra para fins agropecuários no Brasil. A terra é um fator básico para a produção de alimentos e, historicamente, a expansão agrícola veio acompanhada da incorporação de novas áreas de terra.
A finalidade é garantir que o cereal chegue diretamente ao consumidor final, assegurando o abastecimento alimentar em todo o território nacional. A compra autoriza o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), através da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a fazer a aquisição.
Mundo joga fora mais de 1 bilhão de refeições por dia, diz relatório da ONU. Nairobi, 27 de março de 2024 – Domicílios de todos os continentes desperdiçaram mais de 1 bilhão de refeições por dia em 2022, enquanto 783 milhões de pessoas foram afetadas pela fome e um terço da humanidade enfrentou insegurança alimentar.
Os alimentos, claro, encabeçam a lista. O desespero pode fazer com que muitas pessoas corram para os supermercados com o objetivo de estocar comida e outros produtos. Mas será que isso é realmente necessário? A resposta vem direto dos especialistas, de forma curta e grossa: não!
Segundo relatório da ONU, não é por falta de comida que tanta gente passa fome no mundo. A produção de alimentos seria suficiente para abastecer toda a humanidade. A ONU divulgou o resultado de um estudo mundial sobre desperdício de alimentos. Os resultados são perturbadores.
“O clima desfavorável para a colheita também afetou a produção e os plantios, o que poderá ocasionar novas altas de preço nos meses seguintes”, avalia a gerente de Produtos Hortigranjeiros da Conab, Juliana Torres. Já a batata comum subiu 35,25%, na média ponderada.
“O aumento nos preços dos alimentos é relacionado, principalmente, à temperatura alta e às chuvas mais intensas em diversas regiões produtoras do país”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida.