“Trago” e “trazido” são formas verbais que existem e são usadas na língua portuguesa, mas de maneira diferente. “Trago” pode ser uma conjugação, no modo indicativo, do verbo “tragar” ou do verbo “trazer”. “Trazido” é o particípio do verbo “trazer”.
Bem, o verbo TRAZER só tem UMA forma de particípio, que é a regular (trazido). Logo, a ÚNICA forma correta de se dizer é eu TINHA TRAZIDO. Ou seja, essa história de “tinha trago” é pura invenção.
O particípio passado é formado a partir do infinitivo, retirando-se a terminação -ar, -er ou -ir e adicionando-se a terminação correspondente. Exemplo: Verbo dançar: danç(-ar) > danç(+ado). Eles tinham dançado muito na festa.
Trago ou Trazido? - Particípio do Verbo Trazer - Dicas de Português (prof. Elson Ferreira)
Como saber o particípio de um verbo?
O verbo no particípio possui duas formas: regular e irregular. O particípio regular é aquele que termina em -ado e -ido; o irregular, por sua vez, costuma ser mais curtinho, reduzido. Dentro desta classificação principal, existem os verbos que são apenas irregulares, ou seja, não aceitam o final -ido ou -ado.
Particípio... Sim, uma das formas nominais terminadas em “ADO” e “IDO” e que expressa um sentido, uma ideia de uma ação já transcorrida. Dessa forma, lido, ouvido, falado, escutado, estudado, corrido, enfim...
Com os verbos ter e haver, devemos usar o particípio regular (marcado pelas terminações -ado ou -ido). Por exemplo: "Ele tinha salvado o arquivo" e "Ela havia prendido o dedo". Já com o ser e o estar, emprega-se o irregular: "Ele foi salvo por um herói" e "Os bandidos estão presos".
Confira exemplos do uso correto de “trago” na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo do verbo “trazer”: Amanhã eu trago as doações que recolhi. Todas as vezes em que trago uma sobremesa, divido com ele. Prometo que amanhã trago o que estou devendo.
O verbo trazer, assim como o verbo chegar não é abundante, ou seja, não apresenta mais de uma forma de particípio, como os verbos: salvar (salvado/salvo), aceitar (aceitado, aceito); entregar (entregado/entregue), dentre outros. Logo, não diga “Eu tinha trago”, diga “ Eu tinha trazido”!
O termo “trago” se refere aos verbos “trazer” e “tragar”, quando conjugados na primeira pessoa do singular, no presente do modo indicativo. Dessa forma, estão gramaticalmente corretos enunciados como: Eu trago notícias. Então eu trago o péssimo vinho.
Qual o correto: eu tinha trago ou eu tinha trazido?
É errado usar a forma verbal trago como particípio (forma verbal que indica uma ação já realizada)! Eu tinha trago os livros. (Errado) Eu tinha trazido os livros. ( Correto) Verbo trazer no presente do indicativo: Eu trago boas notícias.
Na norma culta da língua não existe o particípio 'chego', apenas 'chegado'. Não se trata, portanto, de um verbo considerado abundante. Assim também não admitem dois particípios os verbos 'trazer', 'abrir', 'cobrir', 'dizer' e 'escrever'.
No caso do verbo “chegar”, a norma padrão da língua portuguesa só aceita o particípio passado “chegado”. Isso quer dizer que, em qualquer construção, seja com os verbos “ter”, “haver”, “ser”, “estar” ou “ficar”, a forma correta é sempre “chegado”. Ou seja, chegar NÃO é um verbo abundante.
No Vocabulário da Língua Portuguesa (1966), de Rebelo Gonçalves, ao verbo ser (s. v. ser) atribui-se o particípio passado sido, descrito como «invariável, só usável nos tempos compostos». O verbo ser, sendo um verbo copulativo, não tem particípio passado passivo.
Trás é um de advérbio de lugar e tem significado de após, depois de, na parte posterior, atrás ou detrás. Exemplo: “o cão não sai de trás da árvore”. Enquanto Traz é uma conjugação do verbo “trazer”, como: “ele traz lanche todos os dias”. As palavras com o mesmo som costumam causar confusão, não é verdade?
O Traz escrito com “z” e sem acento é uma conjunção do verbo trazer. Ele corresponde a terceira pessoa do singular do indicativo (ele/ela traz) e a segunda pessoa do modo imperativo (traz tu). O significado desse tipo de Traz está relacionado ao ato de transportar.