Técnicos trabalham no Laboratório de Los Alamos, no Novo México. O Exército dos Estados Unidos contratou Oppenheimer para estabelecer o laboratório em 1942. Com o codinome "Projeto Y", essa instalação remota reuniu as mentes mais brilhantes da física teórica com um único objetivo: criar uma bomba atômica.
Diante da ameaça nazista, durante a Segunda Guerra Mundial, o físico liderou uma equipe de cientistas para a produção de uma arma poderosa para mudar o curso do conflito.
A trama acompanha o físico e um grupo formado por outros cientistas ao longo do processo de desenvolvimento da arma nuclear que foi responsável pelas tragédias nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, em 1945.”
Um dos acusados de Oppenheimer é o seu colega Teller, o descobridor da bomba de hidrogênio, que alega não entender com clareza as atitudes do pai da bomba atômica, julgando a sua conduta “confusa e complicada”. E Oppenheimer foi condenado porque um outro cientista não conseguia entende-lo.
FILMAÇO! ENTENDA O FINAL DE OPPENHEIMER [Análise Com Spoilers]
O que Einstein disse a Oppenheimer?
"Se eu soubesse que os alemães falhariam na construção da bomba atômica, não teria participado da abertura dessa caixa de Pandora” é uma das frases mais impactantes ditas pelo físico alemão Albert Einstein após seu apoio ao Projeto Manhattan, liderado por J. Robert Oppenheimer.
Apesar de aparentemente simples, a frase que conclui o filme é uma das que possuem o maior peso. A revelação do poder atômico desencadeou uma reação em cadeia que durou décadas e foi responsável pelo desenvolvimento de armas cada vez mais poderosas — levando o mundo para um caminho sombrio sem escapatória.
Além desses personagens, Oppenheimer também destaca algumas figuras históricas que retrataram de maneira diferente da realidade. Por exemplo, o filme sugere que o comunista Jean Tatlock traiu J. Robert Oppenheimer para passar informações secretas para os soviéticos.
Apesar de simpatizar com as ideias progressistas da ideologia, o físico nunca foi membro do Partido Comunista. Em decorrência das suas falas contrárias à pesquisa nuclear e por suas "ligações" com ideias comunistas, Oppenheimer acabou perdendo a credencial de segurança e qualquer conexão com o governo dos EUA.
O longa mostra que a escolha por Los Alamos, em Novo México, para abrigar o laboratório secreto teria passado por um argumento dado pelo cientista de que o local apenas teria uma escola para meninos e seria onde os nativo-americanos enterravam seus mortos. Contudo, esta parte do título é mentira.
Hoje o Laboratório Nacional de Los Alamos ainda serve como centro de estudos da Administração Nacional de Segurança Nuclear, entretanto, os mais curiosos podem visitar algumas das dependências da cidade que uma vez foi secreta, explica o House Beautiful.
Acredita-se que pelo menos 110 mil pessoas tenham morrido nas explosões, que dizimaram as duas cidades em uma escala de devastação nunca vista antes ou depois.
Logo a seguir, duas bombas foram lançadas contra as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, entre 6 e 9 de agosto de 1945, causando entre 150 e 250 mil mortes. “Agora eu me tornei a Morte, o destruidor de mundos” — com essa frase J. Robert Oppenheimer demonstrou todo seu arrependimento pela criação da bomba atômica.
O físico entrou em coma em 15 de fevereiro de 1967. J. Robert Oppenheimer faleceu três dias depois, aos 62 anos. Ao longo de seus últimos anos de vida, Oppenheimer nunca se recuperou totalmente dos danos contra sua reputação.
O consenso parece ser o de que Oppenheimer tinha capacidade intelectual de sobra para levar um Nobel para casa, mas suas realizações como cientista não ficaram à altura dessa possibilidade –por pouco.
Ele apelidou seu carro de Garuda, o pássaro montaria do deus hindu Vixnu. Oppenheimer nunca se tornou um hindu no sentido tradicional; ele não se juntou a nenhum templo nem rezava para nenhum deus. "Ele ficou realmente encantado com o charme e a sabedoria geral do Bhagavad-Gita", disse seu irmão.
Mas o próprio Oppenheimer se referiu em 1965 a alegações de que Einstein havia de alguma forma participado da criação daquela arma de destruição em massa. "As alegações de que ele trabalhou na criação da bomba atômica eram, na minha opinião, falsas", disse ele na conferência de Paris naquele ano.
Porque Oppenheimer foi contra a bomba de hidrogênio?
Julius Robert Oppenheimer acreditava que a simples demonstração do funcionamento de sua bomba atômica seria suficiente para acabar com a guerra. No entanto, os EUA não apenas usaram a bomba, como avançaram para a criação da bomba de hidrogênio.
O novo filme de Christopher Nolan narra o julgamento que Oppenheimer foi submetido em 1954 , acusado de ser um agente da União Soviética. O que poucas pessoas sabem, entretanto, é que o 'perdão' à Oppenheimer só foi inteiramente concedido após 68 anos — ou seja, décadas depois de sua morte.
Então qual foi a relação entre Einstein e Oppenheimer? Após a morte de Einstein, Oppenheimer fez a palestra “On Albert Einstein” (“Sobre Albert Einstein”) em Paris. No discurso ele explica que conheceu o físico por duas ou três décadas e se tornou uma “espécie de amigo” no final de sua vida.
Após a morte de seu pai, Peter estabeleceu-se permanentemente no norte do Novo México, residindo na fazenda Perro Caliente, que seu pai havia adquirido anos antes. Segundo o Today, Peter ainda mora no Novo México e atua como carpinteiro. Ele tem três filhos: Dorothy, Charles e Ella.
Lewis Strauss, nascido em 1896, foi um financista e funcionário do governo estadunidense, que atuou como presidente da Comissão de Energia Atômica de 1953 a 1958 e foi secretário interino de comércio de 1958 a 1959.
Oppenheimer perdeu sua licença para trabalhar como cientista em programas governamentais e foi acusado publicamente de deslealdade aos Estados Unidos, sendo tachado como um risco à segurança norte-americana por sua proximidade com os ideais comunistas. Ele foi inocentado, mas sofreu as consequências da acusação.
Como chefe da Comissão de Energia Atômica, Strauss manteve a sua rivalidade com Oppenheimer. Na verdade, ele impôs como condição para aceitar o cargo que o físico fosse mantido afastado de todas as informações confidenciais sobre questões nucleares.
Vale lembrar que a preferência dele era frequentar palestras ou ler. Assim, no final do outono de 1925, em uma ação imprudente, ele optou por envenenar a maçã que se encontrava na mesa do professor, para causar um mal-estar.